AULA 1. ELETRÔNICA ANALÓGICA

CURSO BÁSICO DE ELETRÔNICA
PARTE I

Introdução a eletricidade:
A eletricidade é a designação comum aos fenômenos em que estão envolvidas cargas elétricas em repouso ou em movimento.

Cargas elétricas: É a quantidade de energia presente em um sistema.

As cargas elétricas podem ser:
a) positivas
b) negativas

  • As cargas de sinais contrários se atraem.
  • As cargas de sinais iguais se repelem.

A eletricidade vem sendo pesquisada e estudada há muitos séculos. Atualmente, depois de vários anos de estudos, sabemos que a energia elétrica é transferida de um ponto a outro de um material, com maior ou menor dificuldade, dependendo do material que venha a apresentar maior ou menor dificuldade em liberar ou receber elétrons dos seus átomos, podendo até obter um movimento ordenado destes elétrons, sendo para isso necessário aplicarmos um desequilíbrio elétrico entre os átomos do material.

Atenção:

1.Os condutores de energia elétrica liberam elétrons facilmente, ou seja, possuem uma resistividade muito baixa. Exemplo: os metais; 1º Prata, 2º Cobre, 3º Ouro.

Obs.: O único metal líquido é o mercúrio.

2.Os Semicondutores conduzem corrente elétrica mais que os isolantes, porém menos que os condutores. Os semicondutores apresentam uma resistividade intermediária, isto é, uma resistividade maior que a dos condutores e menor que a dos isolantes. Exemplo: o silício, o germânio;

3.Os isolantes de energia elétrica não liberam elétrons facilmente, ou seja, possuem uma resistividade muito alta. Exemplo: a mica, borracha, vidro.

Importante: Os transistores as memórias, são fabricados com semi-condutores.

Histórico sobre o átomo:
O ser humano para obter esse conhecimento sobre a eletricidade vem estudando há muitos séculos. Na Grécia antiga a 400 a.C., criou-se um conceito de que a terra era constituída de pequenas partículas invisíveis, ou seja, que todo material é constituído de átomos.

No início do Século XIX o átomo era uma partícula invisível. No final do Século XIX, foi descoberta uma partícula dentro do átomo a qual consideraram como sendo negativa, e foi chamada de elétron.

No início do Século XX, foi descoberto que o átomo era constituído de um núcleo central pesado e carregado positivamente, rodeado de elétrons que se agitaram ao seu redor. Finalmente em 1932 Jams Chadmick descobrindo a terceira partícula do átomo, foi chamada de nêutron. A definição do átomo é a seguinte: átomo é a menor quantidade de uma substância elementar, que tem as propriedades químicas de um elemento. Todas as substâncias são formadas de átomos, que se podem agrupar, formando as
moléculas. O átomo é um sistema energeticamente muito estável, formado por um núcleo positivo que contém nêutrons e prótons, e cercado de elétrons que giram ao redor do núcleo.

O átomo é composto por:
a) Nêutrons ………………………………………………….. carga elétrica neutra
b) Prótons…………………………………………………… carga elétrica positiva
c) Elétrons …………………………………………………. carga elétrica negativa

Dos três elementos, os elétrons são móveis, podendo até passar de um átomo para outro.

Os átomos todos podem ter carga elétrica neutra, positiva ou negativa.

– Átomos com carga neutra possuem o número de elétrons iguais ao número de prótons.
– Átomos com carga positiva possuem o número de elétrons menor que o número de prótons.
– Átomos com carga negativa possuem o número de elétrons maior que o número de prótons.

Veja a figura abaixo:

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Vamos supor que um elétron é liberado pelo átomo (c) e esse retorna ao átomo (a), nesse caso houve uma corrente elétrica de um elétron.

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Na realidade em um circuito elétrico, o qual está submetido a uma (ddp), o movimento dos elétrons é muito grande, mas não podemos contar esses elétrons, já que são infinitamente pequenos.

Obs.: Um material é considerado um bom condutor de energia elétrica, quando esse material libera e recebe elétrons facilmente, quando submetido a uma (ddp) tensão elétrica.

Vejamos: Quando circula 6,25 x 1018 elétrons por um condutor, dir-se-á que está circulando uma corrente e elétrica de 1 coulomb.

Obs.: O Coulomb é quantidade de carga elétrica igual a 6,25 x 1018 elétrons, não influído o tempo para esta medida, ou seja, 1C = 6,25 x 1018 elétrons.

Dessa forma criou-se uma unidade prática de medida para o movimento dos elétrons em um segundo, a qual foi chamada de Ampère.

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Conclusão: O Ampère é a unidade de medida de intensidade da corrente elétrica.

Obs.: A corrente elétrica (é o movimento ordenado dos elétrons em um condutor), a qual provoca um aquecimento nesse condutor, que será tanto maior, quanto maior for a corrente elétrica no mesmo.
A carga de um elétron é igual a 1,6 x 10-19C
Vamos calcular o número de elétrons que circulam num condutor usando a seguinte fórmula:

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O número de elétrons = a corrente elétrica x 6,25 x 1018

1°) Temos um condutor (A), a corrente que circula pelo mesmo é de 1 Ampère (A), e um condutor (B), onde a corrente que circula pelo mesmo é de 3 Ampères. Qual o número de elétrons no condutor (A) e no condutor (B)?

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ELETRODINÂMICA

Introdução
É o estudo do movimento das cargas elétricas e seus efeitos associados nos circuitos elétricos. Quando falamos em corrente elétrica circulando em um material, não citamos a oposição que ela encontra ao atravessar esse material.
A dificuldade encontrada pela corrente elétrica ao atravessar um material, é chamada de resistência elétrica.

RESISTOR

É o componente que oferece resistência a um circuito elétrico, ou seja, se opõe a passagem da corrente elétrica, provocando queda na tensão, em um circuito fechado. Sua unidade de medida é o “ohm”, sendo indicada pela letra grega ômega (Ω).

Obs.: O valor ôhmico que vem impresso no resistor é denominado de valor nominal. O físico alemão Georg Simon Ohm, conseguiu desenvolver duas leis básicas para o estudo da eletricidade, são elas:

A Primeira Lei de Ohm, explica que a diferença de tensão elétrica entre os dois extremos de um resistor, é igual a resistência ôhmica deste resistor, multiplicada pela corrente que passa pelo mesmo.

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Obs.:
ddp = volts
R = resistência em ohms
I = corrente elétrica em Ampère

Obs.: A primeira lei OHM é válida para resistências que se comportam de forma linear, ou seja, para os resistores lineares.

A segunda Lei de Ohm explica que a resistência ôhmica de um condutor, é igual a sua resistividade, multiplicada pelo seu comprimento sendo esse valor dividido pela área de secção transversal desse condutor.

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Obs.: A segunda Lei de Ohm, como vemos, relaciona o valor da resistência ôhmica de um condutor, com as suas características físicas: área, comprimento e com o material do mesmo. No decorrer do nosso
curso, iremos fazer alguns exercícios relacionados com essas duas leis. Estudos foram elaborados sobre a resistência ôhmica dos materiais e ele, Georg OHM, chegou à seguinte conclusão: a resistência ôhmica de
um condutor de energia elétrica depende dos seguintes fatores:

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1° caso: (Estudando a 2ª lei de ohm, conforme o comprimento do material)
Veja a figura baixo:

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Nas duas figuras anteriores, vemos dois condutores, com comprimentos (L) diferentes, mas com a mesma área de seção transversal e com o mesmo material.

Obs.: O condutor (A), possui um comprimento (L) maior que o condutor (B).

Medindo a resistência ôhmica do condutor (A) e do condutor (B), no multiteste indicará uma resistência superior, para o maior condutor, e uma resistência menor, para o menor condutor.

Conclusão: a resistência ôhmica é proporcional ao comprimento, ou seja, quanto maior o comprimento do condutor, maior a sua resistência ôhmica.

2° caso: (Estudando a 2ª lei de ohm, conforme o formato do material )
Veja a figura abaixo:

10.jpg3

Nas seções transversais duas figuras acima, vemos dois condutores com comprimento (L) iguais, mas com diferentes áreas de seções transversais, esses dois condutores possuem o mesmo material.

Medindo a resistência ôhmica do condutor (C), e do condutor (D) com o multiteste, irá indicar uma resistência de menor valor ôhmico, o condutor (D), porque o mesmo possui uma maior seção transversal.

Conclusão: a resistência ôhmica é inversamente proporcional à área de seção transversal, ou seja, quanto maior o diâmetro do condutor, menor será a sua resistência ôhmica.

3° caso: (Estudando a 2ª lei de ohm, conforme a resistividade do material)
Veja a figura abaixo:

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Nas três figuras anteriores, vemos 3 condutores com comprimento (L) iguais, todos com uma mesma área de seção transversal, mas de materiais diferentes.

Medindo a resistência ôhmica do condutor (E), (F), (G), com o multiteste, o mesmo irá indicar uma resistência ôhmica para cada tipo de material.

Conclusão: os condutores que apresentam o mesmo tamanho e mesma área, irá indicar uma menor resistência ôhmica, aquele que possuir a menor resistividade.

O que é resistividade?
É a característica própria de cada material em se opor a passagem da corrente elétrica. Essa característica é determinada pela sua estrutura atômica. A unidade de medida é o “Ohm/m”.

Veja a tabela de alguns materiais e sua resistividade:

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O resultado da medida ôhmica de cada material examinado no 3º caso indica que cada material possui uma resistência ôhmica diferente.
Veja o valor ôhmico obtido no 3º caso: (A resistência do material)

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Atenção: O mercúrio é o único metal líquido existente, e é muito perigoso para a saúde.

Especificações dos resistores:

O resistor possui três características básicas para a sua aplicação, são elas:

1º) A resistência elétrica possui um valor ôhmico. A sua unidade de medida é o (ohm).
2º) A tolerância do seu valor é dada em porcentagem (%).
3º) A potência elétrica é sua capacidade de dissipar energia térmica e sua unidade de medida (watt).

Obs.:
– A resistência ôhmica é representada pela letra grega ômega ()
Ex.: 10, 150,1000.
– A resistência ôhmica não possui polaridade definida.

1º) Tipos de resistores:
Há 6 (seis) tipos de resistores:
1º) Resistor de filme de carbono
2º) Resistor de filme metálico
3º) Resistor de fio
4º) Resistores SIP (Single In Package)
5º) Resistores DIP (Dual In Package)
6º) Resistores variáveis do tipo Trimpot, Potenciômetro, Reostato.

1º) O Resistor de filme de carbono: É o mais usado. Recebe uma identificação do seu valor, através de um código de barras ou faixas coloridas impressas no mesmo. O valor da resistência é obtido
mediante a formação de um sulco, transformando a película em uma fita helicoidal. Esse valor pode variar conforme a espessura do filme ou largura da fita.

Verificando as páginas 13 e 14, temos o código de cores dos resistores, nesse vemos que a (4ª.cor) de um resistor determina a sua tolerância.

Obs.:
• Quanto menor o valor numérico da tolerância de um resistor, menor a sua variação na resistência ôhmica, conseqüentemente o circuito será mais estável.
• O resistor de filme de carbono é fabricado com (3) ou (4) cores.

Ex.:14.jpg
Um resistor possui (4 cores), são elas:
1ª cor – laranja = 3
2ª cor – preta = 0
3ª cor – marrom = 0
4ª cor – preta – 0
Resp: 300 (ohms)

2º) O resistor de filme metálico depositado: Esse tipo de resistor é fabricado com uma liga especial, para suprir as deficiências dos resistores de carbono e de fio, como por exemplo:

a) Os ruídos elétricos provocados pelos resistores de carbono e de fio;
b) A tolerância muito elevada nos resistores de filme de carbono e de fio.

Obs.:
• O resistor de filme metálico depositado é usado em circuitos onde necessitamos alta precisão no seu valor ôhmico.
• A limitação desses resistores de filme metálico, está na impossibilidade da fabricação atualmente dos mesmos, para valores maiores que 10MΩ e esse tipo de resistor possui 5 cores impressas no seu corpo físico.

Ex.:15.jpg
Um resistor possui (5 cores), são elas:
1ª cor – laranja = 3
2ª cor – preta = 0
3ª cor – preta = 0
4ª cor – preta = 0
5ª cor – marrom = 1%

Resp: 300 (ohms)

3º) Resistor de fio: São os resistores usados geralmente nos circuitos eletrônicos onde se exige do resistor uma potência de dissipação de calor alta, até 400W. Estes resistores são fabricados com uma liga metálica, composta por níquel-cromo, que suporta alta temperatura.

Obs.: Esse tipo de resistor é fabricado sem o código de cor, ou seja, possui uma codificação numérica impressa no seu corpo.

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4º) e 5º) Os resistores (SIP) e (DIP): Os resistores SIP e DIP, pertencem a uma geração mais nova de resistores e contém um grupo ou rede de resistores, em lugar de um, sendo designados por formatos como RMxx. O valor da resistência está escrito no corpo do resistor, nos dois primeiros números e o terceiro número (x) corresponde à quantidade de zeros a serem acrescidos e o quarto número (x) corresponde a sua tolerância.

O valor do resistor é impresso no seu corpo no seguinte formato:
• Os dois primeiros números indicam o valor do resistor (exemplo: 12).
• O último número indica o número de zeros a serem acrescidos (exemplo: 3), temos então 123, que corresponde a 12.000 ohms ou 12K.

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6º) Resistores variáveis: Os resistores do tipo variável podem ter sua resistência ajustada para um determinado valor.

           a) Potenciômetros                                            b) Reostato

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Os potenciômetros podem ser:
a) Potenciômetro de carbono
b) Potenciômetro de fio (chamado de reostato)

            c) Trimpot                                d) Resistor ajustável de fio

20.jpg                           21.jpg

Obs.: A tolerância do valor ôhmico de um resistor é indicada pela fábrica.
Quanto menor o valor numérico da tolerância de um resistor, menor a sua variação de resistência ôhmica em relação ao seu valor nominal.

Código de cor dos resistores de 4 cores

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Indicação dos valores ôhmicos dos resistores a seguir:

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Código de cor dos resistores de 5 cores

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Os resistores de cinco cores são usados em circuitos que necessitam de alta precisão.

Código de cores:
O código de cores desse tipo de resistor de alta precisão é praticamente o mesmo dos resistores de quatro cores.

Código de cores dos resistores de cinco cores:
1ª cor –-números significativos: 1,2,3,4,5,6,7,8,9.
2ª cor – números significativos: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,0.
3ª cor – números significativos: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,0.
4ª cor – Indica o número de zeros referentes à cor indicada ou fator multiplicativo.
5ª cor – Indica o fator tolerância dos resistores de cinco cores.

Obs.:

A (5ª) quinta cor sendo marrom, a sua tolerância é de 1%
A (5ª) quinta cor sendo vermelha, a sua tolerância é de 2%
A (5ª) quinta cor sendo verde, a sua tolerância é de 0,5%

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2º) A tolerância no valor ôhmico de um resistor: A tolerância indicada no corpo físico de um resistor, determina o valor permitido pela fábrica, na variação do valor ôhmico desse resistor.

Obs.:
1º) Os resistores de 3 cores, a sua tolerância é de (20%).
2º) Os resistores de 4 cores, a sua tolerância é de (5% ou 10%).
3º) Os resistores de 5 cores, a sua tolerância é de (0,1%, 1%, 2%).

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Ex.:
Um resistor possui 3 cores, são elas:
1ª cor – laranja = 3
2ª cor – prata = 0
3ª cor – marrom = 0
4ª cor – (não existe) = 20%

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29.jpg

Ex.:
Um resistor possui 4 cores, são elas:
1ª vermelha = 2
2ª preta = 0
3ª vermelha = 00
4ª prata = 10% (tolerância)
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O multiteste indica o valor nominal correto do resistor, que é de 2000 ohms ou 2K. Nesse caso a resistência é de 2000 ohms + 10% de tolerância, logo o seu valor real deverá estar entre (2000 ohms – 200 ohms) = 1800 ohms e (2000 ohms + 200 ohms) = 2200 ohms.

Ex.:31.jpg
Um resistor possui 5 cores, são elas:
1ª azul = 6
2ª vermelha = 2
3ª vermelha = 2
4ª marrom = 0
5ª vermelha = 2%
Resp.: 6220R = 6,22Kohms

O multiteste está indicando o valor correto do resistor de (5 cores), que é de 6.220 ohms. Nesse
caso esse resistor poderá ter um valor ôhmico variado entre (6.220R + 2%) = 6.344,4 ohms e (6.220R – 2%) = 6.095,6 ohms.

Potência elétrica do resistor: É a quantidade de trabalho realizado pelas cargas elétricas em movimento, provocando com isso, uma determinada dissipação de calor nesse resistor.

Obs.: A unidade de medida da potência elétrica dissipada em um resistor é dada em (watt).

Conclusão: Quando a potência elétrica é alta em um resistor, esse irá aquecer bastante, logo devemos usar resistores de grande porte físico, para dissipar todo esse calor provocado pelo movimento do fluxo de elétrons. (corrente elétrica).
Veja a figura abaixo.

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Obs.: Quando um resistor está aquecendo além do normal em um circuito elétrico, podemos concluir que a corrente que está passando pelo mesmo, está além do normal.
• Quando um resistor é projetado para trabalhar normalmente em um circuito elétrico, com alta corrente e conseqüentemente alta temperatura, o mesmo não possui impresso no seu corpo um código de cor, ele possui um código numérico. Esse é o caso dos resistores de fio.

Classificação dos resistores
Podemos dividir os resistores da seguinte maneira:
Quanto ao material usado por eles;
Quanto aos valores ôhmicos;
Resistores especiais.

1º) Quanto aos materiais usados na fabricação, os resistores podem ser de:
a) carbono (carvão)     b) fio (níquel-cromo)     c) filme metálico

2º) Quanto aos valores ôhmicos:
a) Fixo (valor ôhmico constante) 33.jpg

b) Variáveis 34.jpg

3º) Resistores especiais: São resistores cujo os valores de suas resistências elétricas não são lineares, e estas resistências variam dependendo de determinados fatores:
a) Tensão elétrica b) Luz c) Temperatura

Explicações sobre os resistores especiais
Os circuitos que utilizam resistores especiais, não poderão ser calculados integralmente pela lei de ohm pelo fato dos mesmos não funcionarem de forma linear, com respeito a sua resistência elétrica.
Ex.:
a) LDR                    b) NTC                     c) PTC                         d) VDR

a) LDR
• Estrutura – Sufeto de cádmio, condicionados em cápsula metálica ou plástica transparente.35.jpg

• Simbologia –

Funcionamento: O (LDR) é um resistor especial não linear, que varia a sua resistência elétrica de acordo com a mudança na luminosidade que incide no mesmo.

Obs.: A sua resistência elétrica máxima ocorre na falta de iluminação no mesmo, provocando uma resistência superior a 1M. Esta resistência diminui até algumas dezenas de ohms, com o aumento da intensidade de luz no LDR.

Resumo: Quando a luz aumenta o brilho => a resistência elétrica diminui (L => R)
Aplicação: O LDR é muito usado em circuitos de alarmes, ou em circuitos que necessitam ser ativados ou desativados, via mudança de luminosidade.

Ex.:
a) Comutação automática de luz.
b) Detetor de chamas.
c) Abertura automática de portas.

• Faça o teste prático do LDR.
* Examine com o multiteste, lendo a apostila (2) de (Medida de Componentes).

b) NTC = Resistor com coeficiente de temperatura negativa

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Funcionamento: O NTCR ou NTC é um resistor especial não linear, que quando a temperatura aumenta, a sua resistência elétrica diminui.

Resumo: Quando a temperatura aumenta, a sua resistência elétrica diminui (T => R)

Aplicação: O NTC é muito utilizado em circuitos de alarme, ou em circuitos que necessitam ser (ativados, desativados) ou provocar uma variação no funcionamento de um circuito eletrônico, isso quando ocorrer uma variação na temperatura.

Ex.:
a) Medição de temperatura de radiadores em automóveis.
b) Controle automático de potência em transistores.
c) Compensação de temperatura em circuitos transistorizados.
d) Na fonte de alimentação dos computadores de linha (PC).

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• Faça o teste prático do NTC.
* Examine com o multiteste, lendo a apostila 2 de (Medida de Componentes)

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Funcionamento: O (PTC) é um resistor especial não linear que aumenta seu valor de resistência elétrica quando o mesmo sofre um aumento de temperatura.

Resumo: Quando a temperatura aumenta, a resistência elétrica também aumenta (T => R).

Aplicação:
a) Desmagnetização automática dos tubos de imagem de TV e monitores.
b) Proteção contra superaquecimento em motores.
c) Circuitos de alarme

• Faça o teste prático do PTC
* Examine com o multiteste, lendo a apostila (2) de (Medida de Componentes).

d) VDR – (chamamos de varistor). Esse resistor varia seu valor de resistência elétrica rapidamente, ou seja, quando ocorre um pico de tensão superior ao seu valor nominal, a sua resistência elétrica que era
infinita (∞), baixa seu valor bruscamente, eliminando o pico de tensão indesejada.

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Aplicação:
a) Filtros de linha.
b) Estabilizadores, no Break.
c) Monitores e impressoras.
d) Centrais telefônicas.
Esquema elétrico de uma aplicação dos varistores

a) Tomada (2 P + T)
b) Três varistores
c) Ligar um varistor entre a (fase viva e o neutro)
d) Ligar um varistor entre (neutro e terra)41.jpg
e) Ligar um varistor entre (fase “viva” e o terra)

Explicação sobre a fabricação dos resistores lineares

Os resistores são fabricados com os seguintes materiais:
a) Carvão (carbono) – (resistor de uso geral) = 4 cores
b) Fio (resistor que suporta alta potência em calor)
c) Filme metálico depositado – (resistor de precisão) = 5 cores

Resistores de carvão: São os resistores usados geralmente nos circuitos eletrônicos, onde se exige do resistor uma potência, dissipação de calor inferior a 5 Watts e uma tolerância ôhmica variável entre (5%
até 20%) no seu valor ôhmico.

Obs.: Esse tipo de resistor é fabricado com 4 cores.

Resistor de fio: São os resistores usados geralmente nos circuitos eletrônicos, onde se exige do resistor uma potência de dissipação de calor alta, até 400 Watts. Estes resistores são fabricados com uma liga metálica, composta por níquel-cromo, que suporta alta temperatura.

Obs.: Esse tipo de resistor é fabricado sem o código de cor, ou seja, possui uma codificação numérica impressa no seu corpo.

O resistor de filme metálico depositado: Esse tipo de resistor é fabricado com uma liga especial, para suprir as deficiências dos resistores de carbono e de fio.
a) Ruídos elétricos provocados pelos resistores de carbono;
b) Resistência ôhmica com tolerância muito alta.

Obs.:
– O resistor de filme metálico depositado, é usado em circuitos onde necessitamos alta precisão no seu valor ôhmico e em circuitos sensíveis a ruídos (pré-amplificadores de som profissionais, eletrocardiógrafos, etc.).
– A limitação desses resistores de filme metálico, está na impossibilidade da fabricação dos mesmos para valores maiores que 10MΩ, lembre-se que esse tipo de resistor possui 5 cores impressa no seu corpo físico.

Prática de Conserto
Observando um resistor de cinco cores, sempre existirá uma dúvida: qual a primeira cor?
Qual a quinta cor?

Observe cuidadosamente as cores no resistor. A primeira cor é aquela que está mais próxima do terminal de ligação. A quinta cor é aquela que encontramos um espaço maior entre ela e o bloco formado pelas
outras quatro cores.

Observe os detalhes na figura a seguir:

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Prática
Aparelhos eletrônicos onde encontramos os resistores de cinco cores:

1. Instrumentos eletrônicos de medição
Exemplos: Multiteste, geradores, osciloscópio, etc.

2. Aparelhos eletrônicos
Exemplos: Computadores, televisores, DVD, impressoras, equipamentos médicos e equipamentos e precisão.

MULTITESTE

Na figura abaixo apresentamos um multiteste.

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Como examinar um resistor com o multiteste?

Resposta: Em primeiro lugar, você deve saber quais as escalas do multiteste foram projetadas para medir a resistência elétrica ou ôhmica, são elas:
a) x1, b) x10, c) x100, d) x1k, e) x10k, f) x100k (caso exista).

Figura
A escala x1 é a escala reservada para medir resistores de baixo valor ôhmico.
A escola x10k é a escala reservada para medir resistores de alto valor ôhmico.

Vamos indicar uma escala aproximada para medir resistores com o multiteste:

Escala x1
Resistência ôhmica de 0,0 ohm até 470 ohms;

Escala x10
Resistência ôhmica de 10 ohms até 470 ohms;

Escala x100
Resistência ôhmica de 100 ohms até 50k ohms (kΩ);

Escala 1k
Resistência ôhmica de 1k até 200k ohms (kΩ);

Escala x10k
Resistência ôhmica de 10k ohms até 2 megaohns.

Escala x100k
Resistência ôhmica de 100k até (∞) infinito.

Resistores em teste: Exemplo prático de leitura nas escalas ôhmicas, com a finalidade de examinar resistores com o multiteste.

1°) Curto-circuitar as duas ponteiras do multiteste, a fim de zerar a medida ôhmica com a ajuda de potenciômetro ADJ.

2°) Fazer a leitura do valor ôhmico do resistor, no momento que aplicar as ponteiras do multiteste, nos dois terminais desse resistor que está sendo examinado.

3°) O valor ôhmico do resistor será obtido, lendo o número indicado na linha superior e multiplicando-o pela escala selecionada pela chave seletora.

Obs.:
As escalas selecionadas pela chave seletora são elas:
X1 = multiplique o número da linha superior por (1);
X10 = multiplique o número da linha superior por (10);
X100 = multiplique o número da linha superior por (100);
X1k = multiplique o número da linha superior por (1000) = 1k
X10k = multiplique o número da linha superior por (10.000);
X100k = multiplique o número da linha superior por (100.000) = 100k

4°) Determinando o valor ôhmico de um resistor com o multiteste.
A resistência ôhmica = Número indicado na linha superior X a escala ôhmica selecionada.

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1º Resistor em teste: O resistor possui um valor nominal indicado pelas seguintes cores:

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Leitura visual
O valor nominal deste resistor é de R = 2000 ohms, tolerância: 10%.
O valor ôhmico examinado pelo multiteste é igual a R= 20 x 100 = 2000

Conclusão: resistor bom.

2º Resistor em teste: O resistor possui um valor nominal indicado pelas seguintes cores:

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Leitura visual
O valor nominal deste resistor é de R= 50 (k), tolerância: 5%
O valor ôhmico examinado pelo multiteste é igual a R = 50 x 1k = 50k

Conclusão: Resistor bom.

3º Resistor em teste: O resistor possui um valor nominal indicado pelas seguintes cores:

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Leitura visual
O valor nominal deste resistor é de R = 1MEG, tolerância: 5%
O valor ôhmico examinado pelo multiteste é igual a R = 100 x 10k = 1.000.00 R = 1MEG.

Conclusão: resistor bom.

Veja agora no próximo exemplo, um resistor “queimado”, ou seja, (aberto).

4º Resistor em teste: O resistor possui um valor nominal indicado pelas seguintes cores:

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Leitura visual
O valor nominal deste resistor é de R = 500.000K, tolerância:10%
O valor ôhmico examinado pelo multiteste é igual a R = infinito

Conclusão: resistor aberto.
Veja agora no exemplo abaixo um resistor alterado, em um circuito.

5º resistor em teste: O resistor possui um valor nominal com as seguintes cores:

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Leitura visual
O valor nominal deste resistor é de R = 3.000 = 3k tolerância de 5%
O valor ôhmico examinado pelo multiteste é igual a R = 500x 10kR = 500.000 = 500k

Conclusão: resistor alterado.
Veja no próximo exemplo, um resistor alterado sendo examinado.

6º resistor em teste: O resistor possui um valor nominal indicado pelas seguintes cores:

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Leitura visual
O valor nominal desse resistor, é de R = 6300 = 6,3k tolerância de 5%
O valor ôhmico examinado pelo multiteste é igual a R = 50x 10 = 500 = 500

Conclusão: resistor alterado.

RESISTOR
Função do resistor: a sua função é de se opor à passagem de corrente elétrica, provocando uma queda de tensão em um circuito fechado. Esta oposição à corrente elétrica faz o resistor aquecer.
1º) Estudando o resistor em um circuito elétrico: Fechado.

O resistor quando se encontra em um circuito elétrico fechado, e o mesmo está funcionando, em um dos seus terminais encontraremos um determinado nível de tensão e no seu outro terminal, uma tensão inferior.
Veja o circuito abaixo:

51.jpg

Uma bateria de 12 volts DC alimenta uma lâmpada de 6 volts, mas existe um resistor interligando a mesma. Nesse caso, como o circuito encontra-se fechado, vamos obter:

1. No ponto “A” em relação à terra, você obterá uma tensão de 12V, a qual é a tensão da bateria (veja o multiteste 1).

2. No ponto “B”, no outro extremo do mesmo resistor, você irá obter uma tensão inferior ao do ponto “A”. (veja o multiteste 2).

Conclusão: O resistor reduziu a tensão (circuito fechado), isso ocorreu porque existe corrente elétrica.

2º) Estudando o resistor em circuito elétrico aberto.
O resistor quando se encontra em um circuito aberto, você encontrará nos dois terminais desse resistor, praticamente o mesmo nível de tensão. O motivo deve-se à falta de corrente elétrica para o resistor trabalhar, ou seja, para reduzir a tensão.

Veja o circuito abaixo:

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Neste circuito a bateria é de 12 volts, mas a lâmpada encontra-se queimada, logo o circuito está aberto. A corrente neste caso não existe, ou seja, é igual a zero.
1. No ponto “A” em relação à terra, você obterá com o (multiteste 3), 12 volts DC;
2. No ponto “B” em relação à terra, você obterá com o (multiteste 4), também 12 volts DC.

