CAP 1. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

1.1 Generalidades        

São instalações que compõem o conjunto de canalizações, conexões, aparelhos e ferragens para suprimento de água a prédios, armazenamento e distribuição aos pontos de consumo. Todo este processo vai desde a rede pública os pontos de utilização da água: chuveiros, lavatórios, vasos sanitários, pias, torneiras para jardins, etc.

1.2 Partes Componentes de uma Instalação de Água Fria

Vamos analisar o caso mais geral que é uma edificação com vários pavimentos superpostos e altura acima do alcance das pressões disponíveis na rede pública de distribuição de água, obrigando o uso de dois reservatórios de acumulação: um na parte inferior e outro na superior.

51a) Rede Pública de Distribuição de Água é aquela existente na rua, de propriedade da entidade responsável pelo fornecimento de água.

b) Ramal Predial é a tubulação compreendida entre a rede pública de distribuição e o hidrômetro ou peca limitadora de vazão. Essa parte é dimensionada e executada pela concessionária, com as despesas por conta do interessado.

c) Hidrômetro, aparelho instalado, geralmente na mureta lateral esquerda ou direita, acondicionado em caixas apropriadas, para medir o consumo de água.

d) Ramal de Alimentação é a tubulação compreendida entre o hidrômetro até a entrada de água no reservatório de acumulação, passando ou não pela coluna piezométrica ou reservatório piezométrico.

e) Coluna Piezométrica é um dispositivo regulador do nível piezométrico, e instalado sempre que o reservatório estiver abaixo da cota do meio fio no ponto de cruzamento do ramal predial. Em algumas cidades brasileiras, tal peça é dispensada, mas em outras o uso é obrigatório, portanto, fazendo parte dos regulamentos locais.

f) Reservatório Inferior é próprio dos prédios com mais de dois pavimentos. Até esse limite, geralmente a pressão na rede é suficiente para abastecimento do reservatório situado na parte superior do edifício. Já nas edificações de três ou mais pavimentos, é recomendado usar dois: um na parte inferior e outro na superior, e também por aliviar sobrecarga nas estruturas.

Os reservatórios devem ser instalados em locais de fácil acesso e de preferência afastado das tubulações de esgoto, principalmente manilhas de barro, porque um vazamento poderá provocar sua contaminação de modo imperceptível. Quando localizados no subsolo, as tampas deverão ser elevadas pelo menos a 50cm do piso e nunca rentes a estes, conforme a figura abaixo.

Reservatório Inferior (CORRETO)

52

Reservatório Inferior (INCORRETO)

53

Observe que a possibilidade de contaminação pela infiltração de água, através da tampa é bem inferior na figura 2 que na figura 3. Este detalhe da tampa, também será válido para os reservatórios superiores, só que, nestes, a altura de 50,0 cm não será necessária, podendo ser limitada em 4,0 ou 5,0cm, e serve apenas para impedir a entrada das águas de chuvas, as quais formam uma película muito fina devido aos escoamentos laterais. Já no subsolo, poderá haver acúmulo de água no piso e também para facilitar a colocação do extravasor.

As tampas deverão ser trancadas com cadeados, pois é fator de segurança e com acesso apenas para encarregados.

g) Extravasor, vulgarmente chamado de (ladrão), serve para regularização do nível máximo e aviso de não funcionamento da válvula de boia.Em hipótese alguma, podem desaguar em caixas de passagens, tubos condutores de esgoto sanitário ou pluvial, mas, sim em locais visíveis e que chamem atenção do usuário, pois esta é mesmo sua maior finalidade. É comum, em residências, os instaladores embutirem a tubulação do extravasor na parede e deixar desaguando numa caixa de passagem de esgoto sanitário, principalmente naquelas em que não há parecença do engenheiro. Ocorre aí a entrada de gases provenientes da rede para dentro do reservatório, sendo absorvidos pela água, e além de insetos e roedores, pondo em risco a saúde dos ocupantes.

h) Sistema de recalque, sempre que tivermos de transportar uma determinada quantidade de líquido de um reservatório A para um reservatório B, cujo nível A seja inferior ao de B, é necessário fornecer, por meios mecânicos, certa quantidade de energia ao líquido. Ao conjunto constituído pela canalização e meios mecânicos se denomina sistema de recalque.

