Aterramento Funcional x Temporário (Noções Introdutórias)

Aterramento Funcional

O aterramento funcional é o conhecido aterramento do neutro, o qual a rede concessionária de energia sempre realiza no momento da instalação do contador nos imóveis.

Enquanto o aterramento PE (comum) é realizado para proteção de choque estático, equipotencializando a carcaça do aparelho. O aterramento funcional já possui como finalidade proteger o circuito contra uma possível inversão de fases.

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Um outro detalhe entre esses dois aterramentos está na forma de ligação, enquanto o aterramento PE é realizado no pino do TERRA, o aterramento funcional é realizado no NEUTRO.

Aterramento Temporário

O aterramento temporário é um tipo de aterramento bem peculiar e só deve ser utilizado em uma situação bem específica, manutenção da rede elétrica.

Vamos analisar uma situação prática, quando vamos realizar uma manutenção de um circuito elétrico, precis06amos primeiramente desligar o quadro de distribuição para em seguida começar a realizar a manutenção. Caso, algum desavisado venha a realizar a religação do circuito no momento de sua manutenção e do outro lado do circuito exista um profissional realizando o serviço, o mesmo poderá levar um choque elétrico. Para evitar problemas como estes, realizamos o chamado aterramento temporário.

Para realizar um aterramento temporário é bastante simples, precisamos aterrar as nossas fases que se encontram, após o disjuntor geral na terra (chão).

No exemplo ao lado, foram inseridas três hastes de aterramento, visto que possuímos um circuito trifásico, caso o circuito fosse monofásico, apenas uma haste seria suficiente.

Introdução a Comandos Elétricos

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Fusível NH

Dentro das aplicações da eletricidade de potência, o setor industrial é sem sombra de dúvidas o mais importante, sobretudo porque representa a maior parcela da transformação da energia elétrica em outros tipos de energia. Como tal, a indústria é o palco das atividades exercidas pela maioria dos profissionais da área elétrica, seja na forma de projetos de comandos elétricos, instalação de acessórios e equipamentos, ou mesmo da automação industrial. Dentro desta área de conhecimento situa-se o seguimento de Comandos Elétricos que representa técnicas e métodos que são empregados para controlar/manipular acionamentos de máquinas e equipamentos. O comandos elétricos é composto de circuito de força, onde podemos encontrar as cargas (ex.: Motores elétricos trifásicos) e o circuito de comando que contempla as lógicas de acionamento de dispositivos de manobra e proteção(Ex.: Botoeiras, sinaleiros, etc…).

Dispositivos de Proteção

1.Fusíveis Industriais

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Fusível Diazed

Já aprendemos ao longo do curso de eletricidade básica a função do fusível, no qual devera proteger o circuito e a sua fiação correspondente contra curto circuito. Porem, diferentemente dos fusíveis aplicados em circuitos prediais, os fusíveis industriais possuem algumas características distintas que devemos aprender para a escolha ideal do fusível.

O fusível e um componente composto basicamente de um corpo de material isolante, geralmente de porcelana de alta resistência contra impactos, dois contatos externos para conexão ao circuito, e internamente, um elemento metálico chamado elo fusível, responsável pela interrupção de circulação de corrente elétrica no circuito.

1.2Tipos de Fusíveis Industriais

Os fusíveis industriais são fabricados em dois tipos, conforme o tempo de atuação.

  • Ação Rápida, usados em circuitos que não possuem considerável variação de corrente entre a ligação do circuito no equipamento e seu funcionamento normal, ou seja, quando acionamos o equipamento, ele não gera e o um pico de corrente alta, como por exemplo: Luminárias, Fornos, etc.
  • Ação Retardada, utilizados em circuitos em que as correntes na partida alcance valores superiores a corrente normal de funcionamento, ou em circuitos que tenham sobrecarga por pequenos períodos como, por exemplo: Motores elétricos e cargas capacitivas em geral.
  • Ação Ultra Rápida, apropriados para instalações industriais na proteção de semicondutores, tiristores, GTO’S e diodos (Equipamentos com circuitos eletrônicos) que precisam de corte rápido em caso de curto para não danificar esses circuitos eletrônicos.

Note que os fusíveis industriais são utilizados somente como dispositivos de proteção contra curto circuito nas redes dos circuitos elétricos industriais. Para proteção contra sobrecarga será utilizado outro componente, chamado rele térmico.

1.3Principais características dos Fusíveis NH e Diazed

Corrente Nominal- Corrente máxima que o fusível suporta sem interromper o funcionamento do circuito.
Esse valor é indicado no corpo de porcelana do fusível.

Corrente de curto circuito- Corrente máxima que o circula no circuito elétrico (curto), e que deve ser interrompida imediatamente com a queima do fusível.

Capacidade de ruptura- (KA) – Valor de corrente que o fusível é capaz de interromper com segurança, e não depende da tensão máxima da instalação.

Tensão Nominal- Tensão indicada para que o fusível foi construído.
Os fusíveis normais (baixa tensão) são indicados para tensões em serviço de até 500 volts em CA (corrente alternada) e de até 600 volts em CC (corrente contínua).

1.4Aplicação dos Fusíveis

  • Fusíveis NH Os fusíveis NH suportam elevações de tensão durante certo tempo sem que ocorra fusão. Eles são empregados em circuitos sujeitos a pico de corrente e onde existam cargas indutivas e capacitivas. Sua construção permite valores padronizados de corrente que variam de 6 á 1200 A. . Sua capacidade de ruptura é sempre superior a 70 KA com uma tensão máxima de 500 V.
  • Fusíveis DIAZED Os fusíveis Diazed podem ser de ação rápida ou retardada. Os de ação rápida são usados em circuitos resistivos, ou seja, sem picos de corrente. Os de ação retardada são usados em circuitos com motores e capacitores, sujeitos a picos de corrente.