Conclusão: o resistor não reduziu a tensão. O motivo deve-se, ao circuito está aberto.

3º) Estudando o resistor em um circuito elétrico.
O resistor quando se encontra aberto em um circuito elétrico, você encontrará em um dos seus terminais um determinado nível de tensão e no outro terminal, uma tensão elétrica igual a zero volts.
Veja o circuito abaixo:

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1 – No ponto “A” em relação à terra, você obterá com o (multiteste 5), 12 Volts DC.
2 – No ponto “B” em relação à terra, você obterá com o (multiteste 6), zero Volts.

Conclusão: O resistor nesse caso está aberto.
4º) Estudando o resistor em um circuito elétrico: Alterado, para um valor ôhmico superior.

O resistor quando se encontra alterado em um circuito elétrico, você encontrará em um dos seus terminais a tensão desejada, mas no seu outro terminal a tensão será inferior a desejada.

Ex.:
Vamos supor que no próximo circuito em estudo, o resistor possua as seguintes cores: 1º (marrom), 2º (verde), 3º (marrom) e 4º (ouro). Pelo código das cores, o mesmo indica um resistor de 150 ohms.
Veja o circuito abaixo:

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Vamos examinar a tensão que está sendo indicada no esquema. No ponto “B” está indicando 10 Volts. Usando o multiteste (8), a tensão encontrada é de 5 Volts.
Medindo a tensão no ponto “A” com o multiteste (7), você obtém 12 Volts. Nesse caso, você deve concluir que o resistor de 150 ohms está alterado, ou seja, mudou o seu valor ôhmico para um valor superior ao indicado no seu corpo.

Conclusão: substitua o resistor alterado por outro de 150 ohms.
5º) Estudando o resistor em um circuito elétrico ou eletrônico.
O resistor quando se encontra aquecendo além do normal (fumaçando), você deve examinar oscomponentes que estão sendo alimentados por esse resistor.
Veja circuito abaixo:

55.jpg

Vamos supor que o circuito esteja com defeito e o resistor esteja fumaçando. Nesse caso, você deve examinar os componentes que estão sendo alimentados pelo resistor: D1, C2 e C3. Qualquer um dos três componentes poderá causar o aquecimento excessivo do resistor, bastando apenas que um deles apresente fuga ou curto interno.

Obs.: Caso um componente esteja em curto ou fuga antes do resistor, esse resistor não aquecerá porque a corrente total não chegará a ele, ou seja, uma grande parte dessa corrente será desviada para a terra.

Ex.:
– O Capacitor (C1) em curto, a corrente total, será transferida para o terra.
– O Capacitor (C1) com fuga no circuito, uma grande parte da corrente será desviada para o terra.

Verificação de um resistor no circuito:

Prática de conserto
Quando um circuito apresenta defeito, um dos componentes eletrônicos mais sujeitos a deixar de funcionar é o resistor. Normalmente o técnico usa o multiteste para examinar as tensões indicadas no esquema. Quando falta a tensão ou em um determinado ponto ou a tensão é inferior a indicada, você poderá suspeitar, que a causa poderá ser proveniente de um resistor com defeito.

Métodos para examinar um resistor:
a) Fazer a leitura do código de cores.
b) Desligar o aparelho onde se encontra o resistor.
c) Desligar um dos terminais do resistor.
d) Aplicar nos dois terminais do resistor as duas ponteiras do multiteste.

Obs.: O valor ôhmico indicado no multiteste deverá ser igual ao valor indicado pelo código de cores. Caso o valor ôhmico indicado seja diferente, o resistor deve ser substituído.

Estudando o resistor em um circuito elétrico ou eletrônico.

O resistor quando se encontra aquecendo além do normal em um circuito elétrico, a tensão em um dos seus extremos, é inferior a tensão normal.

Obs.: Essa explicação é válida para um circuito com defeito.
Veja o circuito abaixo:

56.jpg

Comprovamos esse caso, quando medimos a tensão com o (multiteste 10) no ponto “B” e essa é de 5,0 volts. No esquema a tensão indicada é 8,0 volts, portanto podemos concluir que um dos componentes: D1, C2 ou C3 está com defeito, ou seja, apresenta fuga elétrica.

Conclusão: Quando o resistor está aquecendo além do normal em um circuito elétrico ou eletrônico e as tensões indicadas nos seus dois terminais são normais, concluímos que o circuito não tem defeito, o
problema é o porte físico do resistor (potência). Nesse caso, devemos substituir esse resistor que está aquecendo além do normal por um de maior potência nominal.

Obs.: Isso poderá ocorrer, quando estamos montando um circuito que está em fase de experiência, onde o resistor não foi bem calculado e testada a sua dissipação de calor. Em um equipamento de fábrica esse fato não ocorre, porque o circuito já foi examinado e testado.

Prática de conserto

– Resistor aberto em um circuito elétrico ou eletrônico.
1. Com resistor aberto em um circuito elétrico ou eletrônico, não existirá corrente elétrica neste circuito;
2. O resistor não irá aquecer;
3. Existirá tensão em um dos extremos do resistor e no seu outro extremo a tensão será zero volt.

– Resistor alterado em um circuito elétrico ou eletrônico, com valor hmico superior ao valor nominal.
1. Existirá uma menor corrente elétrica nesse circuito.
2. O resistor não irá aquecer, ou irá aquecer com menor intensidade.
3. Existirá tensão elétrica em um dos extremos do resistor, mas no seu outro extremo a tensão será inferior a desejada.

– Resistor alterado, com valor ôhmico inferior ao valor nominal.
Este caso não é muito comum.
1. Existirá uma maior corrente elétrica no mesmo;
2. O resistor irá aquecer além do normal.
3. Existirá tensão elétrica superior a desejada no circuito.

Associação de Resistores

A associação de resistores pode ser:
a) Série                                    b) Paralelo                              c) Mista

Como comporta-se a resistência ôhmica total em um circuito série.

1 – Circuito Série: A resistência ôhmica total é igual a soma das resistências da associação.

Equação: REQ = R1 + R2 + … RN

Ex.:

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Obs.: Devemos transformar para uma mesma unidade.
(R1 = 200Ω, R2 = 1500Ω, R3 = 50Ω, R4 = 40Ω)

Resposta: REQ = 200 + 1500 + 50 + 40 = 1790Ω

2 – Circuito Paralelo: Nesse tipo de circuito, temos [quatro casos].

1° Caso – Para (N) resistores iguais:

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Conclusão: Veja que o valor obtido de (1,09Ω), é idêntico para os dois métodos utilizados (3° Caso) ou (4° Caso).

Como comporta-se a tensão elétrica e a corrente elétrica em um circuito série de resistores?

a) A tensão elétrica total em um circuito série, o valor dessa tensão será dividida com todos os resistores do circuito série.

61.jpg60.jpg

Atenção: Veja na figura ao lado, o método utilizado para
comprovar essa afirmação do item a).

Obs.: No caso dos resistores possuírem todos valores ôhmicos iguais, as tensões (ddp) nos resistores serão iguais.

No caso dos resistores possuírem valores ôhmicos
diferentes, as tensões (ddp) nos resistores serão diferentes.

Dados: R1 = 2,2Ω, R2 = 4,7Ω, R3 = 8,2Ω

Exercício
– Determine os valores das tensões em (VR1, VR2 e VR3).
a) VR1 =                                 b) VR2 =                                  c) VR3 =

b) A corrente elétrica total em um circuito série, é a mesma para todos os resistores de um circuito série, sendo eles de valores ôhmicos iguais ou diferentes.

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Importante: Você poderá utilizar dois métodos para determinar a corrente elétrica, em um circuito.

1° Método: Utilizando um amperímetro de linha.

2° Método: Utilizando um voltímetro e aplicando a lei de (ohm).

Aplicando o 1° Método: Indicamos na figura acima o amperímetro de linha, examinando a corrente elétrica em um circuito série. Nesse caso os valores obtidos serão todos iguais, provando dessa forma que a corrente é a mesma em um circuito série.

Aplicando o 2° Método: Indicamos na figura abaixo, como utilizar o multiteste na condição de voltímetro, com a finalidade de determinar a corrente elétrica em um resistor e conseqüentemente em um circuito elétrico.

Atenção: Veja na figura abaixo, veja o método utilizado para comprovar essa afirmação do item (b), sendo que, nesse caso utilizaremos o 2° Método, o qual utilizará a 1ª Lei de Ohm.

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Conclusão: A corrente elétrica encontrada, terá o mesmo valor para I(total) = (I1), (I2) ou (I3).

Atenção: Na prática ou seja, no (dia-a-dia), é mais rápido e seguro você utilizar o 2° método, o qual utiliza a 1ª lei de Ohm.

3 – Circuito Misto: É um tipo de circuito, onde encontramos um ou mais circuitos em paralelo e um ou mais circuitos em série de resistores alimentados por uma única fonte, podendo essa ser (dcv) ou (acv).

Veja o exemplo de um circuito misto, na próxima figura.

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Exercício:
A bateria = 12V
Resistores = R1 = 2,2Ω         R2 = 4,7Ω           R3 = 8,2Ω              R4 = 10Ω

Como se comporta a resistência total desse circuito?

Resp.:
a) Explicando como comporta-se a resistência total – A resistência total deverá ser obtida, determinando-se as resistências equivalentes do circuito paralelo (R3 e R4) e do circuito em série (R1 e R2), entre dois pontos indicados do circuito. No nosso caso, foi indicado os pontos (A) e (E).

1ª Solução: Veja no esquema do circuito anterior os resistores (R3 e R4), estão em (paralelo), logo devemos determinar o valor da resistência equivalente das mesmas.

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Observe no esquema do circuito anterior, que a resistência equivalente total desse circuito será formada pelos resistores (R1 e R2), os quais estão em (série) e pelos resistores (R3 e R4), os quais estão em paralelo, sendo assim, determine o valor da resistência equivalente total desse circuito entre os pontos (A) e (E).

2ª Solução:

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A resistência equivalente total desse circuito, será igual a soma da Req(1) + Req(2).

Solução Final:

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A resistência equivalente total

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Como se comporta a corrente total nesse circuito e como podemos examinar a mesma?

Como já sabemos a resistência equivalente total desse circuito, agora podemos usar a 1ª Lei de OHM, pra determinar a corrente elétrica nesse circuito. Calcule.

Solução: 1ª Lei de OHM = ddp = R x I

Obs.: A (ddp), é a tensão elétrica da bateria, a qual está alimentando todo o circuito.

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Atenção: A corrente obtida no cálculo anterior, é a corrente total consumida pelo circuito resistivo da bateria.

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– Qual a corrente elétrica em (R1) e em (R2)?

Solução: Como os resistores (R1) e (R2) estão em série, você deve saber que a corrente total consumida pelo circuito será igual em (R1) e (R2).

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– Qual a corrente elétrica em (R3) e (R4)?

Solução: Como você já sabe a corrente total de consumo, desse circuito, para você determinar a corrente em (R3) e (R4), terá que determinar tensão que alimenta esses dois resistores (R3) e (R4), os quais estão em paralelo. Em seguida, dividindo essa tensão que alimenta (R3 e R4), pelo valor de cada um desses resistores, você irá obter a corrente em (R3 e em R4). Vejamos a seguir

1ª Solução: Qual a queda de tensão que os resistores (R1 + R2), provocam nesse circuito. Sendo assim, qual a tensão que está alimentando (R3 e R4) ao mesmo tempo?

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O valor da corrente em (R3 e R4) será calculado da seguinte forma.

Obs.: Os resistores R3 e R4 estão ligados em paralelo logo estão recebendo a mesma tensão. Sendo assim, V(R3) = V(R4).

Solução: ddp = R x I Lei de OHM

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Você poderá examinar a corrente total desse circuito abrindo a linha de alimentação, no pólo positivo ou no pólo negativo desse circuito.

Exercício
a) Indique desenhando a ligação do amperímetro de linha, no circuito anterior, no qual você está estudando, desejando medir a corrente total de consumo desse circuito.
b) Indique desenhando a ligação de um amperímetro de linha, examinando a corrente existente no resistor (R4) e no resistor (3).

Como comporta-se a tensão elétrica no circuito anterior em estudo?

Obs.: O circuito em estudo, é formado por um circuito série formado pelos resistores [(R1) e (R2)], e um circuito paralelo formado pelos resistores [(R3) e (R4)].
– Como comporta-se a tensão elétrica em um circuito série, formado pelos resistores [(R1) e (R2)].

Solução: A tensão total que está alimentando o circuito em estudo, é proveniente da bateria.

Desejando saber a [tensão (ddp)] em (R1), isso pode ser obtido, multiplicando o valor ôhmico de (R1) pela corrente geral (total) desse circuito.

Obs.: Os resistores (R1) e (R2) estão ligados em série nesse esquema em estudo.

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Você pode agora determinar a [tensão (ddp)] em (R2), da mesma forma que foi explicado para determinar a tensão em V(R1).

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– Como se comporta a tensão em um circuito paralelo?
a) A tensão elétrica total, em um circuito paralelo, será de igual valor em todos os componentes desse circuito em paralelo.

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Obs.: Os resistores, os componentes elétricos ou eletrônicos de valores ôhmicos iguais ou diferentes, receberão os mesmos valores de tensão, podendo ser (dcv) ou (acv).

Qual o valor da tensão elétrica que está alimentando os resistores R3 e R4?

Solução: Para determinar a tensão presente no ponto (C) desse circuito, é necessário saber qual foi a queda de tensão que o circuito série formado por [R1 + R2] provocaram nesse circuito.

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Exercício
– Indique desenhando a ligação do multiteste na condição de voltímetro, no circuito anterior, no qual você está estudando, desejando medir a tensão total, a tensão no ponto (C).
Encontre o componente defeituoso nos circuitos e propostos abaixo:

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Calculando as tensões nos resistores em um circuito série, sem ter conhecimento da corrente elétrica.

1º Caso: Dois resistores em série, com os mesmos valores ôhmicos.

R1 = R2
No ponto (B), vamos obter em relação ao terra com um valor igual à
metade da tensão total.

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2º Caso: Quando temos em um circuito série, de dois resistores de valores ôhmicos diferentes R1 ≠ R2, desejando calcular a tensão no ponto (C), você poderá usar o seguinte método:

a) Vamos chamar a tensão sobre R3 (de 20Ω) de (X).84.jpg
b) Como R4 é de 60Ω, e é 3 vezes o valor de R3, chamamos de (3X) a tensão sobre ele.
c) Monte a equação, X + 3X = 12V 86.jpg4X = 12 85.jpg
d) O valor de 3V é a ddp em R3, logo 12V – 3V = 9Volts. Esta é a tensão que irá existir do ponto (C) em relação a terra (ddp de R4).

3º Caso: Temos resistores em série, com valores ôhmicos diferentes. Qual a tensão obtida do ponto (D) em relação ao terra? Veja o esquema do circuito, na próxima figura.

Método:
a) Vamos chamar a ddp em R5 de (X).
b) Como estão em série R6 e R7, o valor ôhmico será de 30Ω + 50Ω = 80Ω. Nesse caso como 80Ω é 4X, a tensão no ponto D é igual a 4X.

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d) O valor de 2,4Volts, é a ddp no resistor R5.
e) A tensão do ponto D para terra será dada como 12V – 2,4V = 9,6Volts

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Exercício
a) Calcule a tensão e indique no multiteste. Calcule também a corrente e indique no campo correspondente.

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Exercício: Utilizando o esquema eletrônico da figura abaixo, perguntamos:

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1) Estando R10 aberto (queimado), qual a tensão no CI2?(explique).
2) Qual a corrente total neste circuito, quando o mesmo estiver funcionando conforme o esquema?
3) Quais os locais que devemos aplicar o amperímetro, para medir essa corrente?(explique) e desenhe.
a)                                                                                    b)

4) Quais os locais que devemos aplicar o amperímetro, para medir a corrente elétrica no CI2?(explique) e desenhe.
a)                                                                                   b)

Capacitor

O capacitor é um componente que tem como finalidade armazenar energia elétrica. É formado por duas placas condutoras, também chamadas de armaduras, separadas por um material isolante ou dielétrico.

Ligados a essas placas condutoras estão os terminais para conexão deste com outros componentes.

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Capacitância (C) é a característica que o capacitor apresenta de armazenar mais ou menos cargas elétricas por unidade de tempo.

Onde C = capacitância   92.jpg
Q = carga elétrica
V = Tensão

Quando aplicamos uma tensão de [1(Volts) = V] e o capacitor armazenar 1 coulomb (C), temos então uma capacitância igual a 1 farad (F).

Devido às dificuldades construtivas, os capacitores encontram-se situados em faixa de valores submúltiplos da unidade farad (F), como o milifarad (mF), micro farad (μ F), nano farad (nF) e o pico (pF)

1mF = Um milifarad = 10-3 F = 0,001 F
1μ F = Um micro farad = 10-6 F = 0,000001 F
1nF = Um nano farad = 10-9 F = 0,000000001 F
1pF = Um pico farad = 10-12 F = 0,000000000001 F

Além do valor da capacitância, é preciso especificar o valor limite da tensão a ser aplicada entre seus terminais. Esse valor é denominado (tensão de isolação) e varia conforme o tipo de capacitor.

1) Capacitores plásticos (poliéster)
2) Capacitores eletrolíticos
3) Capacitores cerâmicos

Obs.: Normalmente, o valor da capacitância, a tensão de isolação e a tolerância, são impressos no próprio encapsulamento do capacitor.

Alguns capacitores possuem um código de cor, para sua identificação.

O capacitor trabalhando com tensão (DCV)

Ao aplicar em um capacitor93.jpg
uma tensão contínua por meio de um resistor, esse se carrega com uma tensão, cujo valor depende do intervalo de tempo em que se desenvolverá o processo.

Veja o circuito ao lado em estudo.

Estando inicialmente o circuito com a chave (SW1) aberta, no tempo
(T=0) vamos obter (VC=0) e (VR=0).

No momento em que fechamos o circuito (SW1) no tempo (T=1), a corrente nesse instante é a máxima do circuito. Você desejando determinar esse valor, poderá calcular da seguinte forma.

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Apartir desse instante, o capacitor inicia um processo de carga, com um aumento gradativo da tensão entre os seus terminais (VC) e, conseqüentemente, teremos uma diminuição da corrente, até atingir o
valor de zero, quando o mesmo estiver totalmente carregado.

Explicação: Nesse circuito em estudo, depois que você fechar a chave (SW1), o capacitor começa o processo de carga, como a corrente é máxima nesse instante, a [(ddp) em C1] é igual a (zero) Volts.Com o passar do tempo (T=2), o mesmo passa a absorver energia, logo a sua (ddp) começa a aumentar e conseqüentemente ocorre uma diminuição da [(ddp) em R1] nesse circuito.

No tempo (T=3), com a chave (SW1) fechada, o capacitor quando estiver totalmente carregado, a (ddp) no resistor, será igual a (zero)Volts e a (ddp) no capacitor será de (12)Volts, ou seja, a tensão total da bateria que alimenta esse circuito.

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Conclusão: A tensão total da bateria, será igual a soma da tensão no resistor (R), mais a tensão presente no capacitor (C).

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Atenção: Estando esse capacitor (C) totalmente carregado, você 97.jpg
irá agora estudar o próximo circuito, para verificar a sua descarga.

Explicação: No instante (T=0), a chave (SW2) está aberta, logo a
tensão é máxima no capacitor (C).
No instante (T=1), a chave (SW2) fecha o circuito e o capacitor inicia a sua descarga através do resistor (R).
Nesse instante, a corrente no circuito será máxima e a parti daí diminui, até o valor de (zero)volts, nesse momento o capacitor estará totalmente descarregado.

Conclusão: O capacitor necessita de um (determinado tempo) para ficar carregado e outro (tempo), ou seja, um tempo maior para ficar totalmente descarregado.
Outra forma de explicar, como um capacitor funciona em um circuito (dcv), é informar que quando é aplicada uma tensão (dcv) em um capacitor, o mesmo irá carregar-se rapidamente e depois de totalmente carregado, cessa de circular corrente elétrica, ou seja, ela deixa de existir nesse circuito.

Ex.:

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Explicação: Veja nos circuitos acima, como irá trabalhar o capacitor, quando o mesmo estiver sendo submetido a uma tensão (dcv) da bateria.

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1) O que é capacitância?
Reposta: É a característica que o capacitor apresenta de armazenar mais ou menos cargas elétricas por unidade de tempo, isso quando submetido a uma ddp.

Obs.: Sendo assim podemos dizer que a capacitância faz a tensão se atrasar em relação à corrente, como também se opõe a variação de tensão.

2) Qual a unidade de medida da capacitância?
Reposta: É o Farad

3) Qual a fórmula que determina a (carga) armazenada em (coulombs), por um capacitor?
Resposta: Carga = Capacitância (em Farad) x Tensão (Volts)

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4) Qual será a carga armazenada em um capacitor de 100 microfarad de uma tensão (dcv) aplicada com 100 volts de pico?
Resposta: C = (0,0001)F X 100(Volts) = 0,01 Coulomb

5) O que é a tensão nominal ou máxima de um capacitor?
Resposta: É o valor da tensão (dcv), a qual está impresso no corpo do capacitor.

6) O que á a tensão de trabalho de um capacitor?
Resposta: É a tensão a qual o capacitor irá trabalhar. Deverá ser inferior à tensão nominal em pelo menos 20%.

7) Quais as funções de um capacitor em um circuito eletrônico?
Resposta a) Armazenar energia por determinado período de tempo
b) Filtro de baixa freqüência (utilizando o processo da reatância capacitiva)
c) Filtro de alta freqüência (utilizando o processo da reatância capacitiva)
d) acoplamento de sinal (utilizando o processo de reatância capacitiva)

8) Qual o equipamento usado para medir a capacitância de um capacitor?
Resposta: É o capacímetro.

9) Como funciona o capacitor em um circuito (dcv)? (O aluno deve responder)
Resposta:

10) Como funciona o capacitor em um circuito (acv)? (O aluno deve responder)
Resposta:

11) O que é a reatância capacitiva?
Resposta: É o processo pelo qual um capacitor, se opõe a passagem da corrente alternada e esse valor irá depender da freqüência da mesma, como também do valor da capacitância desse capacitor.

12) Qual a fórmula que determina a reatância capacitiva de um capacitor, em um circuito eletrônico?
Resposta: XC = 1 / 6,28X(F) X (C).

13) Qual a unidade de medida da reatância capacitiva de um capacitor?
Resposta: (Ohm).

14) Qual é o valor da reatância capacitiva de um circuito, se a freqüência é de 60Hz e a capacitância for (820 mfd) (microfarad)? O aluno deverá resolver.
Resposta:

Constante de tempo

Um capacitor demora um determinado tempo para atingir sua (carga) com um valor de 63,2% da tensão aplicada e isso pode ser determinado pela seguinte fórmula.

101.jpg onde: (C) = capacitância em (farad) e (R) em (ohms).103.jpg

Ex.: Qual é a constante de tempo de um circuito com um capacitor que possui uma capacitância de 10MFD (microfarad), em uma resistência de 100 KOhms, os quais estão em série, recebendo uma tensão (dcv) de 12 volts?

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Conclusão: O tempo de 1 segundo está indicando que esse capacitor leva esse tempo para se carregar com 63,2% da tensão total da fonte.

Atenção: O condensador ou (capacitor) para atingir a carga máxima de energia, demora aproximadamente 5 vezes a constante de tempo.

Nesse exemplo estudado anteriormente, esse capacitor irá levar aproximadamente 5 segundos, para atingir 100% da carga da alimentação desse circuito.
O efeito de uma capacitância sobre a (C.A).

Uma tensão alternada (C.A.) pode na realidade, “atravessar” o dielétrico: Como a tensão é alternada, ela dá origem a uma tensão alternada do outro lado.

Um capacitor trabalhando em tensão (ACV).

Um capacitor quando está recebendo uma tensão alternada, provoca uma oposição a passagem da corrente elétrica, essa oposição será chamada reatância capacitiva.

A unidade de medida da reatância capacitiva é dada em Ohm.

A fórmula da reatância capacitiva e dada por:

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Veja que (F) = freqüência em Hertz e (C) na unidade Farad.

Ex.: Qual é o valor da reatância capacitiva de um circuito, quando é aplicado ao mesmo, uma freqüência de (1200Hz), sendo a capacitância de 200mfd (microfarads)

Solução: Xc = 1÷ 6,28 x 1200(Hz) x 0,0002(F) = 0,663 Ohms

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Veja que 200mfd, é igual a 0,0002 (Farads)
Você pode determinar a corrente nos circuitos puramente capacitivos, utilizando a 1ª lei de Ohm. A 1ª lei de Ohm indica que a 106.jpg e você desejando determinar a corrente elétrica, utilizando essa fórmula, terá que deduzir a mesma I (corrente) = ddp (tensão em volts) ÷ R (resistência em Ohms).

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Como você está trabalhando com um capacitor sendo alimentado com tensão (ACV), nessa fórmula da lei de Ohm, você poderá substituir o valor resistivo de (R), pelo valor ôhmico da (reatância capacitiva), dado por (Xc).

Sendo assim, a fórmula da 1ª lei de ohm poderá ser escrita da seguinte forma:

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Como você deseja saber a corrente elétrica, nesse circuito concluímos que a corrente nesse circuito, será igual a (ddp), dividida pela (reatância capacitiva).

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Ex.: Qual a corrente em (ampères) que circula um circuito puramente capacitivo, cuja reatância capacitiva seja de 0,663 (Ohms) e a tensão (voltagem) aplicada seja de apenas 2,0 volts.

Solução: I = ddp ÷ Xc I = 2/0,663 = 3,0 Ampères.

Tipos de Capacitores

Os capacitores podem ser divididos em:
1º – Capacitores não eletrolíticos (não possuem polaridade definida nos seus terminais)
2º – Capacitores eletrolíticos (possuem polaridade definida nos seus terminais)
3º – Capacitores de ar (não possuem polaridade definida)

1º – Os capacitores não eletrolíticos podem ser divididos em:
a) Capacitor com dielétrico de papel
b) Capacitor com dielétrico de óleo
c) Capacitor com dielétrico de cerâmica
d) Capacitor com dielétrico de mica
e) Capacitor com dielétrico de poliéster
a) Não metalizado        b) Metalizado
f) Capacitor com dielétrico de poliestireno

2º – Capacitores eletrolíticos podem ser:
a) Capacitor eletrolítico simples ou duplo.
b) Capacitor eletrolítico de tântalo.

3º – Capacitores de ar:
a) Semivariável
b) Variável

Os Capacitores

Nos circuitos eletrônicos podemos encontrar capacitores ligados em série, capacitores ligados em paralelo ou capacitores ligados em circuitos mistos. (Série e paralelo)

110.jpg

1ª Regra: Quando dois ou mais capacitores estão 111.jpgligados em paralelo, somamos os valores individuais de suas capacitâncias. Veja o exemplo 1 ao lado.

112.jpg

Obs.: O capacímetro é o instrumento fabricado para medir a capacitância de um capacitor.

2ª Regra: Em um circuito paralelo de capacitores, a tensão máxima que113.jpg
podemos aplicar no mesmo, será igual ao valor da menor tensão nominal, de um dos capacitores desse circuito paralelo.

Conclusão: Podemos aplicar uma (ddp) máxima, entre os pontos A e B de até 25 volts, no circuito formado pelos capacitores (C1) e (C2). Veja o exemplo 2 ao lado. Esse é formado pelos capacitores (C3) e (C4), os quais estão ligados em paralelo.

Ex.2:

C3 = 100nF/25 volts
C4 = 150nF/12 volts
C(T) = (C3 = 100nF) + (C4 = 150nF) = 250nF

Conclusão: Podemos aplicar uma (ddp) máxima entre os pontos C e D, de no máximo 12 volts.

114.jpg

1ª Regra: Dois capacitores ligados em série.

Multiplicamos os seus valores e dividimos pela soma da capacitância dos capacitores desse circuito série.

115.jpg

116.jpg

Resposta: A capacitância (total) = 50nF = 50kpf = .05MFD

Conclusão: Podemos aplicar uma ddp entre os pontos A e B, com o valor máximo igual à soma das tensões individuais, que cada um deles suporta.

2ª Regra: Três (3) ou mais capacitores ligados em série.

Um divisor de tensão resistivo, sendo substituído por um divisor capacitivo de tensão

118.jpg

Uma forma simples de obter uma tensão menor, a partir de uma tensão maior de entrada, é com um divisor de tensão utilizando dois resistores, conforme mostra a figura ao lado.

Nesse divisor, a tensão de saída que aparece sobre o resistor R2 é dada por:

117.jpgOnde V2 é a tensão de saída e V1 a tensão de entrada.

O grande problema desse tipo de circuito é que, para altas tensões de entrada e com uma pequena corrente, a dissipação de R2 pode tornar-se muito grande. Esse resistor R2 além de um componente caro que dissipa uma boa quantidade de calor watts, temos um desperdício de energia, já que este calor significa energia consumida.

Para uma fonte de 100 mA por exemplo, supondo que praticamente toda a corrente vá para a carga, sob a tensão de 110V de entrada e 6V de saída, temos uma dissipação de aproximadamente 10W no resistor R1. Sendo essa a alimentação de 220 V, essa dissipação dobrará.

Evidentemente, não se trata de uma boa solução para reduzir tensões elevadas, mesmo que o circuito consuma uma pequena corrente.

Obs.: O divisor de tensão resistivo, só deve ser utilizado para reduzir tensões baixas e correntes baixas.

O capacitor trabalhando em (ACV) – (O DIVISOR CAPACITIVO)

Uma solução interessante para se baixar a tensão da rede 119.jpg
de energia (alternada) sem tantas perdas é com a utilização de um divisor capacitivo. O que se faz, neste caso, é aproveitar a
tensão a Reatância Capacitiva de um capacitor que, de acordo
com a figura ao lado, depende da freqüência da tensão alternada
aplicada.