54

Nele se distinguem:

  1. Conjunto motobombas, nas instalações prediais, é necessário o emprego de dois conjuntos motobombas, ficando um de reserva para atender a eventuais emergências. Normalmente, se usam bombas do tipo centrífuga e acionadas por motores elétricos.
  2. Canalização de sucção, é a parte da tubulação que conduz agua do reservatório inferior, ou cisterna, até a bomba, possuindo em sua extremidade inferior uma válvula de retenção chamada válvula de pé e dotada de crivo para impedir a entrada de sujeira solida na tubulação.
  3. Canalização de recalque, é a que conduz a água da bomba ao reservatório superior, também dotada de uma válvula de retenção.

Obs: tanto na sucção quanto no recalque, não se usam joelhos de raio curto e sim curvas de raio longo para diminuição das perdas de carga, trazendo, em consequência, economia de energia no motor.

55i) Reservatório Superior, os reservatórios superiores, no caso das habitações coletivas, prédios ou escritórios ou comerciais, deverão ser divididos em duas células para efeito de sua limpeza e não haver interrupção no consumo de água. Para esta divisão, as normas recomendam somente quando o volume ultrapassar 4.000litros, embora sendo muito difíceis prédios desta natureza possuírem reservatórios com volumes menores.

j) Colar ou Barrilete, abaixo do reservatório superior e acima da laje de forro, é situado o barrilete, provido de registros de gaveta que comanda toda distribuição de água, válvulas de retenção no caso da tubulação para combate a incêndio e luvas de união para facilitar a desmontagem da tubulação, e de onde partem as colunas, conforme disposto na figura abaixo.

56

Entre o fundo do reservatório e a laje de forro, deve haver um espaço maior ou igual a 60cm para permitir a manutenção ou manobra dos registros. Temos dois tipos de barrilete: o ramificado e o concentrado. Por razoes econômicas, o mais usado é o barrilete ramificado.

Barrilete Concentrado

57K) Coluna é a canalização vertical, tendo origem no barrilete e abastecendo os ramais de distribuição de agua nos banheiros. Antigamente, era necessária a utilização de colunas especificas para válvulas de descargas, porém atualmente, podemos alimentar atualmente todo o banheiro com uma coluna só.

l) Ramal, é a canalização compreendida entre a coluna e os sub ramais, por exemplo o trecho de A até D da figura abaixo.

58m) Sub Ramal, é a canalização que liga os ramais aos aparelhos de utilização, trechos abaixo.

59

1ºExercício Teórico

  1. O que é um hidrômetro e qual a sua finalidade.
  2. O que é o ramal de alimentação e onde o mesmo fica situado?
  3. Qual a finalidade do extravasor?
  4. Quando será utilizado o sistema de recalque?
  5. Por que os reservatórios superiores geralmente são divididos em dois?
  6. Onde deverá ficar situado o barrilete?
  7. Qual a diferença de um ramal para um sub ramal?

CAP 1. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

1.3 Dimensionamento das partes componentes de uma Instalação de Água Fria

1.3.1 Reservatórios

Os reservatórios deverão ser dimensionados de maneira a armazenar agua correspondente ao consumo de um a três dias, sendo o mais recomendável dois. Primeiramente, calculamos a população com as recomendações contidas na tabela I e, em seguida, verificamos o consumo (per capita) na tabela II.

Além da agua armazenada para consumo, deveremos prever uma quantidade para combate a incêndio, chamada reserva técnica. Essa reserva é calculada de acordo com o estabelecido pelos regulamentos das guarnições do Corpo de Bombeiros. Porém, o mais usual é adotar 6.000L para quatro caixas de incêndio, mais 500 litros por caixa excedente. A água para combate a incêndio é armazenada no reservatório superior, o qual deverá ter um volume igual ao do inferior, ficando para consumo dos usuários aproximadamente o equivalente a 40% da quantidade reservada para consumo de dois dias.

Para melhor compreensão, daremos o seguinte exemplo:

2ºExercício Teórico- Reservatório

Achar as capacidades dos reservatórios superior e inferior para um edifício com vinte pavimentos e três apartamentos de dois dormitórios por pavimento.

1ºPasso: Monte uma planilha como está para calcular o total de pessoas que vivem no seu edifício. Considere que vivem duas pessoas por dormitório.

40

2ºPasso:Observe como você deverá encontrar a população total, esse valor representará 240 pessoas.

41

3ºPasso:Calcularemos agora o consumo diário da edificação, basta multiplicar o número de pessoas pelo consumo per capita.

43

4ºPasso:Encontrado o consumo diário se faz necessário que você multiplique por dois (este valor representa a quantidade de dias sem água da rede pública de abastecimento).

44

5ºPasso:Encontraremos agora o valor da reserva técnica para incêndio, mediante a seguinte equação: 6000 + (N – 4)500, onde N é o número de pavimentos do edifício.

45

Este valor deverá ser acrescido ao total do valor respectivo ao somatório.

6ºPasso: Logo, a quantidade de água que deve ser armazenada para o consumo desta edificação, será a soma da reserva técnica + o valor previsto para o consumo.

46

7ºPasso: Para concluir, o valor encontrado deverá ser dividido por dois, onde metade do valor encontrado deverá ficar situado no reservatório inferior e metade no reservatório superior. 47

1.3.2 Previsão para combate a incêndio

A reserva técnica é a quantidade de água, mínima necessária, para combate a incêndio, localizada no reservatório superior e calculada da seguinte forma: 6.000Litros para quatro caixas de incêndio mais quinhentos litros por caixa excedente. Resumindo, Reserva Técnica = 6.000 + (N -4) x 500 sendo N o número de pavimentos.

3ºExercício Teórico – Reserva Técnica

Calcule a reserva técnica para um edifício de apartamento com 15 pavimentos e uma caixa de incêndio em cada pavimento.

1ºPasso: O dimensionamento da reserva técnica é bastante simples, basta respeitar a seguinte fórmula: 6000 + (N-4) X 500, onde N, será o número de pavimentos do edifício.

48

49

Quando o edifício não for dotado de reservatório superior para distribuição de agua por gravidade, o abastecimento da rede preventiva de combate a incêndio deverá ser feito pelo reservatório inferior através de um conjunto de bombas de acionamento independente e comando automático. Neste caso, a reserva técnica é calcula da mesma forma anterior.

4ºExercício Teórico

Dimensione o reservatório superior e inferior, além da reserva técnica para um edifício com 25 pavimentos, 3 apartamentos por andar e três dormitórios cada apartamento.

1.3.3 Detalhes sobre Reservatórios

Enquanto em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, o abastecimento de água é realizado interruptamente pela rede pública, as edificações brasileiras, precisam obrigatoriamente de um reservatório superior, por conta do seu abastecimento inconstante fazendo assim com que as instalações hidráulicas funcionem sob baixa pressão.

A água da rede pública apresenta uma determinada pressão, que varia ao longo da rede de distribuição. Dessa forma, se o reservatório ficar a uma altura não atingida por essa pressão, a rede não terá capacidade de alimentá-lo. Com limite prático, a altura do reservatório com relação a via pública não deve ser superior a 9m, preste bem atenção neste detalhe.

Reservatório Superior

O reservatório superior poderá ser alimentado pelo sistema de recalque ou diretamente, pelo alimentador predial.

Nas residências de pequeno e médio porte, os reservatórios, normalmente, localizam-se sob o telhado, embora possam localizar-se sobre ele.

Obs: Quando o reservatório for acima de 2000Litros, o reservatório deverá ser projetado sobre o telhado, com estrutura adequada de suporte. Nos prédios com mais de três pavimentos (9m), o reservatório superior é localizado, geralmente, sobre a caixa de escada, em função da proximidade de seus pilares.