Como, num capacitor, a impedância apresentada equivale a uma resistência, pois a freqüência é fixa, e não temos praticamente dissipação de energia na forma de calor, um divisor que tenha um capacitor e uma carga, veja a figura abaixo, tem um rendimento muito maior.

A tensão de entrada fica então dividida entre a carga e o capacitor, 120.jpgpodendo ser calculada partindo-se da fórmula:
(1ª) Z = V/I

Onde:
Z é a impedância do circuito, em ohms.
V é a tensão de entrada.
I é a corrente do circuito, em ampères.

Ora, a reatância capacitiva do circuito será dada por:
121.jpg

Onde:
Xc é a reatância capacitiva, em ohms.
Z é a impedância do circuito, em ohms.
R é a resistência de carga, em ohms.

Em função de Xc é possível calcular o valor do capacitor a ser usado pela seguinte fórmula:
122.jpg

Onde:
C é a capacitância, em microfarads (μ f)
f é a freqüência da corrente que alimenta o circuito, em hertz.
Xc é a reatância capacitiva.

Um exemplo de aplicação mostra como podemos elaborar uma simples fonte para alimenta uma lâmpada de 12 V x 50 mA a partir da tensão da rede de energia de 110V.

Ex.:
Determinar o valor do capacitor que deve ser usado em série com uma lâmpada de 12 V x 50 mA para que possamos alimentá-la diretamente a partir da rede de energia de 110 V, conforme ilustra a figura anterior.

Neste problema temos:
Vs = 12 V
V = 110V
I = 0,05 A (50 mA)
f = 60 Hz
C = ? (desejamos calcular)

Começamos calculando o valor de R no circuito equivalente:
R= Vs/ I = 12/0,05 = 240 ohms

A partir da fórmula (1) podemos calcular a impedância total do circuito Z:
Z = V/I = 110/ 0,05 = 2 200 ohms

A partir desses valores podemos calcular Xc usando a fórmula (2):

123.jpg

124.jpg

Observe que a tensão de trabalho do capacitor usado, assim como o tipo, é importante neste projeto. O capacitor deve ser de tipo especial para corrente alternada (poliéster) e sua tensão de trabalho deve ser maior do que o pico de tensão da rede de 110 V.

V(pico) = 110V x 1,41 ≅ 155V (pico)

Considerando que o pico de tensão está em torno de 155 V, é conveniente usar um capacitor de 200 V ou mais.

Código de Cores dos Capacitores

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Exercício

O que é um capacitor de linha, e como funciona? Exemplo.
Resposta:

O que é um capacitor anticentelhamento, e como funciona? Exemplo.
Resposta:

O que é um capacitor de filtro de baixa freqüência e como funciona? Exemplo.
Resposta:

O que é um capacitor de filtro de alta freqüência e como funciona? Exemplo.
Resposta:

O que é um capacitor de acoplamento, e como funciona? Exemplo.
Resposta:

O que é um capacitor de desacoplamento, e como funciona? Exemplo.
Resposta:

Indique a capacitância equivalente, entre os pontos (A) e (B) dos circuitos abaixo.

126.jpg

Indique a capacitância equivalente, como também a tensão total que o capacitor equivalente pode suportar em trabalho, entre os pontos (A) e (B).

127.jpg

Indique a capacitância equivalente, dos capacitores abaixo.

128.jpg

10º Indique as cores dos capacitores abaixo.

129.jpg

Como gravar conversas telefônicas

A gravação de conversas eletrônicas não é feita exclusivamente com objetivos escusos como em espionagem, grampeamento, vigilância indevida, etc.

Existem casos em que essa gravação torna-se uma ferramenta de trabalho, como na contratação de serviços via telefone onde as informações passadas precisam ser depois transcritas, ou mesmo armazenadas como comprovação de que o contratante o fez da forma indicada.

No entanto, a ligação de um gravador diretamente na linha telefônica exige diversos cuidados pois, se for feita de forma indevida, poderá produzir ruídos, distorções e até mesmo danificar o gravador.
Isso sem comentar a proibição que existe de se conectar circuitos não isolados nessa rede.

O que descrevemos neste artigo são formas simples de se reatirar o sinal de uma linha telefônica para que ele seja aplicado à entrada de microfone de um gravador de fitas comum.

a) Adaptador em paralelo130.jpg
A forma mais simples de fazer a adaptação do gravador é a mostrada na figura ao lado, em que se usam capacitores e um transformador para fazer o isolamento
dos circuitos e assim evitar os problemas de ruídos.

Uma característica fundamental deste circuito está no fato de que ele apresenta uma impedância muito alta, não interferindo assim na qualidade da conversa que ocorre numa ligação telefônica.

Os resistores são importantes para evitar a sobrecarga, enquanto que os capacitores proporcionam uma filtragem para os ruídos que eventualmente possam estar presentes na linha.

O transformador usado é do tipo miniatura com um enrolamento de baixa impedância, que é conectado do lado da linha telefônica, e outro de alta, para a saída do gravador. Pequenos transformadores de saída ou mesmo divers encontrados em rádios transistorizados antigos podem ser experimentados.

Dependendo do transformador, podem ser 131.jpg
necessárias alterações nos valores dos resistores de modo a se obter um sinal capaz de excitar o circuito sem distorções,
com o nível apropriado de gravação.

b) Adaptador em série
Na figura ao lado, temos um circuito para a gravação com a ligação em série com a linha telefônica.

Utilizando um transformador com uma relação de espiras de 1:50 a 1:100 aproximadamente, e conectando o enrolamento de baixa tensão ou baixa impedância na linha, praticamente não temos interferência alguma no sinal. Isso significa que não será possível detectar a presença do dispositivo de escuta na linha.

O transformador pode ser um transformador de saída para transistores, ou ainda antigos circuitos a válvulas, ou até mesmo um transformador de força com primário de 110V e secundário de 6 a 9 V com corrente de 100 a 500 mA.

Um resistor de 10k ohms a 100 k ohms é ligado em serie com o transformador de modo a limitar o sinal, evitando assim a sobrecarga do circuito do gravador. O valor exato desse componente dependerá do transformador, devendo ser obtido experimentalmente.

Bobinas Captadoras

Um recurso muito interessante, usado pelos radioamadores que desejam “colocar no ar’’ conversas telefônicas é o que faz uso de bobinas captadoras, conhecida pelo nome de “maricotas’’. Essas bobinas possuem uma ventosa que permite que elas sejam “grudadas’’ no telefone, junto ao elemento indutivo (fone ou microfone).

AULA 2. ELETRÔNICA ANALÓGICA

Diodo Retificador

O primeiro dispositivo eletrônico a ser introduzido é chamado diodo. Ele é o mais simples dos dispositivos semicondutores, mas exerce um papel vital em sistemas eletrônicos.

O que é um material semicondutor?
R – Os semicondutores são materiais encontrados na natureza, que possuem características intermediárias entre os materiais condutores e os isolantes.

Os materiais semicondutores mais utilizados são o silício e o germânio, os quais apresentam estrutura cristalina.

Esses dois semicondutores na sua forma (pura) como encontrados na natureza deverão ser preparados na fábrica, utilizando um processo conhecido como dopagem, o qual introduz impurezas nos semicondutores como, por exemplo, o alumínio, passando agora trabalhar como um diodo com junção PN.

O lado (P) da junção (PN) é conhecido como anodo (A) e o lado (N) como catodo (K).

Como se comporta o diodo quando polarizado com uma tensão (dcv)?
R – Quando polarizado diretamente conduz uma corrente de anodo para o catodo (sentido convencional) e quando polarizado inversamente não conduz corrente.

Veja os exemplos nas figuras 1 e 1A.

Explicação:
Na figura 1 ao lado, vemos o esquema de um circuito, no qual uma bateria de (12V) alimenta um circuito série formado pelo resistor (R), uma lâmpada (L1), um diodo e mais a lâmpada (L2).

Observe que o polo positivo da bateria está alimentando o anodo do diodo, logo o mesmo passa a conduzir corrente elétrica. Sendo assim, as lâmpadas (L1) e (L2) acendem.

Na figura 1A, vemos o esquema de um circuito, no qual uma bateria de (12V) está alimentando com o seu polo positivo no catodo (K) do diodo retificador. Sendo assim, o diodo não conduzirá corrente elétrica, logo as lâmpadas (L3) e (L4) ficarão apagadas.

1.jpgNesse tipo de polarização, o polo positivo não atrairá os elétrons livres,
isso porque existe uma barreira de potencial, que deverá ser vencida, afim de que o diodo possa conduzir uma corrente elétrica.

No diodo de silício, a barreira de potencial varia entre (0,5V e 0,8V).
No diodo de germânio, a barreira de potencial varia entre (0,2V e 0,3V).

O tamanho dos materiais basicamente determina a intensidade máxima da corrente quando polarizados no sentido direto, e a tensão máxima no sentido inverso.

Nesse tipo de polarização, o polo positivo2.jpg
atrairá os elétrons livres do material (N), fazendoos vencer a barreira de potencial, originando assim uma corrente de elétrons do polo negativo, para o polo positivo.

Nesse mesmo momento, sairá uma corrente de lacunas do polo positivo para o negativo da bateria, sendo esta ultima adotada para fins de análise que semicondutores.

Veja a curva característica de um diodo na Fig 6.

Obs.: O tamanho físico do diodo possui relação direta com a intensidade máxima de corrente que o mesmo suporta, quando polarizados no sentido direto.

Como se comporta o diodo quando polarizado com uma tensão (acv)?

Durante o semiciclo positivo da tensão aplicada, o diodo estará diretamente polarizado de anodo para o catodo, fazendo a corrente circular pela carga que está sendo alimentada pelo diodo.

Durante o semiciclo negativo da tensão o diodo estará inversamente polarizado não conduzindo, logo a tensão e a corrente de saída será (zero), ou seja, praticamente não existirá.

3.jpg

Símbolos e Tipos
Os diodos são encontrados em diferentes tamanhos e tipos de acordo com a aplicação. Na figura 2 temos o símbolo adotado para representar o diodo e alguns tipos mais comuns.

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Os diodos são componentes polarizados, o que significa que sua posição em um circuito deve ser correta e não poderá ser invertida. Assim, é comum utilizar algum tipo de indicação para o catodo ou lado do material N, tal como uma faixa, por exemplo.

Especificações para os diodos
a) Tensão inversa – Visto que um diodo representa um circuito aberto quando polarizado no sentido inverso, aparece nas suas extremidades toda a tensão do circuito. Para poder usar um diodo, precisamos saber se ele suporta essa tensão, a qual é especificada como tensão inversa máxima Vrm ou Vr.
b) Corrente direta – É a máxima corrente que o diodo pode conduzir quando polarizado no sentido direto. Indicada como If nos manuais.
c) Tipo – Muitos fabricantes simplesmente indicam os seus diodos por um código de fábrica. Dessa forma, para os tipos americanos é comum que todos os diodos comecem por 1N. Assim, temos 1N4002, 1N4148, etc. Para os tipos europeus é comum as letras A para diodos de uso geral, B para silício e Y para retificadores. Exemplos: BA315, AA115, BY127, etc. Outros fabricantes colocam códigos próprios como MR751, P600D, V18, etc.

Onde são encontrados
Os diodos são empregados como retificadores, detectores, funções lógicas componente de proteção, redutores de tensão e em muitas outras aplicações onde se necessita a circulação da corrente num único sentido.
Ligações em série e paralelo dos diodos retificadores.
a) Diodos Retificadores:

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Como detectores, encontraremos pequenos diodos de silício ou germânio em receptores de rádio, controles remotos, telefones, etc. Na figura 3 ilustramos uma aplicação simples de dois diodos em um circuito retificador, onde se obtêm corrente contínua positiva e negativa a partir de uma corrente alternada.

6.jpg

Os diodos retificadores (D1) e (D3) são vistos na figura 3, veja nesse esquema um transformador do tipo redutor e isolador, recebendo uma tensão alternada (Vac) de rede elétrica.

Essa tensão alternada (Vac) será transferida pelo enrolamento secundário do mesmo, até os dois diodos retificadores (D1) e (D2). O terminal de anodo do diodo (D1), está recebendo essa tensão alternada senoidal do secundário do trafo, o qual irá conduzir a corrente num único sentido, deixando passar apenas os semiciclos positivos da tensão alternada. (Esse processo será chamado de retificação da (meia onda) de uma tensão alternada).

Armazenando e filtrando esses semiciclos positivos, agora presente no catodo do diodo (D1), por meio de um ou mais capacitores, você irá obter uma tensão contínua (positiva) na saída desse circuito.

Um processo semelhante de retificação de (meia onda), irá acontecer com o diodo (D2). O seu terminal de catodo está ligado ao secundário do trafo, recebendo uma tensão alternada senoidal, dessa forma o diodo (D2) conduzirá uma corrente elétrica num único sentido, deixando passar apenas os semiciclos negativos da tensão alternada senoidal. Desejando agora armazenar e filtrar esses semiciclos negativos, agora presente no anodo do diodo (D2), isso poderá ser obtido meio de um ou mais capacitores. Dessa forma você obterá uma tensão contínua (negativa) na saída desse circuito.

Veja os dois tipos de aplicações para os diodos retificadores na figura 5.

Há componentes eletrônicos como transistores, circuitos integrados, os quais são muito sensíveis a picos de alta tensão, onde os mesmos são gerados quando comutamos ou desligamos uma carga indutiva, como por exemplo, motor, relé ou solenóide. Na figura (5), você encontrará o circuito (5A), no qual ligando em paralelo com essa carga um diodo, ele transfere os picos gerados na comutação dela, evitando que eles danifiquem o transistor ou outro componente sensível a pico ou picos de alta tensão.

Na figura (5), você encontrará o circuito (5B), no qual, quatro diodos retificadores estão ligados em série, reduzindo a tensão (dcv) de (5V), para 2,6V aproximadamente. Dessa maneira irá alimentar a lâmpada (L1) que ficará acesa.

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Como testar um diodo retificador
Um diodo pode ser testado com um multímetro analógico na escala (X1). Quando polarizamos um diodo num sentido direto, com as pontas de prova, ele conduz e o multímetro indica uma baixa resistência elétrica (5 até 10 ohms). Quando invertemos as pontas de prova, ele é polarizado no
sentido inverso e o instrumento acusa uma alta resistência, nesse caso podemos considerar como infinito, ou seja, não conduz corrente elétrica. Quando um diodo apresenta baixa resistência nos dois sentidos, concluímos que o mesmo está em curto e outro com alta resistência nos dois sentidos podemos dizer que está aberto. Resistências elétricas entre (200K até 1M) no sentido inverso indicam um diodo com fugas.

Quando um diodo é polarizado no sentido inverso, há uma tensão limite que podemos aplicar nesse componente. Acima desse valor limite, esse diodo torna-se um condutor e poderá ser danificado. Essa tensão é denominada “tensão de ruptura”. Na figura 6 mostramos um gráfico, no qual é apresentado o ponto em que a ruptura acontece.

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O que é um diodo retificador?
Resp.: É um componente eletrônico, formado por uma junção (PN) de um material semicondutor, podendo esse ser de silício ou de germânio.

Como funciona o diodo retificador?
Resp.: O diodo retificador quando recebe uma tensão (ACV), no terminal de anodo, no seu catodo irá existir uma tensão e corrente (DCV) pulsante positiva. No caso do diodo retificador, receber uma tensão (ACV), no seu terminal de (catodo), no seu terminal de anodo, irá existir uma tensão e corrente (DCV) pulsante negativa.

Como um diodo retificador, como pode trabalhar em tensão (ACV) e (DCV)?
Resp.: a) Em (ACV), irá trabalhar como retificador.
b) Em (DCV), poderá trabalhar como chave eletrônica.
c) Em (DCV), poderá trabalhar como redutor de tensão.

Conclusão:
1º Caso: O diodo retificador quando está trabalhando com (ACV) irá funcionar como retificador de tensão (ACV) em (DCV) pulsante.
2º Caso: O diodo retificador quando está trabalhando com (DCV) poderá funcionar como uma chave eletrônica de proteção.
3º Caso: O diodo retificador quando está trabalhando com (DCV) poderá funcionar como um redutor de tensão.

Retificação

O que é uma retificação de uma tensão (ACV) em (DCV)?
Resp.: É o processo pelo qual, o diodo passa a conduzir corrente elétrica em um único sentido, ou seja, quando for aplicado uma tensão (ACV) no seu terminal de anodo, iremos obter no seu catodo, uma tensão contínua (positiva) pulsativa.
No caso de ser aplicada uma tensão (ACV), no seu terminal de catodo, iremos obter no seu anodo uma tensão contínua (negativa) pulsativa.

Qual o componente responsável pela retificação da tensão (ACV) em (DCV)?

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Quais os tipos de retificações, que são mais utilizadas nas fontes de alimentação (DCV), indique também a freqüência da tensão retificada, em cada uma das retificações.
Resp.: a) Ret. (meia onda positiva) = 60Hz
b) Ret. (meia onda negativa) = 60Hz
c) Ret. (onda completa positiva) = 120Hz
d) Ret. (onda completa negativa) = 120Hz

O que é uma retificação de meia onde positiva?
Resp.: É o processo pelo qual, o diodo retificador recebe uma tensão (ACV) e passa a conduzir a corrente elétrica, em um único sentido. Essa corrente agora será pulsativa, e entre esses pulsos existirá um intervalo de tempo, onde não existirá corrente elétrica.

O que é uma retificação de meia onda negativa?
Resp.: É o processo pelo qual, o diodo retificador recebe uma tensão (ACV) e passa a conduzir a corrente elétrica, em um único sentido. Essa corrente agora será negativa, e entre esses pulsos existirá um intervalo de tempo, onde não existirá corrente elétrica.

O que é uma retificação de onda completa positiva?
Resp.: É o processo pelo qual, os diodos retificadores recebem cada um deles, uma tensão (ACV) defasadas entre elas em (180º) nos seus anodos. Dessa forma iremos obter uma tensão contínua pulsativa positiva em cada um dos diodos retificadores, os quais quando unimos os catodos dos mesmos, vamos obter uma tensão contínua pulsativa positiva a qual não possui intervalo de tempo entre os pulsos de energia.

O que é uma retificação de onda completa negativa?
Resp.: É o processo pelo qual, os diodos retificadores recebem cada um deles, uma tensão (ACV) defasada entre elas em (180º) nos seus catodos. Dessa forma iremos obter uma tensão contínua pulsativa negativa em cada um dos diodos retificadores, os quais quando unimos os anodos dos mesmos, vamos obter uma tensão contínua pulsativa negativa a qual não possui intervalo de tempo, entre os pulsos de energia.

O que é uma retificação simétrica?
Resp.: É o processo pelo qual, utilizando diodos retificadores, você poderá obter duas tensões retificadas, uma (positiva) e outra (negativa) com os mesmos valores, apenas de sinais contrários.

Obs.: Essa retificação simétrica poderá ser de meia onda ou de onda completa.

Retificação de meia onda

a) Meia onda positiva – A tensão obtida possui freqüência de 60Hz.

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Explicação: No primeiro esquema ao lado, o diodo retificador está recebendo uma tensão (ACV) de 12V (eficaz), proveniente do trafo redutor no seu terminal de anodo. Sendo assim, no seu catodo iremos obter uma tensão pulsante positiva de meia onda.

Veja o sinal da tensão pulsante positiva, o qual será apresentada na tela do
osciloscópio da forma indicada no esquema ao lado.

Obs.: 11.jpg

Atenção: A tensão (ACV) entree os pontos (A) e (B), será igual a soma das tensões existentes em relação ao (CT) desse trafo. Exemplo = VAB = 24VAB (com carga).

b) Meia onda negativa – A tensão obtida possui freqüência de 60Hz.

12.jpg

Explicação: No esquema ao lado, o diodo retificador está recebendo uma tensão (ACV) de 12V (eficaz), proveniente do trafo redutor no seu terminal de catodo. Sendo assim, no seu catodo iremos obter uma tensão pulsante negativa de meia onda.

Veja o sinal da tensão pulsante de meia onda negativa, a qual será
apresentada na tela do osciloscópio, da forma indicada no esquema ao lado.

Obs.: 13.jpg

Atenção: O valor da tensão (ACV) entre os pontos (A) e o (CT), como também (B) e o (CT), deverão ser iguais. No Exemplo acima temos VA(CT) = 12V e VB(CT) = 12V

Retificação de onda completa

c) Onda completa positiva – A tensão obtida possui freqüência de 120Hz.

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Explicação: No esquema ao lado, temos agora dois diodos retificadores, os quais estão recebendo as tensões (ACV) defasadas entre elas em (180º) do
enrolamento secundário do trafo. Sendo assim, nos seus catodos iremos obter uma tensão (DCV) pulsante positiva e consecutiva, sem intervalo de tempo entre elas.

Veja o sinal da tensão pulsante de onda completa positiva, a qual será
apresentada no osciloscópio da forma indicada no esquema ao lado.

d) Onda completa negativa – A tensão obtida possui freqüência de 120Hz.

15.jpg

Explicação: No esquema ao lado, temos agora (dois) diodos retificadores, os quais estão recebendo as tensões (ACV) defasadas entre elas em (180º) do enrolamento pertencente ao secundário do trafo. Sendo assim, nos seus anodos iremos obter uma tensão (DCV) pulsante de onda completa negativa, a qual será apresentada no osciloscópio da forma indicada no esquema ao lado.

Retificação de meia onda simétrica, utilizando o terra do trafo (CT)

a) Ret. de (meia onda positiva e negativa) a tensão obtida possui freqüência de 60Hz.

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Explicação: Nesse esquema do circuito ao lado, você pode verificar, que cada um dos diodos retificadores, está recebendo as tensões (ACV) defasadas entre eles em (180º), do enrolamento no secundário do trafo. Como se trata de uma retificação simétrica de meia onda (positiva e
negativa), o diodo (D1) está polarizado recebendo a tensão (ACV), pelo anodo. Sendo assim, o semiciclo positivo (ACV), provocará a condução de energia do diodo (D1), logo no catodo, entraremos apenas a tensão retificada de meia onda positiva. O diodo (D2) como está polarizado
recebendo a tensão (ACV) pelo catodo. Sendo assim, o semiciclo negativo (ACV), provocará a condução de energia do diodo (D2), logo no anodo encontraremos a tensão retificada de meia onda negativa.

Retificação de onda completa simétrica, utilizando o terra do trafo (CT)

O que é uma retificação de onda completa simétrica?

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Resp.: É o processo pelo qual utilizando (4) diodos retificadores  independentes ou uma ponte retificadora integrada, você poderá
obter duas tensões retificadas de onda completa, sendo uma de valor positivo e outra de mesmo valor, negativo. Essas duas tensões contínuas
pulsantes, possuem cada um delas a freqüência de 120Hz.

Exemplifique o esquema elétrico desse tipo de retificação.

Explicação: No esquema ao lado, temos agora [(4) quatro] diodos retificadores, os quais (D1 e D2) estão recebendo as tensões (ACV) defasadas entre elas em (180º). Sendo assim, nos seus anodos iremos obter uma tensão (DCV) pulsante de onda completa positiva, a qual será apresentada no osciloscópio da forma indicada.

Nesse mesmo esquema, temos os diodos [D3 e D4], os quais recebem as duas tensões (ACV) defasadas em (180º) do secundário do trafo. Dessa forma nos anodos dos mesmos, iremos obter uma tensão (DCV) pulsante de onda completa negativa, o qual será apresentado no osciloscópio da forma indicada no esquema da figura abaixo.

Retificação onda completa simétrica, sem utilizar o terra do trafo (CT)

b) Ret. (onda completa positiva e negativa)

Explicação: Esse tipo de circuito possibilita uma retificação de onda completa positiva e outra retificação negativa, as quais são totalmente independentes. Utilizando essas duas tensões, podemos obter o dobro da tensão fornecida pelo trafo.

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Ex.: Com o trafo de 12/12V, você poderá obter uma tensão de 24V
(com carga e sem carga VSEM (carga) = 24 x 1,41 = 33.8V.

Obs.: A lâmpada de carga irá acender.

O circuito dobrador de tensão de meia onda

O circuito dobrador de tensão poderá ser do tipo meia onda ou do tipo onda completa.

1º Tipo: Esse tipo de circuito utiliza uma retificação da tensão (ACV), em
uma tensão contínua pulsante de meia onda.

O circuito dobrador de tensão de meia onda irá utilizar (dois diodos
retificadores) e (dois capacitores eletrolíticos), conforme os dois esquemas ao lado.

19.jpg

Veja nesse esquema, o projeto do circuito dobrador de tensão de meia onda, o qual utiliza uma chave SW(1), para selecionar a tensão que será aplicado no mesmo, a qual poderá ser de 110V ou 220V, e mesmo assim, na saída (DCV) desse circuito iremos obter 310 (Vdc).

Explicação do funcionamento: A tensão (ACV) da rede elétrica é senoidal e possui um semiciclo hora positivo de (115V) e hora um semiciclo negativo de mesmo valor, variando com uma freqüência de (60Hz). Essa tensão será aplicada no capacitor (C1). Você deve lembrar que os (110V) (ACV) da rede
elétrica, é o valor eficaz, logo como o capacitor carrega-se pico da tensão, o valor dessa tensão de pico, será de 110V x 1.41 ≅ 155 Volts.

20.jpg

1º Explicação: Vamos supor que o semiciclo positivo, esteja sendo aplicado no anodo do diodo retificador (D1), sendo assim, recebendo o potencial positivo em seu anodo, ele conduzirá permitindo que haja a carga no capacitor (C1), visto que seu lado negativo está ligado ao potencial negativo do semiciclo negativo da rede elétrica. Como o capacitor carrega-se normalmente com o pico da tensão, teremos sobre o capacitor (C1), uma ddp de 155Volts.

2º Explicação: Quando a polaridade da rede elétrica inverter, no semiciclo seguinte, haverá também a inversão de polaridade nos dois fios de entrada da rede elétrica.

Como a tensão ao lado negativo do capacitor começa elevar a carga do capacitor tende a elevarse em relação a referência [ao lado negativo do capacitor (C1)].

Veja, como a tensão eleva-se no lado positivo do capacitor, o diodo (D1) ficará cortado, formando agora o circuito equivalente ao da [2ª explicação]. Como a rede está criando um pico de tensão de 155Volts e sobre o capacitor já existe armazenado essa mesma tensão, haverá, momentaneamente,
entre o referencial massa (neutro) e o lado positivo de (C1) um pico de 310V, que fazendo (D2) conduzir acabará armazenando esta tensão de pico sobre o capacitor (C2).

No esquema da 3ª explicação podemos ver a chave SW(1) ligada para (220V), veja que nesse caso, o diodo (D1) está desligado sem funcionar, já o capacitor (C1) está também sem funcionar, porque a chave SW(1) ao está selecionada para (220V), colocar esse capacitor em curto, nesse caso, o diodo (D1) está desligado sem funcionar, por que a chave SW(1) ao está selecionada para (220V), coloca esse capacitor em curto. Sendo assim, o circuito equivalente será o esquema da [4ª explicação], nesse temos
uma retificação em (meia-onda) da tensão de rede de 220Vac, gerando sobre o capacitor (C2) uma tensão de 310Vdc.

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Circuito Dobrador de tensão de onda completa

2º Tipo: Circuito dobrador de tensão de onda completa.

Esse tipo de circuito utiliza uma retificação de onda completa, utilizando [(4) diodos retificadores] na configuração em ponte.

Nesse circuito ainda é utilizado uma chave liga desliga SW(2), mais dois capacitores eletrolíticos (C3 e C4) e dois resistores de carga (R1 e R2).

Veja no esquema a seguir, a 5ª explicação de um circuito dobrador de tensão, que poderá ser de meia onda, ou de onda completa.

Além disso, esse esquema demonstra a utilização de uma chave (S2), a qual seleciona essa fonte para trabalhar em 110V ou em 220Volts.

Veja o esquema abaixo. Esse circuito é do tipo dobrador de tensão, com uma chave seletora de tensão para 110V ou 220V.

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Quando for aplicado nesse circuito 110V (ACV), a chave SW(2) deverá ser ligada e sendo assim, a configuração de trabalho será mostrada no esquema ao lado, referente a [(1ª) explicação do funcionamento].

Nesse caso é utilizado apenas os diodos (D1) e (D3), sendo que cada capacitor se carregará com 155V.

Considere agora que a tensão alternada senoidal, que está sendo aplicada nesse circuito, apresenta o semi-ciclo negativo sendo aplicado no diodo (D1), logo haverá a entrada de tensão (ACV) com potencial positivo, ou seja, o semiciclo positivo no polo positivo do capacitor (C2).

Com isso, haverá uma circulação de corrente do potencial positivo da rede até chegar ao polo positivo do capacitor (C2), sendo que o lado negativo do capacitor irá à massa, que estará ligado ao anodo do diodo (D3), fechando o circuito ao potencial negativo da rede elétrica.

No próximo semiciclo da rede, o anodo do diodo (D1) irá conduzir, pois o potencial positivo da rede será aplicado ao seu anodo, chegando ao polo positivo do capacitor (C1). O polo negativo do capacitor (C2) já estará ligado ao potencial negativo, fechando o circuito.

Veja [(2ª) explicação de funcionamento desse circuito]

Veja o esquema do funcionamento ao lado:23.jpg

Veja a [(3ª) explicação de funcionamento desse circuito]

No esquema da (3ª explicação) podemos ver que cada capacitor se
carregará com (155VP), ou na média de 155(VDC); como estão em série, a
tensão de um lado ao outro (negativo de (C2) ao positivo do C2) será de 310(VDC).