Localização do Reservatório

É bastante importante lembrarmos que a pressão não depende do volume de água contido no reservatório, e sim da altura. Além da altura, a localização inadequada do reservatório também poderá interferir na pressão da água nos pontos de utilização.

Obs: O reservatório deverá ser localizado o mais próximo possível dos pontos de consumo, para que não ocorra perda de cargas exageradas nas canalizações, o que acarretaria diminuição da pressão nos pontos de utilização.

50

Reservatório Inferior

O reservatório inferior será sempre necessário em prédios com mais de três pavimentos (acima de 9m de altura), pois, geralmente, após esse limite, a pressão da rede pública não é suficiente para abastecimento do reservatório elevado. Necessitando assim, dois reservatórios: um na parte inferior e outro na superior da edificação.

Obs: No projeto arquitetônico deverá ser previsto um espaço físico para a localização do sistema elevatório, denominado casa de bombas, suficiente para a instalação de dois conjunto de bombas, ficando uma de reserva para atender eventuais emergências.

CAP 1. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

1.3.3 Ramal de Alimentação

Temos, primeiramente, que calcular a vazão de entrada, dividindo o consumo diário do prédio pelo número de segundo dia (86.400), admitindo, assim, que há fornecimento contínuo por parte da rede pública. A NB 92 recomenda que a velocidade máxima nessa tubulação é de 1,0ms. Então, para efeito de economia, adotamos esta, porém devemos observar que não pode ser inferior a 0,6ms.

Com a vazão e a velocidade, podemos determinar o diâmetro da tubulação com auxílio do ábaco III ou IV, dependendo serem os tubos de PVC ou ferro galvanizado.

Obs: Note que o condutor de alimentação(ramal) dependerá diretamente do consumo diário de água na edificação.

5ºExercício Teórico- Ramal de Alimentação

Calcule o diâmetro do ramal de alimentação para o caso do exercício 2, sendo a tubulação de aço galvanizado.

Solução

Consumo diário: 48.000Lts

Velocidade de entrada: 1,0m/s

Vazão= Q = 48.000 / 86400 = 0,55Lts/s

Com Q = 0,55Lts/s – ábaco III = 25mm(1”)

38

Não deixe de montar as suas planilhas de cálculos no excel, facilitará quando tivermos que realizar o nosso projeto final.

6ºExercício Teórico- Ramal de Alimentação

Calcule o diâmetro do ramal de alimentação para o caso do exercício 4, sendo a tubulação de aço galvanizado.

1.3.4 Sistema de Recalque

O sistema de recalque como vimos anteriormente, é composto de canalização de sucção, canalização de recalque e conjunto motobombas.

Nesse sistema, calculamos o diâmetro do recalque e adotamos para sucção um diâmetro nominal imediatamente superior. Para o cálculo da vazão, adotamos um tempo de funcionamento, com a observação de que a capacidade horaria de uma bomba não deve ser inferior a 20% do consumo diário. É conveniente serem adotadas, a cada 24horas, os seguintes tempos de funcionamento para a bomba:

1) Prédios para apartamentos, 3 períodos de 1h30min cada.

2) Prédios para escritórios, 2 períodos de 2hcada.

3) Prédios para hospitais, 3 períodos de 2hcada.

4) Prédios para hotéis, 3 períodos de 1h30min cada.

1.3.5 Colunas

Pode uma coluna alimentar mais de um conjunto sanitário por pavimento; porém, o mais comum é a alimentação de apenas um por andar. A NB 92 estabeleceu pesos para os diversos tipos de aparelhos na tabela III e, verificada a natureza da ocupação, determinamos a soma dos pesos por andar.

Partindo de baixo para cima, somamos os pesos acumuladamente em cada ponto de derivação, sendo que a vazão é calculada, para cada trecho, em função da soma dos pesos no ábacos II.

Tendo em vista o limite da velocidade em 2,5m/s, determinamos os diâmetros dos diversos trecho neste mesmo ábaco. A maneira mais usual é o emprego de uma planilha de cálculo com resultados dispostos conforme sugerido pela NB-92. Convém salientar que se o banheiro é do tipo privado, não há uso simultâneo das peças e a somatória dos pesos se restringe apenas à peça de maior peso.

Também no cálculo das pressões dinâmicas, não levamos em conta a perda de carga no barrilete, porque este é dimensionado depois e os valores daqueles não causam grandes variações nas pressões. Notar que as pressões, tanto dinâmica quanto estáticas, não podem exceder a 40,0m.

Se forem maior que este valor, deveremos usar válvulas de redução de pressão ou reservatórios intermediários.

7ºExercício Teórico Colunas

Dimensione a coluna AF1, em PVC, indicada na figura abaixo, sabendo se que esta alimenta em cada pavimento um quarto de banho de um apartamento composto de um vaso sanitário com válvula de descarga, um lavatório, um bidê e um chuveiro.

34

Solução

Sendo o banheiro do tipo privado, apenas uma peça será usada de cada vez; no caso tomemos a de maior peso que é o vaso e igual a 40, conforme tabela III. Nosso trabalho para resolução do problema será o preenchimento da planilha, conforme segue:

1ºPasso: Construa a seguinte planilha.

35

2ºPasso: Insira agora o peso simples de cada pavimento, teremos aqui o valor da maior peça sanitária, o peso da privada que é igual a 40.

36

3ºPasso: Na opção de acumulados, deveremos representar a soma dos pesos ao longo dos pavimentos, é importante notar aqui que quanto mais alto, maior será o diâmetro da tubulação, quanto mais baixo, menor será o diâmetro da tubulação.

37

Multiplique o valor simples, pelo número de pavimentos, através da fórmula acima.

4ºPasso:Através da seleção adjacente, todos os pesos acumulados serão inseridos.

38

5ºPasso:Consulte o ábaco NºII, no qual teremos os diâmetros e vazões em função da soma dos pesos, feito isso, insira em sua planilha.

39

Obs: Um detalhe importante nessa tabela está no peso das peças, onde, estamos trabalhando com um peso de 40 unidades Hunter para a maior peça que é o vaso sanitário. Atualmente, não precisamos inserir tal valor para os vasos sanitários, atualmente os mesmos atuam através de um processo de caixa acoplada, diminuindo assim o seu peso acumulado em unidades hunter e consequentemente reduzindo o diâmetro das tubulações.

CAP 1. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

1.3.6Barriletes

Ramificado – A exemplo das colunas, os Barriletes deverão ser dimensionados por trechos, somando os pesos nos topos das colunas e, em função destes, determinamos os diâmetros de cada trecho com auxílio do ábaco II.

Concentrado – Neste caso, todas as colunas partem do colar; então, basta somar os pesos nos topos das mesmas e, em função destes, determinando o diâmetro de todo o colar com auxílio do ábaco II.

8ºExercício Teórico -Barrilete

Dimensionar o barrilete, indicado na figura abaixo, sabendo-se que este alimenta quatro colunas com os seguintes pesos: AF-1 = 320; AF -2 = 400; AF-3 = 160 e AF-4 = 80.

29

  • Trecho AB:

Pab = Paf1 + Paf2 = 320 + 400 = 720

comPab = 720, logo (ábaco II) – Ø = 60mm.

  • Trecho CD:

Pcd = Paf3 + Paf4 = 160 + 80 = 240

comPcp = 240, logo (ábaco II) – Ø = 50mm.

  • Colar RBCR’

Prbcr’ = Paf1 + Paf2 + Paf3 + Paf4 = 320 + 400 + 160 + 80 = 960

comPrbcr’ = 960, logo (ábaco II) – Ø = 60mm.

9ºExercício Teórico – Barrilete

Dimensionar o barrilete, indicado na figura abaixo, sabendo-se que este alimenta quatro colunas com os seguintes pesos: AF-1 = 520; AF -2 = 200; AF-3 = 80 e AF-4 = 80.