Usando a rede de 220(VAC), a configuração será mostrada na [(4ª) explicação de funcionamento], onde vemos que serão utilizados os (4 diodos) em uma retificação de onde completa. Como os capacitores eletrolíticos acabam ficando em série, acaba surgindo o problema de equiparação das tensões armazenadas em cada um. Considerando que o capacitor eletrolítico possui uma pequena
fuga natural e que há uma grande variação desta fuga entre os capacitores, haverá menos tensão armazenada no capacitor de maior fuga, e maior tensão no capacitor de menor fuga; como a tensão de isolação destes é em torno de 250V, poderá haver problemas ou tensão excessiva sobre um deles, provocando problemas no eletrolítico, fazendo-o “ferver” podendo levar o capacitor a explosão.

Faz-se necessário utilizar resistores de equalização de tensão, servindo para equilibrar as tensões armazenadas compensando assim, pequenas fugas normais destes componentes, são eles no esquema acima: R1 e R2.

Diodo Zener

Se um diodo for construído de modo a suportar a corrente em ruptura, ele poderá manter a tensão constante entre seus terminais. Assim, diodos zener são diodos especiais que podem operar polarizados no sentido inverso, com uma tensão de ruptura não destrutiva.

A função do diodo zener pode ser aproveitada em diversas aplicações eletrônicas importantes. Ele funciona como estabilizador de tensão, e ainda podem ser empregados para fazer o corte de picos de sinais. Os diodos zener são encontrados em diversos tamanhos e tipos, mudando de acordo com a corrente e a tensão com que devem trabalhar.

Símbolo e aspecto
Na Figura 7 temos o símbolo usado para representar o diodo zener e o aspecto mais comum desse componente.

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Os diodos zener, conforme podemos observar são componentes polarizados com uma tensão no (dcv) no catodo superior à tensão presente no seu anodo. Essa (ddp) presente entre o catodo e o anodo irá determinar a tensão estabilizada.

Obs.: Os diodos zener possuem normalmente um anel ou alguma marca para indicar o catodo (K) do mesmo.

Especificações:
A maioria dos fabricantes específica seus diodos zener, com códigos que tanto podem levar a nomenclatura 1N (tipo americanos) como BZX e BZY para os tipos europeus.
Através de manuais é possível saber a partir do tipo as suas características elétricas.
As principais características elétricas que devemos observar num diodo zener são:

a) Tensão zener – É a tensão inversa que faz o diodo conduzir e que ele mantém constante numa ampla faixa de valores de corrente. Os diodos zener comuns possuem tensões zener entre (1,5V até mais de 200 V).
b) Dissipação – É quantidade máxima de calor que o componente pode dissipar, e portanto, está associado à máxima corrente que poderá trabalhar. A máxima corrente, multiplicada pela tensão zener, resulta na potência ou dissipação máxima do diodo zener. Os tipos mais comuns são de 400 mW de dissipação, mais dependendo da aplicação, poderemos encontrar diodos zener de 500mW, 1W, 5W.

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Onde são encontrados
Na Figura 8 ilustramos alguns circuitos típicos onde os diodos zener são usados para estabilizar tensão. No primeiro caso, um diodo zener opera sozinho controlando totalmente a tensão na carga de pequeníssima corrente, enquanto no segundo, ele utiliza um transistor para controlar uma maior corrente, utilizando um diodo zener e resistor para polarizar esse transistor.

Ligações em série e paralelo dos diodos zener

a) Diodos zener – ligação em série: A tensão total estabilizada será igual à soma individual de todos os diodos zener do circuito. Ex: VZ1 = 2,3V, VZ2 = 3,3V, VZ3 = 4,7V

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b) Diodos zener – ligação em paralelo: A tensão total estabilizada será igual à tensão nominal dos dois zener, mas a corrente total regulada será igual à soma das correntes dos diodos zener desse circuito paralelo.

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Teste
Embora possamos testar um diodo zener da mesma forma que um diodo comum, esse teste nada revela sobre a tensão zener e nem se o componente está dentro de suas características. Entretanto, quando os diodos zener apresentam problemas, o mais comum é que entrem em curto, apresentando uma baixa resistência elétrica nos dois testes com o multímetro. Na substituição, deveremos usar sempre um exemplar que tenha a mesma tensão que o original. A potência do diodo zener substituto, poderá ser igual ou maior ao do original.

LEDs

Os diodos Emissores de Luz, que em inglês são chamados de Light Emitting Diodes (abreviadamente LEDs), são diodos especiais que ao serem percorridos por uma corrente emitem luz através de sua junção.

Os LEDs comuns são emissores monocromáticos, ou seja, emitem luz de uma única freqüência (única cor) que pode ir da faixa de ultravermelho até o ultravioleta.

LEDs de luz branca têm sido obtidos pela associação em uma mesma pastilha de três LEDs que fornecem as cores básicas (vermelho, verde e azul), as quais combinadas resultam na luz branca.

Os LEDs são fabricados com bases em materiais semicondutores especiais como o Arseneto de Gálio (que também pode conter o elemento Índio), os quais têm essas propriedades de formar junções emissoras de radiação.

As impurezas que estão presentes nos LEDs não apenas determinam a cor da luz que eles emitem, como também a tensão mínima que precisamos aplicar no sentido direto para que a barreira de potencial da junção (PN) seja vencida e ele possa conduzir corrente elétrica.

Os LEDs comuns vermelhos e infravermelhos conduzem com 1,6 V, já os amarelos e alaranjados com 1,8 V e os LEDs azuis e verdes precisam de pelo menos 2,0 V.

Os LEDs são usados como pequenas lâmpadas em sinalização e também como emissores de radiação infravermelha em controles remotos; em acopladores ópticos, transferindo sinais de um ponto a outro de um circuito através da luz e na emissão de luz coerente na versão LASER.

De fato, se o material semicondutor dos LEDs for montado de maneira especial de modo a formar uma cavidade ressonante e ter o que se denomina de “inversão de população” dos átomos excitados, a luz emitida terá características de radiação LASER. LASERs desse tipo são aplicados em diversos tipos de aparelhos como CD’s e DVD-players, LASER pointers, etc.

Símbolo e aparência:
Na figura 10 mostramos o símbolo do LED e os aspectos mais comuns desse componente. Os LEDs também podem ser montados de modo a formar um display de 7 segmentos, conforme ilustra a figura 11.

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Alimentando os LEDs de cada segmento de maneira combinada, podemos formar números como ocorre nas calculadoras, relógios e em muitas outras aplicações, que podem “acender” com luz vermelha,
laranja, etc.

Observamos que, da mesma maneira que os diodos, os LEDs são componentes polarizados. Se forem invertidos num circuito, não funcionarão, se a tensão inversa aplicada for maior do que 5 V, eles
correrão o risco de queimar-se.

Observe que o catodo é dado por uma marca no invólucro ou pelo terminal mais curto.

Especificações:
A maioria dos LEDs é especificada por um código do fabricante. Contudo, para usar os LEDs precisamos conhecer as seguintes características desses componentes:
a) Corrente máxima – é a máxima corrente que podemos deixar o LED conduzir quando em funcionamento, sem que ele se queime. Esse dado é importante, pois o LED sempre funciona com um resistor em série que limita a corrente a esse valor. Sem esse resistor, o LED iria queimar. I(máxima) pode variar entre (0,007A até 0,02A).
b) Tensão direta – é tensão mínima que faz o LED conduzir e, portanto, acender. Essa tensão depende da cor, conforme já explicamos.
c) Comprimento de onda de luz emitida – normalmente, a cor do LED é expressa pelo comprimento da onda emitida. Esse comprimento de onda pode ser dado em nanômetros (nm) ou em ângstrons (Å). Um ângstron equivale a 100 nanometros. Assim, de acordo com a figura 12, o aspecto visível vai de 400 nm a 700 nm, aproximadamente. Nessa figura temos as curvas de emissão de alguns LEDs comuns.

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Onde são encontrados:
Na maioria das aplicações eletrônicas, os LEDs são usados como indicadores de painéis, em indicadores alfanuméricos de 7 segmentos e como fontes de luz (LEDs brancos). Outras aplicações incluem a emissão de sinais em controles remotos por infravermelho, barreiras ópticas e alarmes, etc.
Quando for utilizar um LED, é muito importante não ultrapassar a corrente máxima que ele suporta.
Para essa finalidade, em quase todas as aplicações encontramos um resistor ligado em série com o LED, com a finalidade de reduzir a tensão e adequar a corrente no mesmo; veja a Fig.13A e Fig.13B.

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A resistência desse resistor pode ser calculada subtraindo-se a tensão direta do LED, da tensão de alimentação e dividindo o valor encontrado, pela corrente de operação do componente. Por exemplo, se desejamos alimentar um LED de 12 mA com 6 V e ele é vermelho, o cálculo será:

Obs.: A fonte que irá alimentar o circuito será de (6,0V), a tensão no led deverá ser de (2,0V), conforme a figura 14.

Solução:

V = 6,0V – 2,0V
V = 4,0V
R = 4,0V / 0,012A (0,012A = 12 mA)
R ≥ 333,3 ohms

Conclusão: O resistor nesse caso deverá ser maior ou igual a 333,3 ohms.

Testando:
Jamais teste um diodo LED ligando-o diretamente a uma fonte de tensão contínua, sem o resistor limitado de corrente, ele poderá queimar. Para testá-lo, o leitor deve fazer uso do circuito mostrado na figura 14, onde usamos 4 pilhas em série e um resistor limitador.

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Em lugar das 4 pilhas, pode ser usada uma fonte de 6V. Para uma fonte de 12 V ligue um resistor de 1k(ohms). Observe a polaridade do LED. Para testar LEDs infravermelhos, deverá ser usado algum tipo de detector para essa finalidade.

Diodos Especiais

As propriedades elétricas das junções PN, podem ser aproveitadas em diversos outros dispositivos que derivam dos diodos. Esses diodos especiais podem ser encontrados em uma infinidade de aparelhos eletrônicos. Os principais são:
a) Fotodiodos – Expondo uma junção PN polarizada no sentido inverso à luz, a corrente que é causada pela liberação de cargas a partir dos fótons incidentes, depende da intensidade luminosa. Dessa forma, os diodos em invólucro transparentes poderão ser usados como sensíveis sensores de luz, sendo denominados fotodiodos. Os fotodiodos têm uma capacidade de responder a variações muito rápidas da luz.
b) Diodos tunnel – São diodos que possuem uma característica de resistência negativa semelhante à das lâmpadas néon, mas que entram em funcionamento com tensões muito mais baixas (da ordem de fração de volt) e podem oscilar em freqüência extremamente elevadas, na faixa de UFH e até de microondas. Os diodos tunnel são empregados em osciladores de altíssima freqüência.
c) Varicaps ou Varactors – Quando polarizados um diodo no sentido inverso, a distância entre as cargas das regiões PN depende da tensão. Assim, essas regiões se comportam como as placas de um capacitor e a região da junção como um dielétrico, cuja espessura pode ser controlada pela tensão aplicada. Para maior tensão, o dielétrico é maior e a capacitância menor, conforme sugere a figura 15. Isso significa que diodos especiais com junções amplas, poderão ser usados como capacitores
variáveis controlados pela tensão. Os varicaps são encontrados em seletores de canais de televisores e em receptores de diversos tipos.

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Símbolos e tipos:
Na figura 16 apresentamos alguns tipos de diodos especiais com seus símbolos e aspectos.

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Especificações:
Os diodos especiais são indicados normalmente por um código da fábrica, através do qual podem ser obtidas suas características a partir de folhas de dados (datasheets).
Dependendo da aplicação, devemos estar atentos para algumas das especificações, que são:
• Para os fotodiodos a resposta espectral, ou seja, o comprimento de onda para os quais são mais sensíveis, e sua velocidade de resposta, determinam sua freqüência máxima dos sinais modulados
que eles podem detectar.
• Para os diodos tunnel devemos conhecer a tensão tunnel e a freqüência máxima em que eles podem oscilar.
• Para os varicaps precisamos conhecer a faixa de tensões de uso e a capacitância que ele apresenta nessa faixa.

Como testar
Um teste básico consiste em verificar se o diodo conduz num sentido e bloqueia a corrente no sentido inverso, como qualquer diodo convencional. No entanto, as características específicas conforme a
função deverão ser determinadas a partir de circuitos de provas especiais.

Circuitos Integrados (CI) Estabilizadores de Tensão (DCV)

Os Circuitos Estabilizadores de Tensão, são circuitos integrados que podem ser projetados e fabricados com diversos tipos de encapsulamentos, vejamos alguns tipos nas figuras abaixo.

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Você poderá encontrar em algumas fontes de alimentação, os integrados reguladores de tensão da série positiva (78xx) e da série negativa (79xx). Esses componentes possuem (3) terminais, e geralmente na fonte do PC utilizam os circuitos integrados com o encapsulamento (TO–220).

Veja que os CIs da linha (positiva) e da linha (negativa) com encapsulamento (T0–220), possuem (3) terminais, mas as funções dos mesmos mudam conforme pode ser visto no item (a) com encapsulamento (TO–220).

Conforme a necessidade de corrente de saída, os CIs reguladores da série positiva poderão ser:
a) (78xx), b) (78Lxx), c) (78Mxx), ou da série negativa d) (79xx), e) (79Lxx), f) (79Mxx).

Você quando está montando, projetando ou consertando uma fonte de alimentação, observe o código estampado no corpo do CI estabilizador.

Exemplo:
a) 78xxc (Corrente de trabalho no máximo 1,0A)
b) 78Lxxc (Corrente de trabalho no máximo 0,1A = 100mA)
c) 78Mxxc (Corrente de trabalho no máximo 0,5A = 500mA)

Explicação sobre a tensão de entrada mínima no (CI) estabilizador da linha (78) e (79).
Para que a tensão de saída estabilizada desses circuitos integrados seja correta, é necessário que seja aplicado no terminal de entrada do (CI), uma tensão (DCV) com um valor entre (2,5V até 3,0V) no mínimo, maior que a tensão pré-estabelecida no corpo do CI (estabilizador), para que o mesmo funcione normalmente.

Explicação sobre a tensão de entrada máxima no (CI) estabilizador da linha (78) e (79).
A tensão máxima de entrada para o (CI) da linha positiva (78xx), (78Lxx), (78Mxx).
Veja a tabela abaixo.
a) 78xxc = [V(min) = 7,5V] e [V(máx) = 25V]
b) 78Lxxc = [V(min) = 7,5V] e [V(máx) = 20V]
c) 78Mxxc = [V(min) = 7,5V] e [V(máx) = 25V]

Obs.: Os circuitos integrados da série negativa (79xx) funcionam da mesma forma, a única diferença, é a polaridade da tensão negativa de (entrada) e (saída).

Como examinar esse tipo de circuito integrado

Método: Você poderá examinar esse tipo de circuito estabilizador, medindo a tensão (DCV) de entrada e depois medindo a tensão (DCV) de saída.
Usando esse método, você poderá concluir se o (CI) estabilizador está funcionando ou não.

1º Caso: Você poderá examinar o (CI) estabilizador no próprio circuito, quando a fonte estiver em funcionamento, ou seja, sendo alimentada pela tensão elétrica.
2º Caso: Você também poderá examinar o (CI) estabilizador, aplicando uma tensão (DCV) superior a tensão de saída estabilizada desse (CI), no terminal de entrada e depois medir a tensão estabilizada na saída deste (CI).

Obs.: A tensão (DCV) que deverá ser aplicada no terminal do CI estabilizador em teste deve possuir um valor um pouco superior à tensão estabilizada do CI em teste.

Veja como você pode examinar o (CI) estabilizador com o multiteste.

1º Caso – Examinando o (CI) estabilizador no próprio circuito da fonte.

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Explicação: Observe que o multiteste (1) está examinando e indicando (9,0V), no terminal de entrada.Veja que no multiteste (2) está indicando (5,0V), no terminal de saída.

Conclusão: Como está indicando (5,0V), concluímos que esse (CI) está normal.

2º Caso (a) – Examinando um (CI) da linha positiva (78) com encapsulamento (TO – 220),utilizando uma fonte de alimentação e o multiteste.

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Explicação: Observe que o multiteste (3) está examinando e indicando (5,0V), no terminal de saída.
Veja que esse (CI), está sendo alimentado por uma fonte de (12V), a qual está alimentando o terminal de entrada do CI.

Conclusão: Como está indicando (5,0V), concluímos que esse (CI) está normal.

AULA 3. ELETRÔNICA ANALÓGICA

A corrente elétrica e o campo magnético

1) Quando uma corrente elétrica circula um fio condutor ou uma bobina, o que irá provocar?

Resp.: Quando uma corrente elétrica percorrer um fio condutor em um circuito fechado, irá gerar um campo magnético no mesmo, o qual poderá ser detectado por exemplo, por uma bússola. Agora, no caso de uma corrente elétrica circular numa bobina de fio condutor, esta se comporta como um imã. Este fenômeno verifica-se tanto usando corrente contínua quanto usando corrente alternada.

Obs.: Em torno da bobina cria-se um campo magnético constante, no caso da mesma ser alimentada por uma corrente contínua e cria-se um campo magnético flutuante ou variável, no caso da bobina ser alimentada por uma corrente alternada.
Ex.:

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Caso em torno do mesmo núcleo seja enrolada outra bobina, essa será chamada de bobina (secundária), dessa forma, ela será atravessada pelo campo magnético produzido pela corrente elétrica (ACV), a qual foi aplicada na primeira bobina chamada de (primária). Sendo assim, será induzida uma tensão elétrica na bobina chamada de (secundária). Já no caso de você aplicar uma tensão (DCV), na bobina de entrada chamada de (primária), não encontraremos nenhuma tensão elétrica na bobina de saída, chamada de (secundário).

O Transformador ou trafo

1) O que é um transformador?

Resp.: É um dispositivo capaz de converter uma dada tensão alternada ou pulsativa, de valor e intensidade determinados, em outra tensão alternada, de valor e intensidade de corrente diferentes, mantendo-se praticamente constante a potência elétrica do primário com a potência elétrica do secundário.

2) Qual o princípio de funcionamento de um transformador?

Resp.: Baseia-se nos princípios da indução eletromagnética.

3) Como funciona os princípios da indução eletromagnética, em um transformador? (pesquise na internet)

Resp.:
4) Quais os tipos de transformadores mais usados?

Resp.: a) Transformador redutor b) Transformador isolador
c) Transformador elevador d) Autotransformador

5) O que é um transformador redutor e como funciona?

Resp.: É o transformador que recebe uma maior tensão elétrica (ACV), na bobina chamada de (primária), já na sua bobina chamada de secundária, existirá uma menor tensão elétrica (ACV), em relação a tensão que foi aplicada na bobina primária.

Ex.: Os transformadores de força dos equipamentos de som.
Conclusão: Em um trafo redutor vamos encontrar:

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6) O que é um transformador isolador e como funciona?

Resp.: O transformador é chamado “trafo isolador”, quando o enrolamento da bobina do primário, é totalmente “separado” (isolado), da bobina do secundário.

Ex.: O transformador usado no interior do módulo isolador.

7) O que é um transformador elevador e como funciona?

Resp.: O transformador é chamado de “trafo elevador”, quando a tensão obtida no enrolamento da bobina do secundário, for superior ao valor da tensão (ACV) que foi aplicada no enrolamento da bobina do primário. Um trafo elevador:

Conclusão: Em um trafo elevador, vamos encontrar:3.jpg

8) O que é um autotransformador e como funciona?

Resp.: É um tipo de transformador, o qual é fabricado de maneira especial: um único enrolamento trabalha como primário e secundário. Sendo assim, existe um valor de resistência ôhmica, entre a bobina do primário, com o enrolamento do secundário.

Obs.: O autotransformador pode ser do tipo redutor ou elevador.

Ex.: O transformador usado no estabilizador de tensão, do tipo auto transformado (redutor), isso se deve principalmente por ser mais econômica a sua fabricação.

9) O enrolamento ou bobina do transformador, que irá receber a energia elétrica, como será chamado?

Resp.: Enrolamento primário.

10) O enrolamento ou bobina do transformador, que irá transferir a energia elétrica, para o circuito que será alimentado, como será chamado?
Resp.: Enrolamento secundário.

11) Um transformador ou trafo, pode possuir vários enrolamentos de primário?
Resp.: Sim. Um trafo pode ser fabricado com um enrolamento primário, ou com vários enrolamentos de primário.
(Veja esse assunto em enrolamentos dos transformadores).
Obs.: Os enrolamentos do primário do trafo poderão ser totalmente independentes, ou um enrolamento primário único com uma derivação.

12) Um transformador ou trafo, pode possuir um ou vários enrolamentos de secundário?
Resp.: Sim. Um trafo poder ser fabricado com um, dois ou vários enrolamentos de secundário.
(Veja esse assunto em enrolamentos dos transformadores).
Obs.: Os enrolamentos do secundário do trafo poderão ser totalmente independentes. Você poderá encontrar transformadores com um único enrolamento de secundário e é muito comum, encontrar transformadores com um enrolamento de secundário, o qual possui uma derivação no terminal central desse enrolamento, o qual geralmente é ligado ao terra do circuito.

13) O que é o rendimento de um transformador?
Resp.: O rendimento é definido como a razão entre a potência de saída e a potência de entrada, isso é obtido, dividindo a potência do secundário, dividido pela potência do primário.

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Obs.: Este valor é sempre inferior a (1), o qual representa caso ideal.

14) Por que o rendimento de um (trafo), é sempre menor que (1)?
Resp.: Esse parâmetro é inferior a (1), devido ao fato de que as condições ideais ocorre, quando a potência fornecida pelo primário e transmitida integralmente ao secundário. Na prática as condições ideais não existem. Verifica-se nos enrolamentos e no núcleo do transformador, perda de potência convertida em calor e ruído.
Atenção: Evidentemente, a potência de entrada e de saída do transformador mantem-se constante, se forem desprezadas as perdas.

5.jpg

Explicação: Como a potência é dada pela fórmula 6.jpg podemos usá-la da seguinte forma.

7.jpg

Agora você poderá determinar os valores desejados por essa equivalência.

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14.1) Qual a tensão (ACV) do primário do trafo (V1), quando relacionamos com a corrente do primário (I1), secundário (I2) e a tensão no secundário (V2)?

Obs.: A tensão em volts e a corrente em ampères

Solução: Como V1 x I1 = V2 x I2, temos que 9.jpg

14.2) Qual a corrente (ACA) presente no primário do trafo (I1), quando relacionamos com a corrente do secundário, tensão (ACV) do primário e secundário?

Obs.: A tensão em volts e a corrente em ampères

Solução: Como V1 x I1 = V2 x I2, temos então que 10.jpg

14.3) Qual a tensão (ACV) do secundário do trafo (V2), quando relacionamos, com a tensão (ACV) do primário, corrente do primário e a corrente do secundário?

Obs.: A tensão em volts e a corrente em ampères

Solução: Como V1 x I1 = V2 x I2, temos então que 11.jpg

14.4) Qual a corrente (ACA) presente no secundário do trafo (I2), quando relacionamos com a corrente do primário, tensão (ACV) do primário e a tensão (ACV)do secundário?

Obs.: A tensão em volts e a corrente em ampères

Solução: Como V1 x I1 = V2 x I2, temos que 12.jpg

15) Como relacionar o número de espiras de um transformador, com a tensão elétrica no secundário e no primário?

Dados: NS = Nº de espiras do secundário
NP = Nº de espiras do primário
US = Tensão no secundário (volts)
UP = Tensão no primário (volts)

Vejamos a relação entre os dados:
NS x UP = US x NP

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1) Por que na construção de um transformador, deve-se empregar um núcleo de material ferro magnético?

Resp.: Isso deve-se ao fato, que a presença de um núcleo de material de ferromagnético, favorece enormemente a ação do campo magnético conduzindo-lhe o fluxo.

2) A intensidade do campo magnético depende da corrente do primário ou é constante?
Resp.: A intensidade do campo magnético depende diretamente da corrente que circula pelo primário do transformador. Portanto, aumenta e diminui no mesmo ritmo que a corrente.

3) Que tipo de tensão se obtém no secundário de um transformador quando se aplica uma tensão contínua no primário?
Resp.: Não se obtém tensão induzida, porque nesse caso, o campo eletromagnético é constante.

4) Como é possível determinar a potência absorvida pelo enrolamento primário, de um transformador com vários secundários?
Resp.: Somando a potência de todos os secundários e dividindo o resultado, pelo número que exprime o rendimento do transformador. Se este dado não for conhecido, pode-se considerar a potência procurada,
como sendo aproximadamente igual a soma das potências dos secundários aumentada em 20%.

5) Como podemos explicar o funcionamento de um transformador com respeito ao enrolamento primário e o enrolamento do secundário?
Resp.: Tanto a intensidade da corrente quanto a tensão no secundário podem ser maiores ou menores em relação ao primário, dependendo da relação de espiras entre as duas bobinas e da espessura dos condutores utilizados nos enrolamentos. Evidentemente, a (potência de entrada) e de saída do transformador mantém-se constante, se forem desprezadas as perdas.

6) Como podemos explicar o funcionamento de um transformador com respeito ao número de espiras do primário e do secundário?
Resp.: O funcionamento de um transformador, depende do número de espiras do enrolamento do secundário. Teoricamente, a razão entre a (tensão de saída no secundário) e a (tensão de entrada no primário), é igual à razão entre o número de espiras das duas bobinas.

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7) Qual o tipo de fio que é usado nos transformadores?
Resp.: Os enrolamentos (ou bobinas) de todos os tipos detransformadores, são feitos sempre com fios de cobre esmaltado, (sendo assim isolados), o que provoca o indispensável isolamento entre as espiras.
Em geral, os enrolamentos primários e secundários, embora independentes, são enrolados um sobre o outro. Assim para se obter um isolamento perfeito, usa-se um tira de papel cartolina ou um outro
material isolante.

8) Qual o fio mais adequado, para um transformador?
Resp.: A bitola do fio de cada enrolamento, depende diretamente da intensidade da corrente que vai circular por ele.
Para facilitar os cálculos, usa-se como parâmetro a (densidade de corrente).

9) O que é a (densidade de corrente) de um condutor?
Resp.: É a relação entre a intensidade da corrente e a área de seção transversal do condutor que ela
atravessa.

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10) Qual o efeito de uma densidade de corrente elevada em um condutor?
Resp.: Nesse caso há um aquecimento do condutor e uma queda de tensão significativa em virtude da própria resistência do condutor.

11) Quais os tipos de núcleos usados nos transformadores?
Resp.: a) Núcleo de ferrite, material constituído de óxido de ferro pulverizado.
b) Núcleo de ar.
Obs.: O Núcleo de ferrite se divide em vários tipos, são elas:

a) Núcleo (E – I)
b) Núcleo toroidal
c) Núcleo ajustável

12) A intensidade do campo magnético, depende da corrente do primário ou é constante?
Resp.: A intensidade do campo magnético depende inteiramente da corrente que circula pelo primário do trafo. Portanto, aumenta e diminui no mesmo ritmo que a corrente.

Os transformadores podem ser subdivididos em diversas categorias

a) Transformadores de alimentação (ACV)
b) Transformadores empregados em audio freqüência
c) Transformadores empregados em alta freqüência
d) Transformadores de pulso

Obs.: Quanto maior, ou seja, (mais alta freqüência), menor será o núcleo do transformador.
Outro fator que influi na dimensão do núcleo é a potência que deve ser transmitida do enrolamento primário para o enrolamento secundário.
• O tipo de núcleo mais difundido nos transformadores de força (ACV) é aquele chamado de (E-I)
Ex.: Amplificadores de baixa e média potência, equalizadores, mesa de som.
• Existem também os transformadores de força (ACV) do tipo toroidal.
Ex.: Amplificador de alta potência.

Enrolamentos dos transformadores

1) Os transformadores de alimentação (ACV) podem ter, apenas um enrolamento de primário, como também podem ter dois ou mais enrolamentos de primário. Veja os exemplos a seguir?

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Os transformadores de alimentação (ACV) podem ser projetados e construídos de várias maneiras:
a) Com apenas um secundário
b) Com um secundário, tendo esse uma derivação central
c) Com dois ou mais enrolamentos independentes
d) Com um único enrolamento, tendo esse, várias derivações.

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Atenção: Quando o trafo possui dois enrolamentos de primários independentes, veja o 3º e 6º Casos, você deverá ligar em série esses dois enrolamentos, quando desejar o mesmo possa trabalhar recebendo
220V da rede elétrica no seu primário. Veja o 8º Caso. Agora quando desejar que esse tipo de trado, trabalhe recebendo 110V, você deverá ligar esses dois enrolamentos de primário independentes, e em paralelos. Veja o 9º Caso.

Examinando um transformador redutor de baixa, média ou de alta potência, com o auxílio do teste da lâmpada.

18.jpg• Examinando os transformadores com o teste série das lâmpadas

a) Trafo redutor:
R(pri) > R(sec)

Explicação: Examinando o primário com o teste série da lâmpada, essa irá
acender com menor intensidade luminosa, que a luminosidade da
lâmpada, quando está examinando o secundário do trafo.

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Teoria sobre os transformadores redutores

Exercício
1) A potência do primário é de 20W e a tensão é de 110V (ACV), qual a corrente no enrolamento do primário?

Solução:
As Fórmulas que relacionam a potência elétrica são:
a) P = V x I
b) P = R x I2
c) P = V2 ÷ R

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2) Qual a capacidade do fusível, que deverá ser usado em série com o enrolamento primário desse transformador em questão?

Solução: Normalmente usamos um fusível, com uma capacidade em amperagem superior ao consumo normal, em torno de 50% até 100%.
Sendo assim, vamos ao cálculo.

A corrente no primário do trafo sendo de (190mA = 0,19A), sendo multiplicada por (1,5), iremos obter o valor da corrente do fusível com (50%) superior.

I(FUSÍVEL) = 1,5 x (0,19A) = No caso de multiplicar por (2,0), iremos obter o valor da corrente de fusível com 100% (superior) I(FUSÍVEL) = 2,0 x (0,19A) =

3) Calcule o valor da tensão (ACV), no secundário do transformador, com enrolamento primário de 10 espiras e com enrolamento secundário com 20 espiras.
Resp.: Vamos usar a fórmula da razão.