30

10ºExercício Teórico – Revisão

  1. Dimensione os Reservatórios necessários para uma edificação com 12 Pavimentos, considerando que existe 4Ape por andar e 2 dormitórios por apartamento.
  2. Dimensione o ramal de alimentação necessário para alimentar esta edificação.
  3. Dimensione o barrilete, indicado na figura abaixo, sabendo-se que este alimenta quatro colunas com os seguintes pesos: AF-1 = 520; AF -2 = 200; AF-3 = 200 e AF-4 = 520.

31

1.3.7Ramais

No dimensionamento dos ramais, deveremos somar os pesos das peças ligadas aquele ramal e, com o ábaco II, achamos o diâmetro do ramal; isto se houver possibilidade de uso simultâneo, por que, caso contrário, o ramal deverá ter diâmetro do sub-ramal de maior peso.

11ºExercício Teórico Ramais

Dimensionar os ramais indicados na figura abaixo, sabendo-se que os vasos sanitários são alimentados com válvulas de descarga e os mictórios através de descarga descontínua.

32

  • Trecho AB:

Pab = Pamc + Pamc’ = 0,3 + 0,3 = 0,6

comPab = 0,6, logo (ábaco II) – Ø = 20mm.

  • Trecho BC:

Pbc = Pab + Pbmc’’ = 0,6 + 0,3 = 0,9

comPbc = 0,9, logo (ábaco II) – Ø = 20mm.

  • Trecho CD:

Pcd = Pbc + PCVs = 0,9 + 40,0 = 40,9

comPcd = 40,9, logo (ábaco II) – Ø = 32mm.

  • Trecho DE:

Pde = Pdc + PDVs’ = 40,9 + 40,0 = 80,9

comPde = 80,9, logo (ábaco II) – Ø = 40mm.

  • Trecho EF:

Pdf = Pde+ PEVs” = 80,9 + 40,0 = 120,9

comPdf = 120,9, logo (ábaco II) – Ø = 50mm.

12ºExercício Teórico Ramal de Alimentação

Dimensionar os ramais indicados na figura abaixo, sabendo-se que os vasos sanitários são alimentados com válvulas de descarga e os mictórios através de descarga descontínua.

33

  • Trecho AB:

Pab = Pamc + Pamc’ = 0,3 + 0,3 = 0,6

comPab = 0,6, logo (ábaco II) – Ø = 20mm.

  • Trecho BC:

Pbc = Pab + Pbmc’’ = 0,6 + 0,3 = 0,9

comPbc = 0,9, logo (ábaco II) – Ø = 20mm.

  • Trecho CD:

Pcd = Pbc + PCVs = 0,9 + 40,0 = 40,9

comPcd = 40,9, logo (ábaco II) – Ø = 32mm.

CAP 1. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

1.3.8 Sub-ramais

Os diâmetros dos sub-ramais são dados diretamente na tabela VII, ficando o dimensionamento restrito aos valores indicados.

Obs: O diâmetro das tubulações atualmente vem sendo reduzidos, por conta das privadas do tipo caixa acoplada. Essas privadas possuem um reservatório de água próprio, os quais armazenam a água que será utilizada na descarga, evitando assim a necessidade de canos com diâmetros maiores.

Com o advento da caixa acoplada, o peso Hunter referente à privada foi reduzido de 40 para 0,3. Consequentemente, como toda a tubulação teve o seu diâmetro reduzido, os custos para a realização do seu projeto também o foram.

13ºExercício Teórico Ramal de Alimentação

Dimensionar os ramais indicados na figura abaixo, sabendo-se que os vasos sanitários são alimentados com descarga de caixa acoplada e os mictórios através de descarga descontínua.

28

  • Trecho AB:

Pab = Pamc + Pamc’ = 0,3 + 0,3 = 0,6

comPab = 0,6, logo (ábaco II) – Ø = 20mm.

  • Trecho BC:

Pbc = Pab + Pbmc’’ = 0,6 + 0,3 = 0,9

comPbc = 0,9, logo (ábaco II) – Ø = 20mm.