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A resposta foi o número dois (2). Isto significa que, aplicando ao primário uma tensão alternada de (1V), será obtida uma tensão de (2V) no enrolamento secundário.

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Auto Transformador

O autotransformador pode ser considerado como um caso particular de transformador. Ele possui um só enrolamento, no qual são feitas uma ou mais derivações.23.jpg

Veja a sua simbologia na próxima figura.

Como você pode observar, não há isolação elétrica entre os dois circuitos: primário e secundário.

É como se chama o (primário de entrada) e o (secundário de saída), já que o autotransformador possui apenas um único enrolamento.

O princípio de funcionamento do autotransformador é o mesmo que explicamos para o transformador. De fato vimos que, ao variar a corrente elétrica, no enrolamento primário, gera um campo magnético e cria-se uma força eletromotriz induzida de sinal contrário ao da aplicada, que é
proporcional ao número de espiras.

Assim, no transformador ideal, a força contra-eletromotriz (FCEM) é igual à tensão aplicada. Ora se fizermos derivações no enrolamento primário iremos encontrar força eletromotriz de indução, que é proporcional ao número de espiras da derivação. Assim a tensão no secundário será obtida, logo teremos uma (ddp), dessa derivação para o terminal de entrada.

O autotransformador é bastante utilizado nos estabilizadores de tensão usados nos computadores.

O chaveamento das bobinas do primário ou do secundário é feito através de circuitos eletrônicos.

Veja nas próximas duas figuras abaixo:

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Transistores Bipolares

Sem dúvida, os transistores bipolares são os mais importantes de todos os componentes da família dos semicondutores. O transistor bipolar foi desenvolvido em 1947, sendo formado por três regiões de materiais semicondutores diferentes, montadas numa estrutura semelhante à vista na figura 17. Apesar dessa estrutura ser equivalente a diodos montados de costas, ela apresenta propriedades especiais que tornam o transistor um componente extremamente importante para as aplicações eletrônicas.

Observe que, de acordo com as estruturas, temos transistores do tipo NPN e PNP. A cada estrutura associamos três terminais denominados emissor (E), coletor (C) e base (B). O sentido da corrente através do transistor depende do seu tipo. Um transistor é capaz de regular uma corrente que
circule entre base e o emissor, de modo que ela apareça aumentada entre o coletor e a base, conforme mostra a Fig.18.

• Um transistor poderá trabalhar como um amplificador sinais, regulador de corrente elétrica ou trabalhar como uma chave eletrônica.

Conclusão: Um transistor poderá ter a função de amplificar sinais eletrônicos, podendo trabalhar também como regulador de corrente ou como chave eletrônica, isso irá depender do circuito no qual o
transistor está trabalhando, e do nível de corrente que é aplicada no terminal de base desse transistor.

Obs.: As memórias eletrônicas, circuitos integrados, chipset e os processadores, são formados por muitos transistores.

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Ex.: Nesse exemplo, foi usado um trimpot de 1M (ohms), o qual poderá regular uma pequena corrente de base, provocando uma corrente elevada no coletor e no emissor ao mesmo tempo.

Em outras palavras, uma pequena variação de corrente de base num transistor, provoca uma variação maior da corrente de coletor. Se uma corrente de base de apenas 1 mA provoca uma corrente de coletor de 100 mA dizemos que ganho do transistor ou hFE é 100.

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Dependendo da aplicação, podemos encontrar transistores de diferentes tamanhos e formatos com ganhos que vão de 5 a 10 000.

Existem milhões de tipos de transistores que são identificados por códigos de fábrica, o que significa que para conhecer suas especificações é preciso consultar os manuais dos próprios fabricantes.

No entanto, existem 100 a 200 tipos de uso muito comum, que possuem características as quais podem substituir a maioria dos tipos especiais de transistores, encontrados em muitos equipamentos eletrônicos.
Símbolos e tipos:

Na figura 19 apresentamos alguns tipos de transistores bipolares e seus principais aspectos, conforme os seus invólucros na figura abaixo.

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O tamanho físico do transistor, na prática, determina a intensidade da corrente que ele pode suportar e controlar, portanto, a potência que ele pode dissipar.

Os transistores que devem dissipar altas potências são normalmente dotados de recursos para montagem em radiadores de calor, também chamados de dissipadores de calor; veja a figura 20.

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O maior problema que o técnico em eletrônica irá encontrar, quando está trabalhando com os transistores, será na identificação dos seus terminais (emissor, coletor e base). Há diversos códigos adotados pelos fabricantes, de modo que somente conhecendo o tipo específico ou usando o multiteste
para identificar os terminais do transistor que será usado, é possível saber como deverá ser feita a sua ligação correta no circuito.

Especificações:
Os transistores encontrados nos equipamentos eletrônicos, podem ser separados em três grandes categorias de acordo com suas especificações:

a) Transistores de uso geral. (Transistores de baixa potência)
São transistores de pequenas dimensões, são projetados para trabalhar com sinais de baixas e altas freqüências e deverão ser alimentados com corrente contínua, com correntes variando entre (150mA até 300mA) no máximo. Os transistores que amplificam sons de baixa potência em rádios,
intercomunicadores, alarmes, ponteiros eletrônicos e outras aplicações.

Ex.:

a) Transistor (NPN) = BC547 ou BC548      

b) Transistores (PNP) = BC557

b) Transistores de Potência. (Tr. de média potência, Tr. de alta potência)
São transistores que operam com sinais de baixas freqüências, mas com grande potência. Esses componentes são dotados de recursos para montagem em radiadores de calor e podem dissipar potências de 1 a 200 watts, tipicamente. A corrente de coletor máxima pode ultrapassar dos 15 ampères. Encontramos esses transistores em fontes de alimentação, amplificadores e no controle de motores, relés e solenóides.

Ex.:

a) Tr. de baixa potência (BC-547)

b) Tr. de media potência (BD-139)

c) Tr. de alta potência (TIP41, 2N9055).

c) Transistores de alta freqüência
São transistores de pequena potência, mas que podem operar com sinais de alta freqüência, chegando a mais de 1000 MHz. Esses transistores são usados em transmissores e receptores como também em amplificadores de sinais de alta freqüência.

Ex.:

a) BF494

b) 2N5641

c) MJE4340.

Outras especificações:
Um problema que os técnicos de eletrônica poderão encontrar, ao trabalhar com transistores, é encontrar um substituto para um determinado tipo de transistor que tenha problemas e o mesmo não
possa ser adquirido facilmente. De posse do número (código) original, pode-se chegar às especificações e, com isso, sair em busca de um transistor que seja considerado equivalente. As principais especificações dos transistores são:

a) Tensões máximas
Vce(máx) é a tensão máxima entre coletor e emissor; Vcb(máx) é a tensão máxima entre coletor e base;Vbe(máx) é a tensão máxima entre base e emissor. Quando acrescentamos o “o”, ele indica que o terceiro terminal está desligado. Exemplo: Voc(máx) é a tensão máxima entre coletor e emissor com a base desligada (aberta). Em alguns casos pode ser indicada a tensão absoluta, como Vc, Vb e Ve.

b) Correntes máximas
As correntes máximas são indicadas pelos terminais. Exemplo Ic(máx), é corrente máxima de trabalho do coletor de um transistor.

c) Potência máxima
É a máxima potência que o transistor pode dissipar, sendo indicada como P(tot) ou P(máx) ou ainda Pt.
Obs.: A potência de dissipação de um transistor pode ser calculada pela fórmula. PT = Vce x Icol

d) Ganho
O ganho do transistor pode ser dado como beta (β) ou como hFE e pode variar entre, conforme o tipo de transistor.

a) Transistores de pequeno porte físico, ou seja, de uso geral, o seu (β) pode varirar entre (150 até 500).
b) Transistores de potência, de grande porte físico, o seu (β) pode variar entre (10 até 50).

e) Freqüência de transição
É a máxima freqüência em que o transistor ainda pode funcionar como amplificador e, portanto, como oscilador. Essa freqüência é dada em hertz (quilo ou mega) e varia bastante conforme o tipo de transistor.

Trabalhando com transistores
Para fazer a substituição de um transistor observamos principalmente que:

1 O substituto deverá ter correntes e tensões máximas iguais ou maiores que o Tr. substituído.
2 O substituto deverá ter ganho maior ou igual ao substituído
3 O substituto deverá ser capaz de operar com freqüência igual ou maior que o substituído.
4 Deverá ser do mesmo tipo: NPN ou PNP.

Como os transistores são usados
Os transistores podem ser usados como dispositivos de (controle para corrente elétrica), (chaves eletrônicas) ou com (amplificadores). As três possibilidades são exibidas na figura 21.

(1.1) 3º - Eletrônica_analógica.pdf - Adobe Reader_2.jpg

Em (a), quando fechamos (S1), a corrente de base que circula através de (R1) polariza a base do transistor, de modo que as correntes de coletor e emissor passam agora a existir, acendendo a lâmpada.
Em (b) Regulando a corrente de base, podemos controlar de corrente de coletor e de emissor, variando a corrente de base através do resistor variável (R2). Em (c), temos um circuito, onde o transistor está trabalhando como amplificador de sinal. Observe que um sinal (senoidal de 10kHz) é aplicado na base do (Tr. Q3), através do capacitor (C1), os resistores (R3 e R4) polarizam esse transistor, de tal forma que, no
coletor do mesmo, encontramos agora o sinal amplificado e invertido em relação ao sinal aplicado na base.

Obs.: I(coletor) ≅ I(emissor)
Essa observação indica, que a corrente de coletor, é aproximadamente igual a corrente de emissor.

Em (b), o sinal aplicado na base do transistor, provoca pequenas variações maiores de corrente
de coletor. Com isso, no coletor do mesmo, o sinal aparece com uma amplitude maior, ou seja, amplificado.
Os modos como os transistores são polarizados e como os sinais são aplicados e retirados dos seus elementos variam e dão origem a três configurações básicas que são fornecidas na figura 22. Em (a) temos a configuração de emissor comum, que é a que apresenta maior ganho de potência. Em (b) temos a configuração de coletor comum, que tem ganho de corrente elevado mas baixo ganho de tensão e em (c) a configuração de base comum, que tem ganho de tensão e de corrente, mas que opera
geralmente bem, com sinais de freqüências elevadas. A configuração a ser escolhida dependerá do tipo de sinal e do circuito.

Normalmente nos circuitos eletrônicos, um único transistor não é suficiente para se obter a
amplificação ou controle desejado, o que significa que diversos transistores deverão ser ligados em
conjunto e deverá ser proporcionado um meio para que os sinais passem de um para outro sem
problemas.
Em um amplificador de áudio, por exemplo, temos transistores com pequenos sinais na entrada, os quais recebem os sinais dos microfones ou de outro circuito eletrônico e vão aumentando sua intensidade, até chegar a transistores de alta potência, que entregam esses sinais ao alto-falante.
Na figura 23 mostramos um amplificador de duas etapas (2 transistores), em que o sinal amplificado passa do coletor de um, para a base de outro através do capacitor de acoplamento C3.

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Explicação:

a) No circuito emissor comum, quando é aplicado no mesmo um sinal na base, no seu coletor encontraremos o sinal amplificado e invertido em 180°, em relação ao sinal aplicado na base.

Obs.: Veja como funciona esse circuito. a) ganho de tensão médio. b) ganho de corrente médio. c) ganho de potência alto. d) impedância de entrada média. e) impedância de saída média.

b) No circuito coletor comum, quando é aplicado no mesmo um sinal na base, no seu coletor não encontraremos o sinal. Já no emissor, encontraremos o sinal sem amplificação e no emissor encontraremos o mesmo sinal aplicado na base sem inversão de fase.

Obs.: Veja como funciona esse circuito. a) ganho de tensão quase unitário. b) ganho de corrente elevado. c) ganho de potência médio. d) impedância de entrada alta. e) impedância de saída baixa.

c) O circuito base comum, quando é aplicado no mesmo um sinal no seu emissor, no seu coletor encontraremos o sinal amplificado, mas não ocorre inversão do mesmo.

Obs.: Veja como funciona esse circuito. a) ganho de tensão elevado. b) ganho de corrente baixo. c) ganho de potência baixo. d) impedância de entrada baixa. e) impedância de saída alta.

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Essa não é a única maneira de se transferir sinais de uma etapa para outra em um circuito transistorizado.
Na figura 24 ilustramos os principais tipos de acoplamento que utilizamos entre as etapas de um circuito.

Em (a) temos um acoplamento RC (resistor e capacitor), em (b) um acoplamento LC; em (c) usamos um transformador e em (d) fazemos um acoplamento direto.

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Teste e identificação
O aluno que apenas está tomando seu primeiro contato com a eletrônica, poderá ver-se diante de muitos aparelhos que usam transistores e apresentam falhas.

Como pode proceder nesse caso?

Cada etapa de um aparelho poderá ter um ou mais transistores, e esses componentes como, como também os circuitos eletrônicos, poderão ser examinados usando um multímetro, com o osciloscópio, com um pesquisador de sinais ou com um injetor de sinal.

Na figura 22 está indicado como se comporta um sinal, quando é aplicado no terminal de base de um transistor (NPN), quando o mesmo está configurado na condição a) emissor, b) coletor comum.

 Veja agora, como se comporta o sinal, quando é aplicado no emissor de um transistor (NPN) na configuração base comum:

Veja que o sinal aplicado na base do (Tr) do circuito emissor, irá apresentar-se amplificado no seu coletor. Sendo assim, podemos usar essa informação para observar o sinal com o osciloscópio, aplicando o mesmo no terminal de base do transistor e depois no seu coletor. No caso de comprovar essa amplificação do sinal, sem distorção, você irá concluir que o circuito emissor comum está normal. Esse mesmo método de pesquisar os sinais poderá também ser usado para examinar o circuito coletor comum e no circuito base comum.

No caso de você não possuir um osciloscópio, esse mesmo método poderá ser usado para pesquisar o sinal, utilizando um pesquisador de sinal.

Obs.: Um pesquisador de sinal é um pequeno amplificador de som, o qual irá captar o sinal de áudio presente nos circuitos eletrônicos amplificadores de áudio.

a) Sendo o circuito em estudo, um circuito emissor comum, quando o mesmo está normal, no coletor iremos ouvir o sinal amplificado em relação ao terminal de base desse transistor, que esta sendo examinado, pelo pesquisador de sinal.

b) Sendo o circuito em estudo, um circuito coletor comum, quando o mesmo está normal o sinal presente no coletor, terá a mesma amplitude do sinal presente na base do transistor examinado, pelo pesquisador de sinal.

c) Sendo o circuito em estudo, um circuito base comum, quando o mesmo está normal, o sinal presente no coletor, terá um sinal de som amplificado, em relação ao sinal de entrada (emissor).

O procedimento mais comum para se identificar falhas em circuitos com transistores é através das medidas das tensões, nos terminais desses componentes, usando um multímetro.

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O teste estático, com o transistor fora do circuito, pode ser feito medindo–se as resistências entre as junções que devem comportar-se como diodos. O teste básico é feito com o multímetro digital numa escala baixa e depois em uma escala alta de resistências e consta de 6 medidas, as quais são mostradas para o transistor (NPN).

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As provas supõem que a bateria interna do multímetro, aplica a tensão positiva, no terminal da ponteira vermelha. Lembramos que existem alguns multímetros onde isso não ocorre. O leitor deverá verificar, experimentando num transistor que saiba estar em bom estado.

Obs.: Nos multímetros digitais, no terminal da ponteira vermelha, encontramos tensão positiva.

O aluno deverá sempre examinar o transistor na polarização direta e inversa.

É importante observar para os alunos que ainda não têm prática em reparação de equipamentos eletrônicos, se encontrarem um transistor queimado num circuito, ele poderá ser a causa da queima de outros componentes próximos ao mesmo, tais como, resistores, capacitores, diodos ou circuitos integrados. Em alguns casos, um transistor em um circuito eletrônico “queima”, ou seja, “abre”, quando capacitores, diodos ou circuitos integrados entram em curto, ou apresenta fuga. Assim, antes de fazer a substituição do transistor defeituoso, devemos examinar os componentes ligados a esse transistor, porque poderá existir alguns outros componentes defeituosos nesse circuito.

Os Transistores do Tipo Fototransistores

Como no caso dos fotodiodos, se as junções de um transistor forem expostas à luz, o componente reagirá com alterações de suas correntes. Isso significa que, transistores que tenham invólucros transparentes ou com janelas, poderão ser usados como sensores de luz. Neles, é comum que utilize a corrente que passa entre o coletor e o emissor (mantendo a base desligada), a qual depende da quantidade de luz incidente.

Os fototransistores são usados da mesma forma que os fotodiodos e apresentam uma velocidade e sensibilidade. Observamos que os fototransistores podem perceber luz ultravioleta e infravermelha, as
quais são invisíveis para os seres humanos.

Símbolo e tipos
Na figura 27 apresentamos o símbolo adotado para representar o fototransistor e os aspectos mais comuns.

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Especificações:

Como muitos outros componentes, os fototransistores são especificados por um código de fabricação, sendo preciso obter as suas folhas de características para saber mais do seu comportamento elétrico.

Dentre as principais características que devem ser observadas, temos:

a) Tipo – NPN ou PNP
b) Tensão máxima entre coletor e emissor
c) Faixa de comprimentos de onda, onde ele é mais sensível
d) Potência máxima de dissipação.

Uma série de fototransistores muito conhecida é a TIL, da Texas Instrumentos, que oferece tipos de excelente desempenho para uma enorme gama de aplicações práticas. Exemplo TIL 78.

Onde e como são usados

O aluno poderá encontrar fototransistores em uma infinidade de equipamentos que trabalham com a detecção de luz, como por exemplo: alarmes, controles remotos, sistemas de iluminação automática, controles automáticos de brilho, etc.
Como os fototransistores são muito mais rápidos que os LDRs, eles possuem aplicações diferentes. Assim, o aluno encontrará LDRs como detectores de luz onde as mudanças de intensidade são lentas, enquanto os fototransistores são vistos em aplicações onde as variações são muito rápidas, ou ainda onde informação deve ser transmitida através de raios de luz.
Na figura 28 temos um circuito típico de aplicação de um transistor do tipo fototransistor, o qual aciona um relé quando recebe luz.

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Nesse circuito da figura 28, o terminal de base do transistor, não é usado, pois se aproveita apenas a corrente entre emissor e coletor. O Transistor do tipo fototransistor, passa conduzir corrente elétrica, quando uma luminosidade incide nesse transistor, mesmo que o terminal de base do
fototransistor esteja desligado.

Para aumentar a sensibilidade e diretividade de um fototransistor, é comum utilizar-se recursos ópticos como lentes, conforme mostra a figura 29.

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Na figura 29, a lente pode concentrar mais luz no fototransistor, o qual deve ser posicionado de modo a ficar no seu foco.

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Acopladores Ópticos

São dispositivos formados por um LED infravermelho e um fototransistor ou outro tipo de fotosensor (fotodiodo, por exemplo). O LED ilumina o fototransistor, de modo que a luz emitida por esse diodo LED, passa ser recebida pelo fototransistor.

Se um sinal for aplicado ao LED fazendo sua luminosidade variar, essas variações serão captadas pelo fototransistor, de tal forma que teremos a passagem do sinal de um para o outro, sem a necessidade de conexões elétricas. Com o uso desse dispositivo podemos isolar um circuito do outro, deixando apenas o sinal passar.

O uso dos acopladores ópticos ou apto-acoplados é muito comum, quando se deseja isolar circuitos contra interferências.

Obs.: É muito comum encontramos os acopladores óticos nas fontes chaveadas dos televisores, monitores e em vários equipamentos médicos.

Símbolo e aspecto

Na figura 31, indicamos qual é o símbolo adotado para representar esse componente, assim como o seu aspecto mais comum.

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Especificações:

As especificações mais importantes dos acopladores ópticos, que normalmente são designados por códigos de fábrica, são:

a) As características do LED emissor, que incluem a tensão de operação e a corrente máxima, além do comprimento de onda usado.

b) As características do receptor (fototransistor), que consistem na tensão máxima coletor-emissor, corrente máxima e potência de dissipação.

c) As características de isolamento, ou seja, a tensão máxima admissível entre o emissor e o receptor, geralmente na faixa entre 3000 e 7000 volts.

Como testar

Os acopladores ópticos podem ser examinados pelos multitestes, fazendo-se uma verificação independente do funcionamento do LED e do fototransistor. É possível alimentar o LED com um circuito de prova (ver prova de LEDs) e verificar a condição corrente elétrica no transistor interno, presente no interior do acoplador ótico.

*Examine com o multiteste, lendo a apostila (2) de (medidas de componentes).

Transistores Darlington

Dois transistores ligados na forma mostrada na figura 32 formam uma ligação direta, chamada de ligação Darlington ou etapa Darlington. Essa etapa age como se fosse um único transistor cujo ganho será o produto dos ganhos dos dois transistores usados. (veja na apostila 2)(1.1) 3º - Eletrônica_analógica.pdf - Adobe Reader_16.jpg

Por exemplo, se dois transistores com ganho 100 forem interligados dessa forma o conjunto secomportará como um transistor único de ganho 10 000.
Um par de transistores ligados dessa maneira poderá ser fabricado e colocado num único invólucro como se fosse um transistor de alto ganho único, denominado transistor Darlington.
Os Transistores Darlington são úteis em aplicações onde um alto ganho é necessário e normalmente o que se faz é associar um transistor de baixa potência com um de alta de modo a termos um dispositivo amplificador de alta potência também.

Símbolos

Na figura 33 temos os símbolos adotados para se representar os transistores Darlington.

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Pela simples observação de um transistor, não é possível saber se ele é um transistor comum ou Darlington. Somente através do número de fábrica ou ainda, usando um multiteste, você poderá determinar se um transistor é Darlington ou um transistor comum.

Obs.: Veja esse exame com o multiteste, na apostila (2) prática.

Especificação:

As especificações dos transistores Darlingtons podem ser as mesmas dos transistores comuns.

Uma série usual de transistores Darlington encontrada em muitos equipamentos eletrônicos, é a TIP da Texas. Esses transistores são especificados para corrente de (1 A a mais de 10 A), com tensões de até mais de 100 V.Tipos NPN são o TIP110, TIP11 e TIP12 de 2 A, com complementares (PNP) TIP115, TIP116 e TIP117.

Obs.: nem todos os transistores que começam com “TIP” são Darlingtons.

Onde são encontrados

Transistores Darlington podem ser encontrados em uma infinidade de aplicações controlando relés, solenóides ou poderão ser usados, na saída de som de amplificadores de audio, veja a figura 34 e 35.

Na figura 34, você poderá observar nesse esquema que a carga de consumo (uma bobina chamada de solenóide), é ligada entre o coletor e a fonte de alimentação. Quando a base do transistor é polarizada, ele conduz ativando a carga. Nessa configuração o transistor funciona como uma chave.

Outra possibilidade de uso é exibida na figura 35, onde um transistor Darlington funciona como um amplificador alimentando um alto-falante. Um circuito desse tipo pode ser encontrado em alguns equipamentos eletrônicos como, por exemplo, os porteiros eletrônicos.

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Nos amplificadores de algumas modelos, podemos encontrar um par complementar (NPN e PNP) de transistores Darlington, os quais são ligados conforme sugere a figura 36.

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Nesse tipo de circuito, os transistores trabalham alternadamente com os semiciclos positivos e negativos dos sinais de som (audio), para aplicá-los num alto-falante.

Circuitos desse tipo podem fornecer potências de até 250 W.

Testando

Os Transistores Darlington podem ser examinados com o multímetro, mas o modo difere um pouco dos transistores simples.

*Examine com o multiteste, lendo a apostila (2) de (medidas de componentes).

Transistores Unijunção (UJT)

O transistor unijunção é um dispositivo de três terminais, mas com uma estrutura e funcionamento completamente diferente dos transistores comuns. Essas características tornam o transistor unijunção um componente para aplicação em circuitos osciladores de baixa freqüência, timers, geradores de sinais dente-de-serra, etc.

Na figura 37 mostramos a estrutura de um transistor unijunção.

Conforme podemos ver, existe apenas uma junção entre dois pedaços de materiais P e N. No material P são ligados nas extremidades opostas. Essas duas extremidades correspondem aos terminais base 1 e base 2 (b1 e b2).

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Para entender o fundamento do circuito podemos partir do circuito desenhado na figura 38.

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O material P colocado no meio da barra de material N funciona como um divisor de tensão, fazendo aparecer certa tensão no emissor do transistor. Ao ligar o circuito, o capacitor colocado entre a fonte e o terminal de emissor terá sua tensão elevada até o ponto em que alcança a tensão de emissor mais 0,6 V. Quando isso acontecer, o transistor unijunção comutará a resistência entre o emissor e a base, logo fará com que o capacitor se descarregue abruptamente através dele. Um pulso de alta
corrente será então produzido.

Tão logo a carga do capacitor se reduza, e a tensão caia para um valor apropriado, o transistor desligará e o circuito voltará ao estado de não condução. O processo de carga do capacitor começa novamente e um novo ciclo de oscilação será produzido.

Na figura 39 temos as formas de onda dos sinais que podem ser gerados nesse circuito.

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Podemos dizer que esse componente é o equivalente do estado sólido, de uma lâmpada néon. Com os osciladores que empregam o transistor de unijunção, podemos produzir sinais de fração de hertz até algumas centenas de quilohertz.

Símbolo e aspecto

Na figura 40 mostramos o símbolo usado para representar o transistor unijunção e o aspecto do tipo mais popular, que é o 2N2646.

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Especificação:

Como em outros tipos de transistores, o mais usual é que os transistores unijunção sejam especificados por um código de fábrica. Através do manual podemos obter as características principais que são:

a) Tensão entre bases (Vbb) – é a máxima tensão que pode ser aplicada entre as bases. Para o 2N2646 essa tensão é de 35 V.

b) Tensão entre emissor e base 1 (Vb1e) – é a máxima tensão que pode ser aplicada entre esses dois eletrodos. Para o 2N2646 é 30 V.

c) Relação intrínseca (η) – a posição da junção de emissor determina o modo como a tensão entre as bases será dividida. Esse valor é usado para calcular o ponto de disparo com tensões determinadas. Para o 2N2646, esse valor varia entre 0,56 e 0,75.

d) Resistência entre bases (Rbb) – é a resistência ôhmica que encontramos entre as bases. Os valores típicos para o 2N2646 estão entre 4,7 e 9,1 ohms.

e) Corrente de pico de emissor (le) – é a máxima corrente que pode circular entre o emissor e a base 1 quando o transistor é disparado.

Onde são encontrados

O transistor unijunção não é um componente moderno, tem sido introduzido no mercado em torno de 1960. Hoje, existem muitos circuitos integrados que fazem a mesma função e de forma mais completa. Assim, os transistores unijunção podem ser encontrados mais facilmente em equipamentos antigos.

Para o circuito de relaxação que vimos, a fórmula que permite calcular a freqüência de operação é dada por:

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Onde:
f é a freqüência, em hertz (Hz)
R é a resistência, em ohms
C é a capacitância, em farads
Ln é o logaritmo natural
η é a relação intrínseca

Como testar

Usando o multímetro, podemos fazer dois testes básicos para verificar o estado de um transistor unijunção:

a) A resistência entre as duas bases (em qualquer sentido) deve estar entre 4 e 12 k ohms, tipicamente.
b) Colocando as pontas de prova entre o emissor e a base 1 devemos ter uma alta resistência num sentido e uma baixa resistência no sentido oposto (indicando o estado da junção PN).

No entanto, o melhor meio de testar um transistor desse tipo é com um simples circuito de prova, que é ilustrado na figura 41.

Se o transistor estiver bom, o LED irá piscar.

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Transistor Programável Unijunção (PUT)

Esse componente opera da mesma forma que um transistor unijunção, sua estrutura é diferente. Trata-se de um semicondutor de quatro camadas da família dos transistores e que tem a mesma estrutura esboçada na figura 42.

A diferença básica entre o transistor unijunção e o PUT está no ponto de disparo. No PUT esse ponto pode ser programado por um divisor de tensão ligado no terminal de anodo, conforme indica a figura 43.

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O PUT é usado nas mesmas aplicações e da mesma forma que o transistor unijunção como oscilador de baixa freqüência.

Símbolo

Na figura 44 temos o símbolo usado para representar o PUT.

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Especificação:

Os PUTs são identificados por números de fábrica, devendo ser consultadas as folhas de dados para se obter mais informações.

Onde são usados

O PUT não é um dispositivo muito comum nos equipamentos modernos. Basicamente, eles serão encontrados em circuitos nos quais se deseja gerar um sinal dente-de-serra de baixa freqüência.

Teste

Na figura 45 temos um circuito simples para o teste de PUTs. Se o componente estiver bom, o LED irá piscar.

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Transistores De Efeito De Campo (FETS)

FET é a abreviação de Field Effect Transistor ou transistor de efeito de campo. O FET é um dispositivo que pode ser empregado nas mesmas aplicações que os transistores bipolares, ou seja, como amplificador, chave ou oscilador.

O FET básico é formado por uma peça de material semicondutor N, no qual duas regiões P são formadas deixando entre ela um canal, conforme mostra a figura 46(A).

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A corrente através do canal de material N poderá ser controlada por uma tensão aplicada ao material N. Variações pequenas da tensão aplicada ao terminal de comporta (gate ou G), provocarão então variações de corrente maiores entre o dreno (drain = d) e fonte (source = s).

Atenção: Enquanto os transistores bipolares são típicos reguladores de corrente, entre os terminais de coletor e emissor quando regulamos a sua corrente de base. Já os FET’s são transistores regulam corrente entre o dreno e supridouro, quando regulamos a sua tensão de gate.

O FET pode ser encontrado em duas formas básicas: (canal N) ou (canal P), conforme o material utilizado.

Esse tipo básico de transistor de efeito de campo onde existe uma junção entre os materiais P e N é também chamado de FET de junção ou JFET.

Na figura 47 ilustramos um circuito básico usando um FET desse tipo como amplificador de sinais.

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Atenção: O controle de funcionamento de um Tr (FET), é feito pela variação de tensão (dcv). A qual é aplicada no gate desse transistor.

O FET pode ser colocado nas mesmas configurações básicas em que os transistores de junção são ligados; veja a figura 48.

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Atenção: Os FETs são dispositivos sensíveis. Uma carga estática poderá danificá-los. Jamais os segure pelos terminais.

Símbolos e tipos

Na figura 49 fornecemos os símbolos usados para representar os FETs, assim como os aspectos mais comuns.

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Observe que não existe nenhuma diferença externa, entre os transistores bipolares comuns e os FETs. Para saber qual um ou qual é outro, somente conhecendo o seu código ou tendo o diagrama do aparelho onde eles são usados.

Especificação:

As especificações elétricas dos FETs são importantes para você determinar qual é o transistor substituto em uma aplicação ou ainda, para se poder testar um exemplar que tenhamos em mãos. As principais especificações são:

a) Máxima tensão entre dreno e fonte (Vds) – É a máxima tensão que o transistor pode manusear sem queimar-se. Para os tipos comuns, ela está entre 20 e 60 V. Essa especificação também pode ser dada como Vds(max).

b) Máxima corrente de dreno (Id) – É a máxima corrente que pode atravessar o componente quando em operação.

c) Transcondutência – Trata-se da medida equivalente ao ganho dos transistores bipolares. A transcondutância é medida em Siemens (S). Em algumas publicações e diagramas antigos encontramos a unidade mho (ohm escrita ao contrário ou símbolo ômega “ de cabeça para baixo”).

d) Potência de dissipação (Pd) – É a mesma especificação dos transistores bipolares, sendo medidas em watts.

Onde são encontrados

Os JFETs são encontrados em circuitos onde sinais devam ser gerados, controlados ou amplificados. Eles poderão ser usados no modo linear, como amplificadores ou como chaves. Na figura 50 apresentamos um circuito típico onde um FET é utilizado como amplificador para sinais de um microfone ou um outro transdutor.

Quando substituirmos um FET, é importante conhecer as características, e se um substituto diferente for usado, será preciso saber qual é a disposição de seus terminais de comporta, dreno e fonte.

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Testando

Podemos detectar se um FET tem problemas na junção medindo-a com o multímetro. Todavia, o teste mais completo deverá ser o dinâmico, feito com aparelhos especiais. Na figura 51 indicamos as resistências típicas que encontramos ao testar um FET com o multímetro.

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MOSFETs

Transistores de Efeito de Campo MS (Metal Oxide Semiconductor) ou MOSFETs, são dispositivos derivados dos transistores de efeito de campo comuns, mas com algumas mudanças na sua estrutura.
De acordo com a figura 52, no MOSFETs temos uma fina camada de óxido de metal (que dá nome ao dispositivo), o qual isola o substrato da região de comporta, em lugar de junção encontrada no JFET.

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No entanto, o funcionamento do MOSFETs é o mesmo; se uma tensão for aplicada no terminal de comporta, provocará variações ou controlará a corrente que flui entre o dreno e a fonte. Isso significa que os MOSFETs podem ser usados nas mesmas aplicações que o JFET, mais com algumas vantagens.

Alerta: A camada de óxido que isola a comporta do substrato é extremamente fina e poderá ser rompida por descargas estáticas. O simples toque dos dedos no terminal de um componente desse tipo pode
provocar uma descarga estática que fura essa camada e danifica esse componente.

Símbolos e aspectos

Na figura 53, temos os símbolos adotados para representar os dois tipos de MOSFETs que existem, além de seu aspecto mais comum.

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Veja que também há MOSFETs onde podemos integrar duas comportas, ou seja, podemos controlar a corrente entre o dreno e a fonte a partir de dois sinais diferentes. Os MOSFETs comuns são dispositivos de baixa potência, sendo necessário que o aluno tenha diagramas ou folhas de dados do
fabricante, para conhecer melhor algum tipo que seja encontrado em um equipamento.

Especificações:

Um MOSFETs é identificado por um código de fábrica. Através dele pode-se chegar às folhas de especificações e, com isso, saber como ele comporta-se numa aplicação. As principais características que devemos observar nesse tipo de componente são:

a) Máxima tensão entre dreno e fonte (Vds) – é a máxima tensão que o transistor poderá manusear sem queimar o mesmo. Para os tipos comuns, ela está entre 20 e 60 V. Essa especificação também pode ser dada como Vds(max).

b) Máxima corrente de dreno (Id) – é a máxima corrente que pode atravessar o componente quando em operação.

c) Transcondutância – trata-se da medida equivalente ao ganho dos transistores bipolares. A transcondutância é medida em Siemens (S). Em algumas publicações e diagramas antigos encontramos a unidade mho (ohm escrita ao contrário ou o símbolo ômega “de cabeça para baixo”).

d) Potência de dissipação (Pd) – é a mesma especificação dos transistores bipolares, sendo medida em watts.

Onde são encontrados

Os MOSFETs são encontrados em circuitos de áudio e alta freqüência, como por exemplo: amplificadores, VCRs, DVDs, walk-talkies, etc. Em muitos equipamentos mais modernos, as funções desses componentes estão embutidas em circuitos integrados.

Como testar

O MOSFET pode ser examinado, medindo-se as resistências entre seus terminais com um multímetro. Na figura 54 mostramos os resultados que devem ser obtidos nesses testes.

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FETs de Potência (Power-FETs)

Os transistores Power-MOSFETs são FETs especiais projetados para conduzir altas correntes sob regimes de altas tensões. Esses FETs são encontrados em muitas aplicações modernas no controle de
motores, solenóides e outras cargas de alta potência.

A estrutura e o princípio de funcionamento do MOSFET de potência são os mesmos dos MOSFETs comuns, exceto pela sua alta capacidade de controle. Assim, as principais diferenças estão no tamanho da pastilha de material semicondutor de silício e no processo de fabricação.
A principal vantagem encontrada no emprego dos Power-MOSFETs em muitas aplicações está no fato de que, quando conduzindo eles apresentam uma resistência extremamente baixa entre o dreno e a fonte (chamada Rds). Como o dispositivo praticamente não tem resistência, a quantidade de calor que ele dissipa é mínima. Esse fato permite que ele controle correntes muito intensas, praticamente sem dissipar calor.
Os transistores MOSFETs de potências comuns podem controlar correntes de dezenas ou até centenas de ampères, dissipando um mínimo de calor.
Símbolo e aspecto Na figura 55, indicamos os símbolos adotados para representar os dois principais tipos de MOSFETs de potência, assim como os aspectos.

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De forma similar a outros componentes de potência, os MOSFETs de alguns tipos precisam ser montados em radiadores de calor. Entretanto, existem alguns muito pequenos para montagem em superfície que dispensam esse recurso.

Especificações: Os Power-MOSFETs são especificados por um número de fábrica. De posse desse número, consultando manuais e folhas de dados, podemos chegar às especificações. As principais são:

a) Máxima tensão entre dreno e fonte (Vds) – é a máxima tensão que o transistor poderá manusear sem queimar-se. Para os tipos comuns, ela está entre 20 e 600 V. Essa especificação também pode ser dada como Vds(máx).

b) Máxima corrente de dreno (Id) – é a máxima corrente que pode atravessar o componente quando em operação. Os MOSFETs de potência mais usuais, podem controlar correntes de 1 a mais de 100 A.

c) Potência de dissipação (Pd) – é a potência máxima que o componente pode dissipar. Existem tipos comuns que chegam a mais de 200 W.

d) Resistência entre dreno e fonte (Rds) – trata-se da resistência que o componente apresenta a plena condução (on). Essa resistência é muito importante, pois determina a quantidade de calor que o componente irá dissipar em uma aplicação. Quanto menor for o valor da Rds(on) de um MOSFET de potência, mais eficiente ele será no controle de correntes elevadas.Tipos comuns podem ter uma resistência entre dreno e fonte menor que 0,02 ohms.

Onde são encontrados

Muitos equipamentos modernos empregam MOSFETs de potência para o controle de motores, solenóides e outras cargas de alta corrente. Como os demais transistores, também podemos encontrar os MOSFETs de potência operando na região linear na amplificação de sinais.

Na figura 56 ilustramos duas configurações típicas em que esses componentes são usados.

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Observe que, quando uma tensão positiva é aplicada à comporta de um MOSFET de canal N, ele conduz intensamente a corrente, alimentando o dispositivo que está ligado no seu dreno.

Outra função importante onde encontramos os MOFETs de potência é nas fontes chaveadas ou Switched Mode Power Supplies (SMPS), cujo diagrama simplificado é dado na figura 57.

Nesse circuito, controlado por PWM, o transistor de efeito de campo liga e desliga como uma chave aplicando pulsos num transformador. Esse sinal induz uma tensão no secundário que, depois de alterada induz uma tensão no secundário que, depois de alterada e retificada, servirá para alimentar os circuitos externos.

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Para controlar a tensão de saída dessa fonte, um sinal é aplicado ao oscilador, alterando a duração dos pulsos. Quando a tensão cai, os pulsos aumentam sua largura para compensar esse efeito. Como alteramos ou modulamos a largura dos pulsos para manter a tensão, esse tipo de fonte comutada usa uma tecnologia denominada PWM (Pulse Width Modulation) ou modulação de largura de pulso.

Outra aplicação para os FETs de potência é mostrada na figura 58.

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Neles, colocamos transistores de efeito de campo complementares, cada qual amplificando metade do semiciclo do sinal de audio. Com essa técnica, obtém-se uma amplificação de muito alta potência com pequena distorção. Esse tipo de circuito é encontrado em amplificadores de áudio de alta qualidade.

Como testar

Um multímetro pode ser utilizado para examinar o Power-MOSFETs, da mesma forma que os MOSFETs comuns. Em um transistor em bom estado, temos altas resistências entre todos os terminais. Uma baixa resistência em alguma medida indicará um transistor danificado.

*Examine com o multiteste, lendo a apostila (2) de (medidas de componentes).

IGBT

Esse é o acrônimo para Isolated-Gate Bipolar Transistor. Trata-se de um semicondutor que é metade FET e metade bipolar.
Assim, a corrente principal é conduzida entre o coletor e o emissor como um transistor bipolar, mas essa corrente é controlada por uma tensão aplicada em uma comporta, como num FET. Os IGBTs reúnem as vantagens dos dois componentes e, por isso podem ser usados no controle
de dispositivos de potência, sendo encontrados principalmente em aplicações industriais. IGBTs são empregados para controlar solenóides, motores, em fontes chaveadas e em muitas outras aplicações importantes, onde o controle de altas correntes será feita a parti de uma tensão,
aplicada (gate).

Símbolo

O símbolo adotado para representar um IGBT é ilustrado na figura 59.

O aspecto externo é o mesmo de qualquer transistor de potência comum (Bipolar ou Power- MOSFET), de modo que para saber se é um transistor IGBT, temos que nos basear no seu número de fábrica.

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Especificação: Os IGBTs são identificados por números de fábrica. A partir desses podemos obter as principais características elétricas, que são:

a) Tensão máxima entre coletor e emissor (Vce(máx)) – é a máxima tensão que pode ser aplicada ao dispositivo.
b) Corrente máxima de coletor (Ic(máx)) – é a máxima corrente que o componente pode conduzir quando chaveado.
c) Potência de dissipação (Pd) – á a máxima quantidade de energia que pode ser convertida em calor em cada segundo (em watts).

Onde são usados

Os IGBTs são encontrados principalmente em máquinas industriais, inversores de potência e em outros dispositivos de comutação de alta potência. Os IGBTs são sempre montados em dissipadores de calor.

Nos equipamentos das instalações elétricas domiciliares, os IGBTs ainda não são muito comuns. Em muitos casos, os IGBTs podem substituir diretamente Power- MOSFETs.

Teste
O teste mais simples é o de continuidade com o multímetro. A resistência entre a comporta (gate) e os demais terminais deve ser muito alta, assim como a resistência entre coletor e emissor.

Diodo Controlado de Silício (SCR)

SCR é o acrônimo de Silicon Controlled Rectifier ou Diodo Controlado de Silício. É um dos mais importantes componentes eletrônicos encontrados em instalações elétricas de todos os tipos, pois ele pode controlar diretamente circuito de corrente alternada.

O SCR é um dispositivo semicondutor de quatro camadas, da família dos tiristores. Os tiristores são dispositivos destinados ao controle de potência, principalmente em circuitos de corrente alternada.
Os SCRs funcionam como chaves comutadoras de estado sólido, os quais podem controlar corrente de até centenas de ampères sob tensão que ultrapassam 1 000 volts, conforme o tipo. O SCR é um componente muito importante para os alunos que desejarem entender um pouco de
eletrônica, pois ele é encontrado numa infinidade de dispositivos que são alimentados pela rede de energia. Na figura 60, apresentamos a estrutura básica de um SCR e um circuito equivalente para estudo, que nos permite analisar seu princípio de funcionamento.

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Na operação básica, quando alimentamos um circuito com um SCR, nenhuma corrente pode circular entre o anodo e o catodo, pois os dois transistores estão desligados (cortados).
Contudo, se aplicarmos na comporta (gate = G) uma tensão positiva, ele fará com que o transistor NPN conduza e, com isso, a corrente do seu coletor irá diretamente para a base do transistor PNP que também entrará em condução.
O resultado é que agora a corrente de coletor do transistor PNP realimenta o NPN e não precisamos mais de uma tensão de comporta para manter os dois transistores em condução.
O conjunto “liga” e uma forte corrente pode circular entre o anodo e o catodo do SCR, mesmo depois de desaparecer o sinal de disparo aplicado em G.
Para desligar um SCR é preciso interromper por um momento a corrente, ou reduzir a corrente no circuito até o ponto em que a realimentação cesse.
Na figura 61 temos um modo simples de desligar o SCR, que consiste em se colocar em curto o anodo e o catodo por uma chave, de modo que a tensão entre esses elementos se reduza a zero.

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Observe que o SCR funciona como um diodo, o que quer dizer que a corrente só pode circular num sentido. O símbolo do SCR é justamente o de um diodo com uma comporta. Os SCRs comuns precisam de corrente muito baixas para disparar, alguns com correntes de 100 μA 100(micro ampères) e podem conduzir correntes de diversos ampères.

Em um circuito de corrente alternada, uma vez disparados, os SCRs conduzem apenas metade dos semiciclos da tensão, conforme mostra a figura 62.

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Recursos podem ser agregados aos seus circuitos para que ele controle os dois semiciclos da corrente alternada. Daí, ser esse componente muito encontrado em muitos aparelhos de uso doméstico alimentados pela rede de energia.

Símbolos e Aspectos

Na figura 63 indicamos o símbolo adotado para representar os SCRs e os aspectos dos tipos mais comuns.
Veja que os tipos mais usados possuem recursos para montagem em radiadores de calor.

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Especificações: Os SCRs são identificados por um código de fábrica. Uma série muito conhecida é a TIC, da Texas, com tipos como o TIC106 e outros, além da série MCR com o MCR106, da Motorola. No entanto, o prefixo TIC também serve para designar outros componentes da família dos tristores.
De posse das folhas de dados de um SCR devemos ficar atentos para as seguintes características desse componente:

a) Tensão máxima entre anodo e catodo – É a tensão máxima que pode ser aplicada ao SCR quando ele está desligado. Essa tensão poderá variar entre 50 V e 1 000 Vpara os tipos comuns. Em alguns tipos ela é abreviada como Vrrm ou Vdrm.

b) Corrente máxima – É a maior corrente que o SCR pode conduzir quando disparado e tanto pode ser dada em valores contínuos quanto em RMS. Tipos com correntes de até mais de 50 A poderão ser encontrados em algumas aplicações.

c) Dissipação – É a potência máxima que o SCR pode dissipar em uma determinada aplicação, sendo especificada em watts (W).

d) Corrente de manutenção – É a maior corrente que o SCR pode conduzir sem desligar. Essa corrente é indicada também como (Iμ). Outras especificações poderão ser importantes em função da aplicação. Por exemplo, os SCRs também podem ser empregados em fontes chaveadas ou na geração de pulsos em freqüências relativamente altas. Nesse caso, ao se utilizar um SCR também é preciso saber a velocidade que ele pode ligar e desligar.

Onde são usados

Os SCRs podem ser encontrados em uma grande quantidade de eletrodomésticos e aplicações na instalação elétrica domiciliar, comercial ou mesmo industrial.
Um dos circuitos mais comuns usando o SCR é o dimmer ou controle de brilho de lâmpadas, que também serve como controle de velocidade para motores e de temperatura para aplicações como aquecedores, secadores de cabelo, etc.
Esse circuito é ilustrado na figura 64 e tem um SCR comum e uma lâmpada néon como elementos básicos.

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Variações em torno dessa configuração podem existir, mas o princípio de funcionamento é sempre o mesmo e é o seguinte:
Observe a forma de onda senoidal da tensão alternada da rede de energia elétrica, apresentada na parte superior da figura 65. Se pudermos cortar os pulsos dos semiciclos positivos em diversos pontos, poderemos controlar a energia que passará a um circuito alimentado como, por exemplo, naquele circuito que vimos na figura 64.

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Assim, se ajustarmos o potenciômetro P1 para uma posição de baixa resistência, o capacitor se carregará rapidamente a tempo de dispará a lâmpada néon e o SCR no início do semiciclo. O resultado é que a maior parte da energia passará para a carga e ele funcionará com maior intensidade. (a lâmpada acenderá mais forte).
Se agora ajustarmos o potenciômetro para uma posição de maior resistência, o capacitor demora mais para se carregar e a lâmpada só irá dispará no final do semiciclo, juntamente com o SCR. O resultado é que só a parte final do semiciclos passará e a lâmpada (ou outra carga qualquer) receberá menos energia (veja a figura 65).
Entre esses dois pontos, podemos ajustar o potenciômetro P1 para dissipar em qualquer ponto do semiciclo, e assim controlar a potência aplicada à carga. Observe que em qualquer caso, tão logo ocorra disparo, o capacitor se descarregará para estar pronto para funcionar da mesma forma no semiciclo seguinte.
Em algumas situações, não há problema em operar o circuito com apenas metade dos semiciclos, mas se isso não for conveniente, poderemos usar um artifício que é exibido na figura 66.

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Nesse circuito, usamos dois SCRs de modo que um dispare com os semiciclos positivos e o outro com os semiciclos negativos.
Outra maneira de se obter um controle de “onda completa” é com a utilização de uma ponte retificadora com quatro diodos; veja a figura 67.

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Essa ponte retificadora, retifica a tensão alternada, em contínua pulsante de onda completa, de tal forma que a mesma retifica os semiciclos positivos da fase e do neutro, transmitindo para o próximo circuito (a carga) a junção desses semiciclos positivos e com isso, podemos obter a potência total de funcionamento desse SCR.
Mas, a melhor solução é a que faz uso de outro dispositivo da família dos tristores, o qual é chamado de TRIAC.

A série 106

Uma das séries mais populares de SCRs e que pode ser encontrada em uma infinidade de aplicativos, principalmente ligados à rede de energia, é a formada pelos dispositivos 106. São SCRs de alta sensibilidade (60 μA de disparo) com tensões tipicamente de 200 V para a rede de 110 V, e 400 V
para a rede de 220 V.
Esses dispositivos podem controlar correntes de até 3,2 A ou 4 A conforme a marca, e são fornecidos com diversos nomes a partir dos seguintes fabricantes:

• TIC106 (Texas instruments) – sufixo B para 220 Ve sufixo D para 400 V
• MCR-106 (Motorola) – sufixo 4 para 200 V e sufixo 6 para 400V
• IR106 (International Rectifier)
• C106 (General Electric).

Teste
Os SCRs podem ser examinados com um multímetro. Em condições normais, temos circuito aberto (alta resistência) entre anodo e catodo nos dois sentidos. Entre a comporta (G) e o catodo (C ou K) temos baixa resistência. Outra prova pode ser feita com um circuito experimental de disparo.
*Examine com o multiteste, lendo a apostila (2) de (medidas de componentes).

TRIACs

O TRIAC é outro importante dispositivo da família dos tiristores. Conforme vimos, a principal limitação dos SCRs está no fato de serem unidirecionais. Os TRIACs são bidirecionais podendo conduzir a corrente nos dois sentidos quando disparados.
Um TRIAC pode ser comparado a dois SCRs ligados em oposição. Na figura 68 temos a estrutura desse componente e o circuito equivalente.

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Os terminais MT1 e MT2 são chamados de “Main terminal 1” e “Main terminal 2” ou terminal principal 1 e terminal principal 2.
Podemos encontrar os TRIACs no controle de potência de motores, brilho de lâmpadas (dimmers), acionamento de solenóide e em sistemas de aquecimento, da mesma forma que os SCRs.
Na figura 69 mostramos um circuito básico de aplicação do TRIAC.

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A carga a ser controlada (motor, lâmpada, etc.) é ligada ao MT1 enquanto que o MT2 vai à rede de energia. Os sinais aplicados ao terminal de controle (gate) determinam o disparo do TRIAC, de modo que ele conduza a corrente que alimenta a carga.
Levando em consideração que o TRIAC está num circuito de corrente alternada, o disparo poderá ocorrer de diversas formas, em relação à polaridade do semiciclo da tensão. Isso significa que o TRIAC pode operar num dos quatro modos indicados a seguir:

• Modo I+ : MT2 positivo e corrente de comporta positiva
• Modo II- : MT2 positivo e corrente de comporta negativo
• Modo III+: MT2 negativo e corrente de gate positiva
• Modo III- : MT2 negativo e corrente de gate negativo
As sensibilidades ao disparo nos modos I+ e III- são maiores.

Os TRIACS comuns precisam de apenas alguns miliampères de corrente para disparar, controlando correntes que podem chegar a centenas de ampères.

Símbolos
Na figura 70 observamos o símbolo adotado para representar um TRIAC.

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Exemplo de TRIAC’s

a) TIC 226C
b) TIC 226D

O invólucro é o mesmo usado pela maioria dos SCRs e são dotados de recursos para montagem em dissipadores de calor.
A identificação dos terminais deve ser feita com base em informações fornecidas pelo fabricante.

Especificações: Os TRIACs são identificados por um código de fábrica e em sua função devem ser obtidas através das características elétricas principais, que são:

e) Tensão máxima entre MT1 MT2 – é a tensão máxima que pode ser aplicada ao TRIAC quando ele está desligado. Essa tensão pode variar entre 50 V e 1000 V para os tipos comuns. Em alguns tipos ela é abreviada como Vrrm ou Vdrm.

f) Corrente máxima – é a maior corrente que o TRIAC pode conduzir quando disparado e tanto pode ser dada em valores contínuos quanto em RMS. Tipos com correntes de até mais de 50 A poderão ser encontrados em algumas aplicações.

g) Dissipação – é a potência máxima que o TRIAC pode dissipar numa determinada aplicação, sendo especificada em watts (W).

h) Corrente de manutenção – é a menor corrente que o TRIAC pode conduzir sem desligar. Essa corrente é indicada também como (IH).

i) Corrente de disparo – é a corrente necessária ao disparo do TRIAC e poderá variar entre 10mA e 500 mA para os tipos usuais, conforme sua corrente máxima controla.

Onde são usados
Os TRIACs são encontrados em muitos equipamentos ligados à rede de energia e até embutidos nela, tais como dimmers e controles de ventilação. Na figura 71 ilustramos um típico controle de potência (dimmer) usando um TRIAC, será visto nos próximos itens.

AULA 4. ELETRÔNICA ANALÓGICA

Resistor

Função – O resistor é um componente fabricado pelo homem, a fim de ser opor à passagem de corrente elétrica, provocando uma queda na tensão em um circuito fechado. Neste processo o resistor aquece.

As simbologias mais usadas.

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Obs.: Desejando examinar o resistor no circuito, você deve sempre desligar o aparelho. Assim sendo, você poderá medir com o multiteste o resistor no próprio circuito, ou utilizar um segundo método. Neste caso desligue um dos terminais do resistor presente na placa e efetue o exame do mesmo, com o multiteste.

Examinando o Resistor

Os resistores possuem o seu valor ôhmico impresso no corpo. Este valor pode ser numérico, ou através de um código de cores (anéis coloridos). O valor ôhmico deve ser examinado pelo multiteste.

1° Determine o valor do resistor e selecione a escala mais apropriada para leitura correta do resistor.2.jpg

2°Escala de valores.
Resistor de (zero ohms até 100 ohms) use a escala x1.
Resistor de (100 ohms até 500 ohms ) use a escala x10.
Resistor de (500 ohms até 3K) use a escala x100.
Resistor de (3k até 300K) use a escala x1k.
Resistor de (300K até 20M) use a escala x10K.

3° Examine o resistor, desligando um dos seus terminais da placa.
Você deve desligar um dos terminais do resistor, que está ligado à placa do circuito e examinar o seu valor ôhmico com o multiteste.

4° Identificando o valor do resistor, com um ou mais terminais desligado da placa.
Aplique as duas ponteiras do multiteste no resistor, de tal forma que cada ponteira indiferentemente, deverá ser aplicada em cada um dos terminais do resistor. O valor obtido deverá ser igual ao valor nominal do resistor.
Conclusão: resistor bom.

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Obs.: O valor ôhmico indicado no multiteste deverá ser igual ao valor nominal do resistor examinado, podendo variar este valor entre (1% até 10%), dependendo do tipo de resistor examinado.

5° Examinando o resistor com os seus terminais ligados na placa.
Você deve determinar o valor ôhmico do resistor que irá examinar e selecionar o multiteste na escala ideal.
Aplique as duas ponteiras do multiteste no resistor, de forma que cada ponteira deverá ser aplicada em cada um dos terminais do resistor.
O valor obtido deverá ser inferior ou igual ao valor nominal do resistor examinado, logo você deve concluir que o resistor está normal. No caso do valor obtido ser superior ao valor nominal do resistor, esse resistor está defeituoso.

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Obs.: O valor nominal do resistor em teste é de 100 ohms e o valor examinado indicou 30 ohms, logo o resistor está normal.

Resistor Variável e Ajustável

Função – O resistor variável é um resistor que se opõe à passagem da corrente, mas possui valorvariável e o seu valor ôhmico depende do giro do eixo central.

As simbologias mais usadas

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Quando você vai examinar um resistor (variável ou ajustável), deve saber o seu valor nominal.
Os resistores (Variável ou Ajustável) possuem valor ôhmico fixo de extremo a extremo e valor variável do centro para o extremo.

Examinando os Resistores Variáveis e Ajustáveis

O resistor Variável é chamado de Potenciômetro.

1°caso – o valor ôhmico fixo de (E1) para (E2)

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2°caso – Valor ôhmico variável de (E1) para (C)

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3° caso – Valor ôhmico variável de (C) para (E2)

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Método para examinar e determinar o valor ôhmico do Potenciômetro

1° Selecione a escala do multiteste.

2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.

3° Aplique cada ponteira do multiteste, em cada um dos terminais (E1 e E2) do potenciômetro. (Veja a figura anterior no 1° caso).

4° O valor obtido no multiteste será fixo, mesmo quando giramos o cursor. (O valor nominal do potenciômetro no 1° caso é de 300 ohms).

5° Aplique as ponteiras do multiteste no potenciômetro, uma ponteira no terminal extremo (E1) e a outra
ponteira no terminal central (c), o valor obtido deverá ser variável, variando do seu valor nominal, até quase zero ohm. (Veja a figura anterior no 2° caso, o valor ôhmico é variável).

6° Devemos efetuar o mesmo processo para examinar o potenciômetro, do terminal central (c), para o extremo (E2), o valor obtido deverá ser variável, variando do seu valor nominal, até quase zero ohms. (Veja a figura anterior, no 3° caso o valor ôhmico é variável).

O Resistor ajustável é chamado de Trimpot.

1°caso – Valor ôhmico fixo de (E1) para (E2)

2°caso – Valor ôhmico variável de (E1) para (C)

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3° caso – Valor ôhmico variável de (C) para (E2)

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Método para examinar e determinar o valor ôhmico do Trimpot

1° Selecione a escala do multiteste.

2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.

3° Aplique cada ponteira do multiteste, em cada um dos terminais (E1 e E2) do trimpot. (Veja a figura anterior, no 1° caso).

4° O valor obtido no multiteste será fixo, mesmo quando giramos o cursor.

5° Aplique as ponteiras do multiteste no trimpot, uma ponteira no terminal extremo (E1) e a outra ponteira no terminal central (c), o valor obtido deverá ser variável, variando do seu valor nominal, até quase zero ohm. (Veja a figura anterior, no 2° caso).

6° Você deve efetuar o mesmo processo para examinar o trimpot do ponto (c) para o extremo (E2), o valor obtido deverá ser variável, variando do seu valor nominal, até quase zero ohms. (Veja a figura anterior, no 3° caso).

Resistor PTCR

Significa: Resistor de coeficiente de temperatura positivo.

Função: É um resistor não linear, que varia o seu valor ôhmico quando existe uma variação na temperatura sobre o mesmo. Quando a temperatura aumenta no resistor PTCR, a sua resistência ôhmica
aumenta.

As simbologias mais usadas

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Examinando-se o Resistor PTCR

Você pode examinar o funcionamento do PTCR de duas maneiras:

1°caso – Medir a resistência ôhmica do PTCR em temperatura ambiente e depois em temperatura elevada. Compare os dois valores obtidos para concluir sobre o funcionamento do mesmo.

2°caso – Ligue o PTCR em um circuito série da lâmpada e verifique o seu funcionamento.