  • Trecho CD:

Pcd = Pbc + PCVs = 0,9 + 0,3 = 1,2

comPcd = 1,2, logo (ábaco II) – Ø = 20mm.

Observe a diferença no diâmetro nas tubulações dentro do mesmo banheiro, onde o exercício 12 terá uma descarga do tipo contínua (32mm) e o exemplo 13 terá uma descarga do tipo de caixa acoplada (20mm).

 1.3.9 Posicionamento dos Registros

A altura padrão dos registros de gaveta é de 180cm em relação ao piso acabado. O seu posicionamento na parede do detalhe isométrico de água fria e quente e das interfaces com o leiaute do compartimento.

A colocação do registro de pressão dentro do box deverá ser estudada da maneira que os registros do chuveiro possam ser abertos e fechados sem que a pessoa se molhe. Isso é de fundamental importância principalmente no inverno, quando em locais frios onde a água fria causa maior desconforto. A altura ideal desses registros deverá estar compreendida entre 100 e 110cm em relação ao piso acabado.

1.3.10 Dúvidas Frequentes

Registro de pressão: utilizado para controle de vazão, sendo que a vedação é feita entre a sede metálica e o vedante, aplicado ao sub ramal do chuveiro.

Registro de gaveta: deve ser utilizado com a finalidade de fechar o fluxo de água para manutenção da rede (totalmente aberto ou totalmente fechado).

ABREVIAÇÕES

N.A. – Nível d’água

AF – Coluna de água fria

Ch – Chuveiro

Bd – Bidê

Lv – Lavatório

Vs – Vaso sanitário

Bh – Banheira

Tq – Tanque

F – Filtro

Mc – Mictório

Ml – Máquina de lavar roupas

Bb – Bebedouro

1.4 Ergonomia nos Projetos

Os desenhos dos projetos das instalações devem seguir basicamente as normas brasileiras para desenho técnico, no geral, atendendo também as especificidades de cada projeto: água fria, água quente, incêndio, esgoto e águas pluviais.

Observe algumas alternativas de leiaute de banheiro abaixo antes de realizar o seu exercício prático.

1ºExercício Prático

Para estabelecer as dimensões de um banheiro, é fundamental levar em consideração as áreas ergonômicas das peças de utilização.

1ºPasso: Desenhe a seguinte planta abaixo, para que possamos adequar os nossos conhecimentos sobre as peças sanitária.

23

1.Lavatório

Os lavatórios, medindo 45cm a 70cm de largura x 40cm a 55cm de profundidade, para sua perfeita utilização, exigem um espaço dinâmico retangular, com seu maior lado paralelo a parede e o menor perpendicular a ela. As dimensões mínimas desse quadrado (tamanho da peça mais espaço dinâmico) serão de 90cm x 90cm(mínimo) e 90cm x 111cm(máximo), para os modelos de parede e de coluna.

24

2.Bacia Sanitária

Os vasos, ou bacias, medem de 38cm a 40cm de largura x 46cm a 55cm de comprimento. A distância entre a bacia sanitária e a parede pode ser de 12cm, no caso de a descarga ser acionada por válvula, ou de 1,5cm, se a opção for o modelo de caixa acoplada.

A área ergonômica da bacia sanitária é um retângulo de 70cm (largura) x 120cm (comprimento), que se sobrepõe as dimensões da peça. Quando houver nenhum obstáculo lateral a menor dimensão poderá ser de 60cm x 120cm.

25

Os espaços livres laterais do vaso sanitário deverão ser de 20cm no mínimo, admitindo se a 15cm para banheiros de serviço, e espaço frontal de 55cm a 60cm.

3.Chuveiro Box

O tamanho do boxe é de fundamental importância para que se possa tomar banho de chuveiro (ducha) com um mínimo de conforto.

A área dinâmica do boxe deverá ter dimensões suficientes para permitir a abertura dos braços. Adotando se como medidas mínimas as dimensões de 80cm x 80cm ou 1m x 70cm.

26

Observe um modelo reduzido da mesma planta baixa do banheiro acima.

27