1° TESTE – (Examinando a resistência ôhmica do PTCR na temperatura ambiente)
1° Selecione a escala do multiteste em x1.
2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.
3° Aplique cada ponteira do multiteste, em cada um dos terminais do PTCR, desligue um dos terminais do
PTCR do circuito. O PTCR não possui polaridade.
4° Na temperatura ambiente, o valor obtido do PTCR com o multiteste será próximo do seu valor
nominal. ( O seu valor ôhmico é baixo).

2° TESTE – (Examinando a resistência do PTC com temperatura elevada)
5° Ao aquecer o PTCR com o ferro de solda o seu valor ôhmico irá aumentar, neste caso considere normal.

3° TESTE – (Aplicando corrente elétrica em um PTCR, estando o mesmo em um circuito série)
1° Ligue um PTCR em um circuito série, sendo este formando por uma lâmpada de 100W e um PTCR.
2° Esse circuito poderá ser de 110V ou 220 V dependendo do tipo da rede elétrica presente no seu estado, do PTCR e da lâmpada.
3° Ao ligar o circuito, a lâmpada deve acender e depois apagar, logo você irá concluir que o PTCR é normal.

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Resistor NTCR

Significa: Resistor de coeficiente de temperatura negativa.

Função: É um resistor não linear, que varia o seu valor ôhmico, quando existe uma variação na temperatura sobre o mesmo. Quando a temperatura aumenta no resistor NTCR, a sua resistência ôhmica
diminui.

As simbologias mais usadas:

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Obs.: O resistor NTCR, não possui polaridade definida.

Examinando-se o Resistor NTCR

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Método:
1° Selecione a escala do multiteste mais adequada para a leitura.

2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.

3° Aplique cada ponteira do multiteste, em cada um dos terminais do NTCR.

4° A resistência ôhmica do NTCR, depende do tipo do mesmo.

5° Desligando um dos terminais do NTCR da placa do circuito impresso e examinando com o multiteste, você vai obter um determinado valor ôhmico.

O NTCR possui um valor ôhmico, que é indicado no multiteste, quando examinamos o mesmo na temperatura ambiente. Ao aquecer o NTCR, com um ferro de soldar quente, você vai verificar que o valor ôhmico irá diminuir com o aumento da temperatura, logo NTCR estará normal.

Resistor LDR

Significa: Resistor que varia a sua resistência ôhmica com a mudança na luminosidade.

Função: É um resistor não linear, que varia o seu valor ôhmico quando incide uma variação na luminosidade sobre o mesmo. Quando aumenta a luminosidade no LDR, diminui a sua resistência ôhmica.

As simbologias mais usadas:

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Examinando-se o Resistor LDR

Método para examinar o LDR
1° TESTE – (Examinando a resistência ôhmica do LDR, com a luz incidindo no mesmo).
1° Selecione a escala do multiteste em x1k.
2° Zere o multiteste.
3° Desligue um dos terminais do LDR da placa do circuito.
4° Aplique cada ponteira do multiteste, em cada um dos terminais do LDR.
O LDR não possui polaridade.
5° Com luminosidade incidindo no (LDR), a resistência ôhmica do mesmo diminui.

2° TESTE – (Examinando a resistência ôhmica do LDR, com falta de luz incidindo no mesmo).
6° Sem luminosidade incidindo no (LDR), a resistência ôhmica do mesmo aumenta.
Obs.: Cada modelo de LDR possui um valor ôhmico máximo e mínimo.

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Resistor (VDR) Varistor

Função – É um resistor não linear, que muda seu valor ôhmico bruscamente, quando a (ddp) no VDR ultrapassa um ponto limite desse resistor. Neste momento o seu valor ôhmico diminui rapidamente,
sendo assim, irá indicar um valor entre (1 ohm até 2 ohms) dependendo do modelo VDR.

As simbologias mais usadas:

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Explicação – O VDR funciona normalmente como um resistor aberto, ocorrendo um pico de tensão elevado, sua resistência ôhmica diminui bruscamente para um valor aproximado de 1 ohm, em um
intervalo de tempo muito curto. Nesse caso o VDR absorve o pico de tensão, sendo assim, o mesmo não irá danificar os outros circuitos eletrônicos do equipamento.

Examinando-se o Resistor (VDR) Varistor

1° TESTE – (Examinando a resistência ôhmica do VDR).
1° Selecione a escala do multiteste em X10K.
2° Desligando um dos terminais do VDR do circuito e aplicando as duas ponteiras do multiteste, em cada um dos terminais do VDR, o valor obtido será infinito, ou seja, o ponteiro não desloca.
Obs.: O VDR não possui polaridade, logo podemos usar qualquer ponteira do multiteste.

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Capacitor

Função: É um componente eletrônico que tem a função de armazenar energia elétrica por um período de tempo.

O capacitor simples (não eletrolítico), não possui polaridade definida.

As simbologias mais usadas:

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Obs.: Você desejando examinar um capacitor, utilize um equipamento de precisão chamado capacímetro.

O capacímetro: É um equipamento que indica a capacitância do capacitor com precisão.

Você desejando examinar o capacitor com o multiteste, irá examinar apenas a carga do capacitor e não a sua capacitância.

Aspecto visual dos capacitores não eletrolíticos

Método prático para examinar um capacitor com o multiteste

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1- O capacitor comum sem polaridade deve ser examinado com o multiteste na escala x10K, porque esta escala é a mais sensível entre as escalas ôhmicas.

Obs.: O ponteiro do multiteste neste tipo de exame irá movimentar-se de acordo com a capacitância do capacitor.

O capacitor de maior capacitância provoca maior deslocamento no ponteiro do multímetro.

Examinando-se o capacitor simples não Eletrolítico

1°TESTE
Multiteste na escala x10K. Aplique cada ponteira do multiteste, nos dois terminais do capacitor.Indiferentemente.

Obs.: Você pode aplicar as ponteiras do multiteste em qualquer um dos terminais do capacitor.
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2°TESTE
Multiteste na escala x10K. Aplique cada ponteira do multiteste, nos dois terminais do capacitor indiferentemente.

Obs.: Você pode aplicar as ponteiras do multiteste em qualquer um dos terminais do capacitor.

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3°TESTE
Multiteste na escala x10K. Aplique cada ponteira do multiteste, em cada um dos terminais do capacitor.

Obs: Você pode aplicar as ponteiras do multiteste em qualquer um dos terminais do capacitor.

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ATENÇÃO: Você quando examina o capacitor com o multiteste, irá verificar apenas o deslocamento no ponteiro do multímetro. Você pode concluir que o capacitor está normal com 50 por cento de eficiência.

Obs.: O valor da capacitância do capacitor só poderá ser indicado com precisão pelo capacímetro.

Examinando o Capacitor Eletrolítico

Função: É um componente eletrônico que tem a função de armazenar energia elétrica por um período de tempo. O capacitor eletrolítico possui polaridade definida.

As simbologias mais usadas:

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Você desejando examinar o capacitor com o multiteste, irá examinar apenas à carga e descarga do capacitor e não a sua capacitância.

Aspecto visual dos Capacitores Eletrolíticos

ATENÇÃO: Os capacitores eletrolíticos possuem um pólo positivo (+) e outro negativo (-)

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Método Prático para testar um Capacitor Eletrolítico

1º O capacitor eletrolítico quando possui tensão normal superior a 40 Volts use a escala x1K.

2º O capacitor eletrolítico quando possui a tensão nominal inferior ou igual a 40 volts, use a escala x100.

Obs.: O ponteiro do multiteste neste tipo de exame, irá se movimentar de acordo com a capacitância do capacitor.

O capacitor de maior capacitância provoca um maior deslocamento no ponteiro do multímetro.

Método:
1º Desligue o equipamento.
2º Retire um dos terminais do capacitor da placa.
3º Aplique a (Pp) no pólo positivo do capacitor e a (Pv) no pólo negativo do capacitor.
4º O ponteiro do multiteste irá deslocar.

30.jpgObs.: Veja o capacitor ao lado com capacitância de = 10 MFD. Este capacitor pode receber tensão (DCV) variando de
(0V até 50V). Neste capacitor a tensão nominal é de 50V. Esta é a tensão máxima que este capacitor suporta.

Obs.: O capacitor eletrolítico polarizado, recebendo tensão alternada (ACV), o mesmo será danificado.

O capacitor pode apresentar alguns problemas

1°Caso – Capacitor “seco” (pouca capacitância) – O deslocamento do ponteiro do multiteste é inferior ao deslocamento provocado por um capacitor normal.

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Obs.: O capacitor totalmente “seco”. Nesse caso o ponteiro
do multiteste não se desloca.

2°Caso – O capacitor em curto. (O componente se comporta como um fio)
Obs.: O ponteiro irá deslocar-se até (Zero) ohms.

32.jpgObs.: Veja o capacitor o lado com capacitância de = 10MFD. Este capacitor pode receber tensão (DCV) variando de (0V até 50V). Nesse capacitor a tensão nominal é de 50V. Esta é a tensão máxima que este capacitor suporta.
Obs.: O capacitor eletrolítico sendo polarizado com tensão alternada (ACV), este será danificado.

Diodo

Função: Retificar a tensão alternada em tensão continua pulsante.

Simbologia:

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Na polarização direta, o anodo é mais positivo que o catodo em 0,7 Volts para o diodo de silício e 0,3V para o diodo de germânio. Nessa polarização, o diodo conduz corrente elétrica facilmente.

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Obs: Você desejando examinar no circuito o diodo retificador, deve sempre desligar o aparelho. Você pode examinar os diodos retificadores, no próprio circuito sem desligá-lo. Nesse caso você estará examinando a polarização direta dos diodos. (escala X1).

Examinando-se o Diodo Retificador de baixa corrente e baixa velocidade ESC-X1 (polarização direta)

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Método:
1° Selecione a escala do multiteste em X1.
2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.
3° Aplique a (Pp) no terminal do anodo e a ponteira (Pv) no cátodo.
4° A resistência ôhmica para esse exame deverá variar entre (5 ohms até 12 ohms). Neste caso considere normal.

Examinando-se o Diodo Retificador de baixa corrente e baixa velocidade ESC-X10K (polarização inversa)

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Método:
1° Selecione a escala do multiteste em X10K.
2° Zere o multiteste ajustando-o correntemente.
3° Aplique a (Pp) no terminal cátodo e a ponteira vermelha (PV) no anodo. Lembre-se de desligar um dos terminais do diodo retificador da placa do circuito.
4° A resistência ôhmica para este exame deverá ser de valor infinito, logo você conclui que o diodo está normal.
5° Indicando valor ôhmico (inferior ou superior) ao indicado considere o diodo defeituoso.

Ponte Retificadora

Função: Retificar a tensão alternada em tensão continua pulsante.

Simbologia:

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Obs.: A ponte retificadora possui 4 diodos retificadores internos.
Obs.: Você pode examinar a ponte retificadora no próprio circuito, sem dessoldar da placa. (polarização direta).

Método:
1° Selecione a escala do multiteste na escala X1.
2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.
3° Aplique a (Pp) e fixa no terminal (1) e a ponteira vermelha (Pv) no terminal (2) e depois no terminal (3).
4° A resistência ôhmica para cada um dos dois exames deverá variar entre (5 até 12 ohms). Neste caso considere normal.
5° Aplique (Pp) no terminal (1) e a (Pv) no terminal (4), a resistência obtida deverá indicar entre (22 até 30 ohms). Indicando valor diferente, ponte defeituosa.

Atenção: No multiteste analógico quando você seleciona para escala x1, x 10, x1K, x10K, a (Pp) possui tensão positiva.

Examinando-se a Ponte Retificadora (polarização direta) – X1

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Examinando-se a Ponte Retificadora (polarização inversa) – X10K

Obs.: Como você já sabe, a ponte retificadora possui (4) quatro diodos internos.

Simbologia:

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Método:
1° Selecione a escala do multiteste em X10K.
2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.
3° Aplique a ponteira vermelha (Pv) no pino (1), e a ponteira (Pp) nos pinos (2), (3) e (4), nestes três testes, você deve encontrar valor ôhmico infinito.
5° Indicando em um dos testes valor ôhmico diferente de infinito, logo ponte com defeito.

O Diodo Duplo Retificador de alta corrente e alta velocidade

Função: Retificar a tensão alternada com freqüência e correntes elevadas.

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Obs.: Você desejando examinar no circuito o diodo duplo, deve sempre desligar o aparelho. Você pode examinar os diodos retificadores, no próprio circuito sem desligá-lo, quando você for aplicar a polarização
direta nos diodos internos. (Esc. X1).

Examinando-se o Diodo Duplo Retificador de alta corrente e alta velocidade (polarização direta) – X1

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Método:
1° Selecione a escala do multiteste, na escala X1.
2° Zere o multiteste e ajuste-o corretamente.
3° Aplique a (Pp) no terminal do anodo e a ponteira vermelha (Pv) no cátodo.
4° A resistência ôhmica para este exame deverá variar entre (2 até 5 ohms). Neste caso considere-o normal.
5° O valor ôhmico indicado para este exame deverá variar entre (2 até 5 ohms). Neste caso, você deve considerá-lo normal.

Examinando-se Diodo Retificador duplo de média potência e alta velocidade (polarização inversa) – X10K

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(Caso A) Diodo retificador duplo de média potência e de freqüências elevadas.

Método:
1° Selecione a escala do multiteste em X10K.
2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.
3° Aplique a ponteira vermelha (Pv) fixa no pino (1), e ponteira preta (Pp) no pino (2).

Você deve encontrar um valor um valor ôhmico variando entre (infinito até 1,5M ohms), logoconsidere normal.

4° Aplique (Pv) fixa no pino (3) e a (Pp) no pino (2). Você deve encontrar um valor ôhmico infinito, ou um valor ôhmico variando entre (infinito até 1,5M ohms) logo considere normal.

Examinando-se Diodo Retificado Duplo de alta potência e alta velocidade (polarização inversa) – X10K

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(Caso B) Diodo retificador duplo, de alta potência e de freqüência elevada.

Método:
1° Selecione a escala do multiteste em X10K.
2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.
3° Aplique a ponteira vermelha (Pv) fixa no pino (1), e ponteira preta (Pp) no pino (2).

Neste caso você deve encontrar valor ôhmico infinito (∞), ou uma resistência ôhmica de alto valor, variando de infinito até 1,5MD (∞ até 1,5MD), considere-a normal.

4° Aplique (Pv) fixa no pino (3) e a (Pp) no pino (2). Você deve encontrar um valor ôhmico infinito, ou um valor ôhmico variando entre ( infinito até 1,5M ohms) logo considere normal.

Diodo Zener

Função: É um semicondutor que quando polarizado inversamente, estabiliza a tensão e regula a corrente elétrica.

As simbologias mais usadas:

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Obs.: No diodo zener a maior tensão positiva é aplicada no catodo.

Examinando-se o Diodo Zener – ESC X1 (polarização direta)

1° Multiteste na escala X1
2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.
3° Aplique a (Pp) no terminal de anodo e a (Pv) no terminal do catodo.
4° A resistência ôhmica para este exame deverá variar entre (5 até 12 ohms). Neste caso considere normal.

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Obs.: Nesse exame de polarização direta se a medição indicar (zero) considere esse diodo zener em curto, ou seja, danificado. Se a medição indicar valor ôhmico infinito, esse diodo zener está queimado e
também deve ser substituído.

Examinando-se o Diodo Zener (polarização inversa) ESC – X10K

1° Multiteste na escala x10K.
2° Zere o multiteste ajustando-o corretamente.
3° Aplique a (Pp) no terminal de catodo e a (Pv) no terminal do anodo.
4° O valor ôhmico obtido nesse exame, irá variar dependendo da tensão de trabalho do diodo zener.

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Atenção: O diodo zener quando está sendo examinado pelo multiteste, na polarização inversa, irá indicar valor de resistência ôhmica que varia com o valor da tensão de trabalho. Quanto maior o valor da tensão de trabalho do diodo zener, maior a resistência obtida na polarização inversa do diodo zener.

1) Examinando o diodo zener de 2,7V na esc – (X-1K). A resistência ôhmica aproximada é de 20K ohms.

2) Examinando o diodo zener de 3,7V na esc – (X-1K). A resistência ôhmica aproximada é de 50K ohms.

3) Examinando o diodo zener de 4,7V na esc – (X-1K). A resistência ôhmica aproximada de 200K.

4) Examinando o diodo zener de 5,7V na esc – (X-1K). A resistência ôhmica aproximada de 600K.

5) Examinando o diodo zener de 7,9V na esc – (X-10K). A resistência ôhmica aproximada de 5M.

Transformador ou Trafo

O transformador é um dispositivo que está baseado no princípio de que a energia alternada pode ser transportada de uma bobina primária para outra secundária por meio da indução eletromagnética. A tensão alternada aplicada na bobina do primário irá provocar um campo magnético variável, sendo assim a bobina do secundário irá captar este campo magnético transformado em energia elétrica. A tensão e a corrente obtida na bobina do secundário, irá depender do número de espiras e do diâmetro do fio.

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São fabricados transformadores de diversos tipos, são eles:

a) Transformador Redutor

b) Transformador Isolador

c) Transformador Elevador

Obs.: O transformador que pode ser chamado de (trafo), é formado por um enrolamento o qual chamamos de primário e o outro, recebe o nome de secundário. No primário aplicamos a tensão de entrada no trafo. No secundário obtemos a tensão de saída do trafo.

Simbologia:

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Examinando-se o Transformador ou Trafo

Transformador Redutor – A resistência ôhmica do primário é maior que a resistência ôhmica do secundário.

1° TESTE – (Examinando a resistência ôhmica do enrolamento completo entre (0V até 220V).

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Conclusão: No multiteste (1) a resistência ôhmica indicou 1000 ohms, sendo esta bem superior à indicada no multiteste (2), o qual está indicando R = 20 ohms. Neste caso você deve concluir que o multiteste (1) está examinando o enrolamento do primário de um trafo redutor de tensão, porque a resistência ôhmica do mesmo é superior à indicada no multiteste (2).

2° TESTE – (Examinando a resistência ôhmica da metade do enrolamento, entre (0V até 110V).

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Conclusão: No multiteste (3) a resistência ôhmica indicou 500 ohms, sendo este valor a metade do valor total da bobina do enrolamento entre (0V e 220V). Neste caso comprovamos que o enrolamento entre (0V e 110V) indicou 500 ohms, logo está normal.
No multiteste (4) comprovamos também o valor da metade da resistência ôhmica do enrolamento total. Logo chegamos a conclusão que este trafo está normal.

Transformador Isolador: A resistência ôhmica do primário é igual à resistência ôhmica do secundário.
Veja os valores ôhmicos obtidos nos multiteste (5) e (6), são iguais para o enrolamento do primário, como também há do secundário desse trafo.

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Veja os valores ôhmicos nos multiteste (7) e (8), eles indicam valores iguais para o enrolamento do primário e do secundário do trafo.

Conclusão: trafo isolador normal.

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Transformador Elevador: A resistência ôhmica do primário é menor que a resistência ôhmica do secundário.
Veja os valores ôhmicos nos multitestes (9) e (10). O multiteste (9) está indicando 30 ohms para o enrolamento do primário, já o multiteste (10) está indicando 300ohms para o enrolamento do secundário desse trafo.

Conclusão: Esse trafo é do tipo elevador e está normal.

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Relé

Função: É um componente eletromecânico que através de uma determinada corrente em sua bobina, provoca ligação dos contatos internos, possibilitando assim a interligação de circuitos distintos e
totalmente isolados eletricamente entre ambos.

Obs.: O relé pode ser fabricado para que sua bobina possa trabalhar com corrente alternada ou com corrente contínua, dependendo do tipo de relé. Existe relé cuja bobina trabalha apenas com corrente continua e relé que funciona com a sua bobina alimentada apenas com corrente alternada.

Os contatos do relé que funcionam como chaves liga-desliga, podem trabalhar tanto com corrente alternada, ou com corrente continua.

Atenção: O relé possui no seu corpo um valor de tensão nominal para a bobina, e um valor de corrente máxima para a chave de contato do relé.

Simbologia:

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O relé 1 possui uma bobina, que está ligada no pontos (1) e (2) do relé. Neste caso o relé 1 possui apenas uma chave (3 – 4), que está sempre ligada quando não existe corrente na bobina do relé. Quando passar a existir uma determinada corrente na bobina (1 – 2), neste momento a chave (3 – 4) abre o contato. (O circuito fica aberto) o relé 2 possui uma bobina que está ligada nos pontos (1) e (2) do mesmo. Neste caso o relé 2 possui duas chaves, são elas (4 – 3) e a (4 – 5).

Quando a bobina do relé 2 (1 – 2), não receber a corrente elétrica, a chave (4 – 5) ficará aberta e a chave (4 – 3) ligada. Agora, quando passar a existir uma determinada corrente na bobina (1 – 2), a chave (4 – 5) fecha o circuito e a chave (4 – 3) abre.

Examinando-se com o multiteste o Relé

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1°TESTE – (Examinando a resistência ôhmica da bobina do Relé (1)).
1º Desligue no mínimo um dos terminais da bobina do circuito para determinar o valor ôhmico da bobina.
2º Zere o multiteste na escala x1 ou x10.
3º Aplique cada ponteira do multiteste, em cada um dos terminais da bobina do relé. A bobina do relé não possui polaridade definida.
4º O valor ôhmico irá variar dependendo da tensão de trabalho para a qual a bobina do relé foi fabricada.
Obs.: Um relé fabricado para trabalhar com 6V, possui uma bobina com resistência ôhmica inferior, há resistência ôhmica de uma bobina de um relé de 12V.
Obs.: A bobina de um relé possui um determinado valor ôhmico diferente de zero.
Atenção: Quando o valor ôhmico da bobina do relé indicar infinito, concluímos que a mesma está aberta, ou seja, queimada não conduz corrente elétrica, logo o relé deve ser substituído.

2° TESTE – (Examinando a chave liga/desliga do Relé 1).
1º Você quando mede uma ou mais chaves do relé, o valor ôhmico irá indicar (zero) ohm, para a chave fechada e um valor ôhmico infinito para chave aberta.
2º Zere o multiteste na esc- x1 ou x10.
3º Aplique cada ponteira do multiteste em cada um dos terminais da chave (3 – 4). O valor deverá ser (zero) ohm com a chave fechada ou infinito com a chave aberta. Você deve fazer agora o 3° teste.

3° TESTE – (Aplicando uma tensão no valor da tensão nominal do relé, afim de que possa provocar o funcionamento das chaves do relé).
1º Veja no corpo do relé a tensão nominal do mesmo.
2º Aplique a tensão exigida no corpo do relé (tensão nominal) podendo variar em até 20% para mais ou
para menos.
3º Aplique a tensão na bobina (1 – 2).
4º Agora faça a medida ôhmica na chave (3 – 4), sem aplicar tensão na bobina do relé (1 – 2). Indicando
infinito, a chave está aberta. Aplique agora tensão na bobina do relé (1 – 2). Aplique agora tensão na
bobina do relé (1 – 2). Indicando (zero), chave fechada.
Obs.: Com este processo de abrir e fechar a chave (3 – 4), você deve concluir que o relé está normal.

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Método prático para examinar um Relé com o multiteste

1°TESTE – (Examinando a resistência ôhmica da bobina do Relé 2).
Atenção: O método é o mesmo já estudado para o Relé 1, logo vamos estudar o 2° teste – examinando a chave liga-desliga do relé 2, este possui duas chaves, sendo elas reversíveis.
Você já sabe que o relé2 possui uma chave com o centro no pino (c) e com dois contatos, sendo um, o pino (4) e o outro, o pino (5).

2°TESTE – (Examinando a chave liga/desliga reversível do Relé 2).

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Veja o multiteste na escala ôhmica (x1 ou x10). Examinando chave do ponto (c) com o pino (4) o multiteste está indicando (zero).

Conclusão: Chave (c – 4) fechada.

Quando a chave (c – 4) está fechada a outra chave (c – 5) deverá estar aberta. No momento queaplicamos uma corrente na bobina do relé 2, este processo da chave com (c – 4) e (c – 5) será invertido.

AULA 5. ELETRÔNICA ANALÓGICA

Transistor

O transistor é um semicondutor do tipo Bipolar ou Unipolar, e só funciona com corrente continua.

Obs.: Os transistores Bipolares podem ser do tipo NPN e PNP. Os transistores unipolares são do tipo FET. (Transistor efeito campo).
Função: O transistor é um semicondutor que tem a função de amplificar sinal, regular corrente ou trabalhar como chave de comutação eletrônica.

Veja na figura abaixo a simbologia dos Tr. Bipolares (NPN) e (PNP)

 

B – Base
C – Coletor
E – Emisor
Aspecto visual dos transistores

2

Polarização dos Transistores NPN e PNP

a) No transistor NPN, vamos aplicar uma maior tensão DCV, no terminal de coletor.
b) No transistor PNP, vamos aplicar uma maior tensão DCV, no terminal de emissor.
Atenção: No transistor de pequena potência, o terminal de base do mesmo, pode ser encontrada no pino do centro (pino 2), ou em um dos pinos da extremidade (pino 1 ou 3).
Atenção: No terminal do centro dos transistores de média ou alta potência, esse pino será o coletor.

3

Atenção: Desligue o equipamento eletrônico.
1°TESTE – (Determinando o terminal de base do Tr) Polarização direta ESC – X1
1º Desligue os terminais do transistor
2º Multiteste na escala X1 e zere o mesmo.
3º Aplique a (Pp) no pino (1) do transistor e a (Pv) no pino (2) do transistor, o valor obtido deverá ser entre (5 até 15 ohms), caso contrário ele deve ser substituído.

4

No 1° teste, aplique a Pp no pino (1) e a (Pv) no pino (2). Você deve selecionar a escala ôhmica em x1, indicando valor ôhmico entre R= (5 até 15 ohms). Você deve fazer o 2°teste para concluir.
Obs.: No caso do multiteste indicar (zero), o transistor está em curto, ele deve ser substituído.

2°TESTE – (Determinando o terminal de base do Transistor) Polarização direta ESC- X1.
1º Aplique a (Pp) no pino (1) do transistor e a (Pv) no pino (3) do mesmo, o valor também obtido foi de (5 até 15 ohms), caso contrário ele deve ser substituído.

6

No 2° teste, aplique a Pp no pino (1) e a (Pv) no pino (3). Você deve selecionar a escala ôhmica em x1, indicando também o valor ôhmico entre R(5 até 15 ohms). Neste caso você deve concluir que o terminal
onde se encontra a (Pp) é o pino de bases e o Tr é (NPN).
Conclusão: A (Pp) está aplicada no terminal da base do transistor pino (1) e este transistor é NPN.
Atenção: O pino (1) é à base deste transistor.

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8

Obs.: Nos transistores de pequena potência, os terminais de base, coletor e emissor, não possuem locais definidos.
Neste momento, você já deve saber o pino de base do transistor em teste, e se o mesmo é NPN ou PNP. Você agora necessita examinar o transistor na condição de polarização inversa. Vamos demonstrar como examinar um transistor (NPN) na polarização inversa.

3°TESTE – (Determinando o terminal de emissor do Tr.) Polarização inversa ESC- X10K.
Obs.: Você já sabe que este transistor é (NPN) e que o pino (1), é à base deste transistor.
1° Selecione a escala do multiteste na escala x10K
2° Zere multiteste na escala X10K
3° Aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (3)
4° O valor ôhmico indicado entre (infinito até 1,5M ohms). Concluímos que o pino (3) é o emissor.
Indicando um outro valor, o Tr deve ser substituído.
Conclusão: (A junção Base/Emissor está normal)

9

4°TESTE – (Determinando o terminal de coletor do Tr) Polarização inversa ESC – X10K.
Obs.: Você já sabe que este transistor é (NPN) e que o pino (1), é à base deste transistor.
1° Selecione a escala do multiteste na escala X10K.
2° Zere o multiteste na escala X10K
3° Aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (2).
4° O valor obtido para a junção base/coletor, na condição de polarização inversa deverá indicar infinito. Indicando outro valor, o Tr deve ser substituído.

Conclusão: A junção Base/Coletor está normal.

Atenção: Você pode concluir que o pino (2) é o terminal de coletor deste transistor em teste, quando no
3° teste a medida de polarização inversa indicar um valor ôhmico diferente de infinito, ou seja, quando o ponteiro do multiteste deslocar um pouco nesta condição de polarização inversa.

10

Obs.: Você já sabe que no 3° teste, o multiteste indicou valor infinito entre base e o emissor na condição de polarização inversa, logo faça o 5°teste.
Quando você não encontrar o terminal de emissor no transistor, porque o ponteiro do multiteste indicou no 3° e 4° testes valores infinitos, faça o 5° teste. O 5° teste recebe o titulo de teste de polarização de base do transistor.

5°TESTE – (Polarizando a base do transistor – NPN) polarização inversa ESC – X10K.
1° Selecione a escala do multiteste na escala X10K
2° Zere o multiteste na escala X10K
3° Aplique a (Pv) no pino (3) e a (Pp) no pino (2), coloque a ponta do dedo, fechando o pino (1) base, com o pino (2). O ponteiro do multiteste deslocando, concluímos que o transistor está bom e que o pino (2) é o coletor, sendo o pino(3).

11

Atenção: O ponteiro do multiteste desloca-se nesta condição, porque através do dedo, o mesmo funciona como um resistor polarizando o transistor, fazendo fluir uma corrente elétrica entre o coletor e o
emissor.

1

Obs.: Nos transistores de pequena potência, os terminais de base, coletor e emissor não possuem locais definidos.
Obs.: No terminal do coletor do transistor NPN, encontramos a maior tensão entre os três terminais do transistor.

Você vai aprender a determinar o terminal de base do transistor e se o mesmo é NPN ou PNP.

Atenção: Desligue o equipamento eletrônico.
1° TESTE (Determinando a base do Tr) Polarização direta ESC – X1
1º Desligue os terminais do transistor.
2º Multiteste na escala X1 e zere o mesmo.
3º Aplique a (Pp) no pino (2) do transistor e a (Pv) no pino (1), o valor obtido deverá indicar valor entre
(5N até 15N). Faça o 2°teste.

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2°TESTE – (Determinando a base do Transistor)
1º Continue aplicando a (Pp) no pino (2) do transistor e a (Pv) no pino (3) do transistor, o valor também obtido deverá ser entre (5N até 15N).

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Conclusão: A (Pp) está aplicada no terminal de base do transistor pino (2) e este transistor é NPN.
Atenção: O pino (2) é a base desse transistor.

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Obs.: Nos transistores de pequena potência, os terminais de base, coletor e emissor não possuem locais definidos.
Obs.: No terminal do coletor do Tr. NPN encontramos há maior tensão Vdc entre os três terminais do transistor.
Neste momento você já deve saber o terminal de base do transistor em teste e se o mesmo é NPN ou PNP. No nosso caso o terminal de base é o terminal do centro, pino (2).

(1.1) 5º - Eletrônica_analógica.pdf - Adobe Reader.jpg

3°TESTE – (Determinando terminal de emissor do transistor – NPN) Polarização inversa ESC – X10K
Obs.: Você já sabe que este transistor é (NPN) e que o pino (2) é a base deste transistor.
1º Selecione a escala do multiteste na escala x10K
2º Zere o multiteste na escala x10K
3º Aplique a (Pv) no pino (2) e a (Pp) no pino (3)
O valor ôhmico indicando entre (infinito até 1,5M), concluímos que o pino (3) é o emissor.
Conclusão: (A junção base/emissor está normal) – Faça o 4°teste.

(1.1) 5º - Eletrônica_analógica.pdf - Adobe Reader_2.jpg

Obs.: Valor ôhmico indicando infinito, não podemos concluir sobre a condição de funcionamento do emissor. Faça o 4° e 5° teste.
4°TESTE – (Determinando o terminal de coletor no transistor – NPN). Polarização inversa ESC – X10K.
Obs.: Você já sabe que este transistor é (NPN) e que o pino (1) é à base desse transistor.
1º Selecione a escala do multiteste na escala x10K
2º Zere o multiteste na escala x10K
3º Aplique a (Pv) no pino (2) e a (Pp) no pino (1)

O valor obtido para a junção base/coletor na polarização inversa deverá indicar infinito. Neste caso concluímos que o Tr. Está normal.

Atenção: Você pode concluir que o pino (1) é o terminal de coletor desse transistor em teste, quando no 3° teste a medida de polarização inversa indicar um valor ôhmico diferente de infinito, ou seja, quando o
ponteiro do multiteste deslocar um pouco nesta condição de polarização inversa.

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Atenção: Indicando um valor ôhmico diferente de infinito para o exame Base/coletor na condição de polarização inversa, nesse caso você deve concluir que o Transistor está com defeito.
Você vai aprender a determinar o terminal de base do transistor e se o mesmo é NPN ou PNP

Atenção: Desligue o equipamento eletrônico.
1°TESTE – (Determinando o terminal de base). Polarização direta ESC – X1
1º Desligue os terminais do transistor
2º Multiteste na escala x1 e zere o mesmo.
3º Aplique a (Pv) no pino (1) do transistor e a (Pp) no pino (2), o valor obtido deve indicar valor entre
(5E até 12E). Faça o 2°teste

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No 1° teste, aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (2). Você deve selecionar a escala ôhmica em x1, um valor ôhmico entre R= (5E até 12E). Você agora deve fazer o 2° teste.

Obs.: No caso de indicar (zero), o transistor está em curto, sendo assim deve ser substituído.

2°TESTE – (Determinando o terminal de base do Transistor) polarização direta ESC – X1.

Método para Transistor PNP
1º Aplique a (Pv) no pino (1) do transistor e a (Pp) no pino (3) do transistor, o valor também obtido foi
de (5E até 12E).

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No 2° teste, aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (3). Você deve selecionar a escala ôhmica em x1, indicando um valor ôhmico entre R=(5E até 12E), você deve concluir que o pino (1) onde se encontra a (Pv), é o pino de base e esse Transistor é PNP.

Conclusão: A (Pv) está aplicada no terminal da base do transistor e este transistor é PNP.

Atenção: O pino (1) é à base deste transistor.

Conclusão: (A junção Base/Coletor está normal).

Simbologia do Transistor PNP

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Atenção: Você pode concluir que o pino (3), é o terminal de coletor desse transistor em teste, quando no 3°teste a medida de polarização inversa, indicar um valor ôhmico diferente de infinito, ou seja, quando o ponteiro do multiteste se deslocar um pouco.

Atenção: No Transistor PNP, a maior tensão está presente no emissor.

Obs.: Você já sabe que no 3° e 4° testes, o multiteste indicou valor infinito, entre base e emissor para a polarização inversa, logo faça o 5° teste.

5°TESTE – (Polarização de base do transistor PNP).
1º Selecione a escala do multiteste na escala X10K
2º Zere o multiteste na escala X10K
3º Aplique a (Pp) no pino (2) e a (Pv) no pino (3) coletor. O ponteiro do multiteste deslocando-se, concluímos que o Transistor está bom. Sendo o pino (3) o coletor e o pino (2) o emissor.

9

Atenção: O ponteiro do multiteste desloca-se nesta condição, pelo motivo que através do dedo, este passa a funcionar como um resistor, polarizando o transistor, e fazendo fluir uma corrente elétrica entre o coletor e o emissor.

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Atenção: Desligue o equipamento eletrônico
1°TESTE – (Determinando o terminal de base do Transistor) Polarização direta ESC – X1.
1º Desligue os terminais do transistor.
2º Multiteste na escala x1 e zere o mesmo.
3º Aplique a (Pp) no pino (1) do transistor e a (Pv) no pino (2) do transistor, o valor deverá indicar entre
(5E até 12E). Faça o 2°teste para concluir.

1

Atenção: No tipo de transistor que possui uma parte de metal no seu corpo, esse metal é o (dissipador de calor) e está ligado ao terminal do coletor, pino (2)

Obs.: No caso do multiteste indicar (zero) o transistor está em curto, e ele deve ser substituído.

2°TESTE – (Determinando o terminal de base do Transistor) Polarização direta ESC – X1.
1º Aplique a (Pp) no pino (1) do transistor e a (Pv) no pino (3) do mesmo, o valor também obtido foi de
(5E até 12E).

5

Conclusão: Como no 1° e 2° testes, obtivemos aproximadamente os mesmos valores entre os pinos (1–2) e (1–3), concluímos que o pino (1) é à base do transistor e este transistor é NPN, porque a (Pp) está
no pino (1).

Atenção: O pino (1) é à base deste transistor.

2

Obs.: No transistor de média ou alta potência neste formato físico, o terminal de coletor é o pino do centro (pino 2).

Neste momento, você já deve saber o pino de base do transistor em teste, e se o mesmo é NPN ou PNP. Você agora necessita examinar o transistor na condição de polarização inversa. Faça o 3°teste.

Vamos demonstrar como examinar um transistor (NPN) na polarização inversa.

3º TESTE – (Examinando a junção (coletor-base) Polarização inversa ESC – X10K).
Obs.: Você já sabe que este transistor em teste é (NPN), e que o pino (1) é a base deste transistor.
1º Selecione a escala do multiteste em x10K
2º Zere o multiteste
3º Aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (2), no pino do centro. (Este terminal é o coletor)
4º O valor obtido deverá ser infinito (∞)
5º Indicando um outro valor ôhmico diferente de infinito (∞), concluímos que o transistor está com
defeito.

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4º TESTE – (Examinando a junção (emissor-base) Polarização inversa ESC – X10K).
1º Selecione a escala do multiteste em x10K
2º Zere o multiteste
3º Aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (3) emissor
O valor obtido deverá ser infinito (∞) ou um valor ôhmico entre (infinito até 1M), neste caso o transistor deve estar normal.

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5º TESTE – (Polarização de base do transistor NPN).
1º Selecione a escala do multiteste em x10K
2º Zere o multiteste
3º Aplique a (Pp) no pino (2) e a (Pv) no pino (3) emissor, coloque a ponta do dedo fechando o pino (1) base, com o pino (2) coletor. O ponteiro do multiteste deslocando-se, concluímos que o transistor está bom.

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Transistor Darlington

Examinando-se o Transistor potência Darlington (polarização direta) ESC – X1

Função: O transistor Darlington é um transistor de alta potência, que pode trabalhar como umamplificador de sinal, regulador de corrente ou como chave eletrônica.

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Obs.: Nos transistores de potência que possuem um furo no seu corpo ou no seu
dissipador de metal, o terminal do centro é o coletor.
Obs.: Os transistores Darlington são utilizados em fontes de alimentação de
potência, circuito de proteção do monitor e em TV, ou em qualquer outro circuito
que necessita trabalhar com alta potência.

 

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Obs.:
No caso (A), simbologia do transistor Darlington (NPN), sem diodo de proteção interno.
No caso (B), simbologia do transistor Darlington (PNP), sem diodo de proteção interno.
No caso (C), simbologia do transistor Darlington (NPN), com diodo de proteção interno.
No caso (D), simbologia do transistor Darlington (PNP), com diodo de proteção interno.

Você vai aprender a determinar o terminal de base do Transistor Darlington e se o mesmo é NPN ou PNP

1º TESTE – (Determinando o terminal de base do Transistor) Polarização direta ESC X1.
1º Selecione a escala do multiteste na escala X1.
2º Zere o multiteste
3º Aplique a Pp, em um dos terminais do transistor.
Excluindo o terminal central, o qual você já sabe que este é o coletor.

Obs.: Os transistores com este formato físico, o terminal do centro é o coletor
4º Aplique a (Pp) em um dos terminais do transistor, podendo ser o terminal (1) ou o terminal (3).
Escolhendo do terminal (1) para (Pp), coloque a (Pv) no terminal (3).
5º Neste caso, o valor ôhmico indicando entre (12N até 22N). Considere normal.

2º TESTE – (Determinando o terminal de base do Transistor Darlington) Polarização direta ESC X1.
Você agora deve continuar aplicando a (Pp) fixa no pino (1) e a (Pv) no pino (2), o valor ôhmico indicando entre (5N até 12N) considere normal. Você neste momento deve concluir que o terminal (1) do Transistor é o pino de base, e o terminal (3) é o pino de emissor, (pelo fato de indicar maior valor ôhmico), logo o terminal (2), é o pino de coletor. Neste momento concluímos também que este Transistor. Darlington é do tipo NPN.3

Na polarização direta de um transistor comum sem ser um Transistor Darlington, aplicando a Pp fixa no pino de base o multiteste irá indicar um baixo valor ôhmico, aproximadamente igual para a medida entre base/emissor e base/coletor.
No caso do Transistor Darlington, a junção base/emissor indica um valor ôhmico superior à junção
base/coletor.

Obs.: A junção base/emissor indica valor ôhmico entre (12N até 22N) na ESC X1.
A junção base/coletor indica valor ôhmico entre (5N até 12N) na ESC X1.

Conclusão: Sendo assim, você deve concluir que o pino (1) onde se encontra a (Pp), é a base do transistor e este é do tipo NPN.

Examinando-se o Transistor de alta potência Darlington (polarização inversa) ESC – X10K

Você já deve saber o pino de base do Transistor Darlington em teste e se o mesmo é NPN ou PNP.
Vamos demonstrar como examinar um transistor (NPN) com polarização inversa.

3º TESTE – Examinando a junção (coletor – base) Polarização inversa ESC X10K.
Obs.: Você já sabe que este transistor é (NPN) e que o Pino (1) é a base deste transistor.
1º Selecione a escala do multiteste em X10K.
2º Zere o multiteste
3º Aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (2), terminal do meio. (Este terminal é o coletor)
4º O valor obtido deverá ser infinito (∞)
5º Indicando outro valor ôhmico diferente de infinito (∞), concluímos que o transistor está com defeito.

4

4º TESTE – Examinando a junção (emissor – base) Polarização inversa ESC X10K.
1º Selecione a escala do multiteste em X10K.
2º Zere o multiteste
3º Aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (3)emissor
4º O valor ôhmico deverá ser infinito (∞) ou um valor ôhmico entre (infinito até 10K), neste caso o
Transistor Darlington está normal.

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5º TESTE – (Polarização de base do transistor Darlington NPN).
Obs.: Você já sabe que este transistor é NPN e que o pino (1) é a base deste transistor.
1º Selecione a escala do multiteste em X10K.
2º Zere o multiteste
3º Aplique a (Pp) no pino (2) coletor e a (Pv) no pino (3) emissor. Agora coloque a ponta do dedo
fechando o pino (2) coletor com o pino (1) base.
O ponteiro do multiteste deslocando-se Transistor Normal.

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6º TESTE – (Examinando o diodo de proteção interno do Transistor Darlington NPN).
Obs.: Você deve examinar o diodo de proteção que está presente no interior do transistor do Transistor Darlington, entre o coletor e o emissor.
Atenção: Alguns transistores Darlington não possuem diodo interno de Proteção. O transistor Darlington que estamos examinando é um Transistor NPN.
1º Selecione a escala do multiteste em X1.
2º Zere o multiteste.
3º Aplique a (Pp) no pino de emissor terminal (3) e a (Pv) no pino do coletor, terminal (2).
4º O valor ôhmico no multiteste, será de baixo valor, variando entre (5N até 12N).

Conclusão: O diodo de proteção interno está normal.
5º Aplique a (Pp) no coletor terminal (2) e a (Pv) no pino do emissor terminal (3). O valor obtido deverá ser infinito (∞) para este exame.

Conclusão: Depois de efetuar todos os 6 testes, e os mesmos indicarem valores normais, você deve
concluir que este transistor Darlington está em condição normal de trabalho.

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Transistor MOSFET

Função: A função do transistor MOSFET é de amplificar sinais e trabalhar como chave eletrônica e regula tensão.

Obs.: Os transistores MOSFET são mais rápidos que os outros Transistores Bipolares, e na amplificação de sinal apresentam menos distorção.

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Obs.: O transistor MOSFET de potência pode ser fabricado do tipo canal (N) ou do tipo canal (P). Esta diferença se traduz na polarização de trabalho desses dois transistores.

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Os transistores MOSFET que possuem um pequeno furo no seu corpo, ou no seu dissipador de
metal, terão o terminal do centro como dreno.

Examinando-se o Transistor MOSFET canal (N) de potência

1º TESTE – (Examinando com o multiteste, se o Transistor MOSFET canal (N), está ativado ou desativado).
No 1º teste, a (Pp) aplique no pino (2) dreno e a (Pv) no pino (3). Você deve selecionar a escala ôhmica (x1), o valor ôhmico obtido no multiteste, indicará infinito (∞).
Obs.: Este transistor MOSFET de potência está desativado, logo não conduz corrente elétrica entre dreno
e supridouro.

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2º TESTE – (Ativando o funcionamento do Transistor MOSFET canal (N) de potência).
No 2º teste, a (Pv) aplique no pino (3) e com a (Pp) aplique um pulso positivo no pino (1) gate. Você deve selecionar a escala ôhmica em (x1), o valor obtido ficará em (∞). Faça agora o 3º teste para verificar se o Transistor FET foi ativado.

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3º TESTE – (Verificando se o Tr. MOSFET canal (N) de potência foi ativado).
No 3º teste, (Pv) continua no pino (3) e a (Pp) agora aplicada no pino (2) dreno. Neste momento, o valor ôhmico deverá indicar entre (4N até 10N), com o multiteste selecionado na escala (x1).

Obs.: Alguns transistores MOSFETs poderão não ser ativado com esse teste porque terá que efetuar o 4º teste, que será explicado a seguir.

Conclusão: O transistor FET de potência foi ativado, logo entre os terminais de dreno e supridouro,
passou a existir corrente elétrica, provocando uma movimentação no ponteiro do multiteste.

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4º TESTE – (Como ativar um Transistor MOSFET de canal (N) de baixa sensibilidade “teste especial”)
Atenção: Você pode aplicar um pulso de maior intensidade no gate, de um transistor MOSFET, utilizando uma bateria de 1,5V ou mais, em série com o multiteste, a fim de ativar esse transistor.
Vejamos:
1º Caso: O multiteste na (esc – x1), aplique agora a (Pp) no pólo negativo da bateria de 1,5V e o pólo positivo da mesma, aplique no pino do gate desse Transistor.

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Vejamos:
2º Caso: O multiteste na (esc – x1), aplique agora (Pp) no terminal do dreno pino (2) e a (Pv) no terminal (3) supridouro. Multiteste indicando baixo valor ôhmico, você deve concluir que esse Transistor foi agora ativado.

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Explicação: Utilizando uma bateria de 1,5V em série, com o multiteste, iremos obter um pulso de intensidade superior, sendo este capaz de ativar, alguns tipos de MOSFET de baixa sensibilidade, que necessitam uma maior corrente de ativação no gate.

Você comprovou com o multiteste, que o Transistor MOSFET canal (N) foi ativado e entre o dreno e o supridouro, passou a existir corrente elétrica. Isso pode ser constatado pelo deslocamento do ponteiro do multiteste indicando um baixo valor ôhmico na (esc – x1). Sendo assim concluímos que esse Transistor está normal.

Atenção: No caso do Transistor MOSFET não ativar a condução de corrente entre o dreno e o supridouro, esse Transistor MOSFET está defeituoso.

4º TESTE – (Desativando o Transistor FET canal (N) de potência).

No 4º teste a (Pv) deve ser aplicado no pino (1) gate e a (Pp) no pino (2) dreno. Polarizando o Transistor FET de potência desta maneira, o mesmo será desativado. Para comprovar faça agora o 5º teste. (O multiteste selecionado na ESC X1).

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5º TESTE – (Examinando o Transistor MOSFET canal (N) com o multiteste, para comprovar se o mesmo foi desativado).

No 5º teste, a (Pv) no pino (3) e a (Pp) no pino (2). Neste momento, o valor ôhmico deverá indicar infinito (∞). (O multiteste selecionado na escala x1)

Conclusão: O Transistor MOSFET de Potência foi desativado, ou seja, esse transistor passou a não conduzir corrente elétrica entre o pino de dreno e o supridouro. Dessa maneira, comprovamos com o multiteste que esse transistor fet está desativado.

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Examinando-se o Transistor MOSFET de canal (P)

1º TESTE – (Examinando com o multiteste, se o Transistor MOSFET canal (P), está ativado ou desativado).
No 1º teste, a (Pp) aplique no pino (3) dreno e a (Pv) no pino (2). Você deve selecionar a escala ôhmica em (x1), o valor ôhmico obtido no multiteste, indicará infinito (∞).
Obs.: Este transistor MOSFET de potência está desativado, logo não conduz corrente elétrica entre dreno e supridouro.

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2º TESTE – (Ativando o funcionamento do Transistor MOSFET canal (P) de potência).
No 2º teste, a (Pp) aplique no pino (3) e com a (Pv) aplique um pulso negativo no pino (1) gate. Você deve selecionar a escala ôhmica em (x1), o valor obtido ficará entre (4N até 10N). Faça agora o 3º teste para verificar se o Transistor MOSFET foi ativado.

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3º TESTE – (Verificando se o Transistor FET canal (P) de potência foi ativado).
No 3º teste, a (Pp) continua no pino (3) e a (Pv) agora aplicada no pino (2) dreno. Neste momento, o valor ôhmico deverá indicar entre (4N até 10N), com o multiteste selecionado na escala (x1).

Conclusão: O Transistor MOSFET de Potência foi ativado, logo entre os terminais de dreno e supridouro passou a existir corrente elétrica, provocando uma movimentação no ponteiro do multiteste.

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Atenção: No caso do Transistor MOSFET não ser ativado, não irá existir a condução de corrente elétrica entre o dreno e o supridouro, logo esse Transistor FET poderá estar defeituoso. (Faça o teste de ativação
do mosfet canal (P) para o transistor de baixa sensibilidade).

Como ativar um Transistor MOSFET de canal (P) de baixa sensibilidade “teste especial”

Atenção: Você pode aplicar um pulso de maior intensidade no gate, de um transistor MOSFET, utilizando uma bateria de 1,5V em série com o multiteste, a fim de ativar esse transistor.

Vejamos:
1º Caso: O multiteste na (esc – X1), aplique agora (Pv) no pólo positivo da bateria de 1,5V e o pólo negativo da mesma, aplique no pino do gate desse Transistor.

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Vejamos:
2º Caso: O multiteste na (esc – X1), aplique agora (Pv) no terminal do dreno pino (2) e a (Pp) no terminal (3) supridouro. Multiteste indicando baixo valor ôhmico, você deve concluir que esse Transistor foi agora ativado.

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Explicação: Utilizando uma bateria de 1,5V em série, com o multiteste, iremos obter um pulso de intensidade superior, sendo este capaz de ativar, alguns tipos de MOSFET de baixa sensibilidade, que necessitam uma maior corrente de ativação no gate.

Você comprovou com o multiteste, que o Transistor MOSFET canal (P) foi ativado e entre o dreno e o supridouro, passou a existir corrente elétrica. Isso pode ser constatado pelo deslocamento do ponteiro do multiteste indicando um baixo valor ôhmico na (esc – x1). Sendo assim concluímos que esse Transistor está normal.

4º TESTE – (Desativando o Transistor MOSFET canal (P) de potência).
No 4º teste, o multiteste sendo selecionado na (esc – x1) e a (Pp) deve ser aplicada no pino (1) gate e a (Pv) no pino (2) dreno. Polarizando o Transistor MOSFET de potência desta maneira, o mesmo será desativado. Para comprovar faça agora o 5º teste. (O multiteste selecionado na escada x1).

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5º TESTE – (Examinando o Transistor MOSFET canal (P) com o multiteste, para comprovar se o mesmo foi desativado).
No 5º teste, o multiteste sendo selecionado na (esc – x1) e a (Pp) no pino (3), aplique a (Pv) no pino (2). Neste momento, o valor ôhmico deverá indicar infinito (∞).

Conclusão: O Transistor MOSFET de Potência foi desativado, ou seja, esse transistor passou a não conduzir corrente elétrica entre o pino de dreno e o supridouro. Dessa maneira, comprovamos com o multiteste que esse transistor MOSFET de canal (P) está desativado.

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Acoplador Ótico

Examinando-se o Acoplador Ótico (polarização direta) ESC – X1

Função: É um componente eletrônico formado internamente por um diodo led e um foto transistor. Este componente é muito usado como isolador elétrico nos circuitos eletrônicos.

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Obs.: O diodo led presente no interior do acoplador ótico, deve trabalhar com uma tensão (DCV) máxima de 1,8V. O foto transistor presente no interior do acoplador ótico, pode ser utilizado na função de um
transistor comum, desde que sejam polarizados corretamente os terminais de base, coletor e emissor.

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O Acoplador ótico possui no seu corpo, uma pequena marcação que indica o local do terminal do diodo led interno.

Você vai aprender a examinar o diodo LED interno do Acoplador Ótico

1º TESTE – (Examinando o diodo led interno presente no acoplador ótico).
1º Selecione a escala do multiteste na escala x1.
2º Zere o multiteste
3º Aplique a (Pp) no terminal do anodo pino (1) e a (Pv) no terminal (2) catodo
4º O valor obtido neste teste varia entre (5N até 12N).
Conclusão: diodo led normal.

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2º TESTE – [Examinando a junção (base – coletor) do foto transistor (NPN)].
No 2º teste, (Pp) no pino (6) e a (Pv) no pino (5). Você deve selecionar a escala ôhmica em (x1), indicando o valor entre (5N até 12N), concluímos que a junção (base – coletor) está normal na polarização direta.

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3º TESTE – [Examinando a junção (base – emissor) do foto transistor (NPN)].
No 3º teste, (Pp) no pino (6) e a (Pv) no pino (4). Você deve selecionar a escala ôhmica em (x1),
indicando o valor entre (5N até 12N), concluímos que a junção (base – emissor) está normal. Na
polarização direta. Faça o 4º teste.

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4º TESTE – (Examinando a condução de corrente, entre coletor e o emissor).
No 4º teste você vai aplicar a tensão de 1,5 Vdc proveniente de uma pequena bateria, no diodo led do acoplador ótico pinos (1) e (2). O foto transistor interno irá entrar em funcionamento quando há luminosidade do diodo led, provocando assim a condução de corrente elétrica entre o coletor e o emissor.
Comprovamos desta maneira o funcionamento desse transistor (NPN), aplicando a (Pp) no coletor e a (Pv) no emissor. Neste momento o transistor conduz, indicando um valor ôhmico diferente de infinito
(∞), no multiteste.

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Obs.: O diodo led ou o foto transistor interno estando queimado, o acoplador ótico deverá ser substituído.

SCR

Examinando-se o SCR (retificador controlado de silício) – Polarização direta – ESC – X1

Função: O SCR é um retificador controlado de silício. O SCR só pode ser ativado com pulso positivo no
gate.

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Obs.: Aplicando o pulso de disparo no SCR, ele entra em condução e sendo alimentado por uma tensãocontínua, permanecerá ligado mesmo depois que o pulso desaparecer. Para que ele desligue, a corrente deve cair de um valor mínimo denominado corrente de manutenção.

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Você vai aprender a examinar o SCR

1º TESTE – (Examinando a condução de corrente elétrica no SCR de anodo para catodo).
No 1º teste, a (Pp) aplique no pino (2) pino central e a (Pv) no pino (1). Você deve selecionar a escala ôhmica em (x1), o valor indicado sendo infinito (∞), concluímos que esse SCR está desativado, ou seja, não conduz corrente elétrica entre o anodo e o catodo.

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2º TESTE – (Polarizando o gate do SCR, com um pulso de tensão positiva).
No 2º teste, a (Pv) no pino (1) e a (Pp) nos pinos (2) anodo e (3) ao mesmo tempo. O valor obtido será entre (5N até 15N) na escala x1. Faça agora o 3º teste para concluir sobre o funcionamento do SCR.

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3º TESTE – (Verificando se o SCR foi ativado).
No 3º teste, a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (2) anodo e (3) ao mesmo tempo.
Obs.: (Permanecendo a (Pp) fixa no pino (2) anodo e retirando o contato do pino (3). O SCR estando agora ativado, irá indicar um valor entre (5N até 15N) na esc. X1).
Conclusão: SCR ativado = SCR bom.
Obs.: Com o SCR permanecendo desativado, ou seja, resistência ôhmica infinito (∞), você deve concluir que o SCR está defeituoso.
Obs.: Em alguns tipos de SCR, é necessário aplicar um pulso de maior intensidade no gate, para o SCR
entrar em condução.

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Desativando um SCR, explicação

Quando você desejar desativar um SCR, poderá fazer de duas maneiras simples, são elas:
1º Caso – O SCR será desativado, quando deixar de existir uma corrente elétrica circulando entre o anodo e o catodo.
2º Caso – O SCR será desativado, quando você provocar um curto elétrico entre o anodo e o catodo.
Sendo assim logo após retirar este curto elétrico, o SCR permanecerá desativado.

4º TESTE – (Desativando um SCR com o multiteste).
Você retirando uma das ponteiras do multiteste, que está aplicada nos terminais (1) e (2) do (SCR), no 3º teste, o mesmo será desativado.
Para comprovar, aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (2) do SCR. No multiteste deverá indicar um valor infinito (∞), desta maneira você comprovou que o SCR ficou desativado.
Obs.: No caso de permanecer ativado, o SCR está defeituoso.

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Atenção: O semicondutor SCR pode trabalhar como um diodo retificador, ou como uma chave eletrônica com tensão retificada.

TRIAC

Examinando-se o TRIAC (ESC – X1)
Função: O Triac é um semicondutor que conduz corrente elétrica em ambos os sentidos, e tem a função de regular a potência elétrica em Vac, controlando o ângulo de fase da corrente de carga, ou trabalhando
como chave eletrônica em (ACV), operando basicamente nos regimes de corte e condução alternadamente. O Triac pode ser ativado por um pulso positivo ou negativo no gate, em relação ao terminal Tp1.

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Obs.: Depois de disparado, o Triac necessita de um valor mínimo de corrente entre os terminais principais para manter-se em estado de condução, caso contrário o triac volta do estado bloqueio.
(Desativado)

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1º TESTE – (Examinando a condução de corrente elétrica no Triac de Tp2 para Tp1).

No 1º teste, a (Pp) aplique no pino (2) pino central e a (Pv) no pino (1). Você deve selecionar a escala ôhmica em (x1), o valor indicando infinito (∞), Triac desativado.
Obs.: O Triac desativado, não conduz corrente elétrica entre os terminais Tp2 e o Tp1.

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2º TESTE – (Polarizando o (gate) do Triac, com um pulso de tensão positiva).
No 2º teste, aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) nos pinos (2) e (3) ao mesmo tempo. O valor obtido deverá variar entre (5E até 15E). Para você concluir que o Triac está normal. Faça agora o 3º teste.

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3º TESTE
No 3º teste, aplique a (Pv) no pino (1) e a (Pp) no pino (2) Tp2.
Obs.: Permanecendo a (Pp) fixa no pino (2) e retirando do pino (3)
Neste caso o Triac foi ativado, irá indicar valor ôhmico entre (5E e 15E).
Conclusão: Triac ativado.

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4º TESTE
No 4º teste o Triac será desativado.
Para isto retire uma das ponteiras do multiteste do Triac, logo este irá desativar. Aplique agora a (Pp) no pino (2) dreno e a (Pv) no pino (1). O valor indicador agora é infinito (∞).
Concluímos desta maneira que o Triac foi desativado.

4º TESTE
No 4º teste o Triac será desativado.
Para isto retire uma das ponteiras do multiteste do Triac, logo este irá desativar. Aplique agora a (Pp) no pino (2) dreno e a (Pv) no pino (1). O valor indicador agora é infinito (∞).
Concluímos desta maneira que o Triac foi desativado.

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Atenção: Modos básicos de operação do Triac.

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Obs.: O 1º caso é o modo de maior sensibilidade de disparo do Triac e o 3º caso o de menor
sensibilidade.