Capítulo 1 – O que é Português Instrumental?

Português Instrumental é o estudo da língua portuguesa, que objetiva a capacitação para a compreensão, para a interpretação e para a composição de textos. Muitos estudantes e profissionais têm dúvidas sobre o texto técnico. Equívocos de concordância, de regência e a elaboração de textos sem clareza e objetividade são as maiores deficiências apresentadas por quem redige tecnicamente um texto. Atualmente, as empresas investem cada vez mais nos treinamentos de seus funcionários. Investem em cursos de informática, atendimento ao cliente e técnicas de vendas, entretanto, se não houver domínio do idioma pátrio, o resultado final será pouco satisfatório.

Comunicar-se bem, tanto na expressão oral quanto na escrita, exige objetividade, clareza e coesão. Evitar modismo e gírias, além de cuidar da ortografia, correção e coerência das ideias apresentadas ajudam bastante na boa comunicação. Ainda não se deve esquecer de fazer boas leituras (livros literários, livros técnicos, revistas, jornais e artigos). Expressões como “vou esta transferindo” ou “Aonde você mora?”, utilizadas na oralidade e na escrita, podem comprometer a credibilidade de seu texto, de seus argumentos, ou até mesmo de seus negócios. Imagine, então, “erros” de português em um currículo. O candidato(a) pode ser eliminado(a) antecipadamente do processo seletivo.

Vivemos em uma era altamente tecnológica e que exige rapidez nas comunicações. Assim, as possibilidades de “erros”, sejam elas por meio do correio eletrônico (e-mail), memorandos, cartas comerciais e outros aumentam. Se a agilidade é importante em plena era da “sociedade conectada”, comunicar-se bem e de forma eficiente em língua portuguesa, tornou-se algo essencial.

 

 

Linguagem, língua e dialetos

 

  1. Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Há outras concepções de linguagem que você pode pesquisar para ampliar o seu conceito.
  2. Língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais, mas também, semânticas e fonológicas, por meio das quais a linguagem (ou fala) se revela. Martinet (1978) foi um dos primeiros linguistas a apresentar uma distinção clara entre língua e linguagem. Segundo ele, a linguagem designa propriamente a faculdade de que os homens dispõem para se compreenderem por meio de signos vocais.
  3. Dialetos são variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua (ex.: gíria).
  4. Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
  5. Norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social.
  6. Norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes da língua padrão.

 

Linguagem, língua e dialetos

O modelo mais simples para representar o processo de comunicação requer os elementos destacados na Figura abaixo:

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O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual quanto escrita, a um receptor. O receptor recebe a mensagem e, geralmente, dá uma resposta ao emissor. Essa resposta, no caso de uma conversa entre duas pessoas, se manifesta quando o receptor diz palavras tais como: “sim… estou entendendo”, etc., muito comum em conversas telefônicas.

A necessidade de resposta faz parte do processo de comunicação entre os seres humanos. Quando uma pessoa envia a mensagem e não recebe a resposta do receptor, o processo de comunicação não se completa.

EXERCÍCIO I

Explique a imagem abaixo:

“Comunicação é a alma do negócio!” Mas, qualquer interferência no processo comunicativo pode comprometer o sucesso do “negócio e dificultar as atividades profissionais.

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Capítulo 2 – Língua Falada e Língua Escrita

 Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística, em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:

Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por m cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.

Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatos que colaboram para os diferente usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.

Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.

Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.

Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sobre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.

Capítulo 3 – Tecnologia na Informação

Redes comunitárias – Têm a finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes: bairros e cidade.

Redes profissionais – São práticas que procuram fortalecer a rede de contatos de um indivíduo, visando futuros ganhos pessoais ou profissionais: Networking e LinkedIn.

Redes sociais on-line – São serviços on-line com o objetivo de construir e estabelecer relações sociais entre pessoas, compartilhando interesses e/ou atividades, bate-papo, jogos, entre outras funções: Facebook, Orkut, MySpace, Twitter, Badoo, WorldPlatform. As redes sociais são um fenômeno do mundo moderno e chegaram para ficar. E, sem dúvida, para mantê-las é imprescindível recorrer a sistemas de comunicação e mecanismos para o entendimento, compreensão e transmissão de mensagens.

Portanto, podemos concluir que “linguagem” é a forma utilizada pelo emissor para estabelecer a comunicação com outros indivíduos.

 

Importância da comunicação no mundo atual

A comunicação oral e escrita é fundamental! Sempre foi e sempre será! Nós vivemos em um mundo cada vez mais competitivo, por conta do crescimento populacional e, especialmente nas grandes cidades, quem não estiver bem preparado está fadado ao insucesso. Expressão é tudo! Os meios de comunicação que utilizamos, este é um deles, exigem de nós o conhecimento da língua para consigamos transmitir com precisão, o que desejamos.


 Elementos textuais organizando exposição oral

Saber falar em público é uma habilidade essencial para os profissionais de hoje. E vale ressaltar: ninguém nasce com um gene para essa habilidade. É preciso desenvolvê-la com muito treinamento. Para fazer uma boa exposição oral em público, é preciso que você domine formas que permitam construir ligar as suas ideias e guiar o seu ouvinte, como a Coesão Temática, que são elementos que asseguram a articulação das diferentes partes temáticas. EX: Então, falemos agora do orçamento do mês de Janeiro […]; é preciso agora contrastar os gastos do mês de novembro com os de dezembro.

 

Dicas para escrever bem

A primeira coisa que deve fazer é um esqueleto do texto que pretende escrever, com algumas notas de identificação o que irá ser escrito. Por exemplo:

  • Número de palavras
  • Temas
  • Estilo (formal, bloque, carta)
  • Pesquisas a fazer
  • Data limite para terminar

 

Não se fala como se escreve

“Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala.” Pois é. U purtuguêis é muintofáciudi aprenderm, purqui é uma língua que a gentiiscreviixatamenticumu si fala. Num é cumuinglêisqui dá até vontadidi ri quando a gentidiscobricumu é qui si iscrevi algumas palavras. Impurtuguêis não. É só prestátenção. U alemão purexemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevimuintodiferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubéfalásabiiscrevê.

O comentário é do humorista Jô Soares, para a revista Veja. Ele brinca com a diferença entre o português falado e escrito. Na verdade, em toda as línguas, as pessoas alam de um jeito e escrevem de outro. A fala e a escrita são duas modalidades diferentes da língua e é com esse fato que o Jô brincou.

Na língua escrita há mais exigências, em relação às regras da gramática normativa. Isso acontece porque, ao falar, as pessoas podem ainda recorrer a outros recursos para que a comunicação ocorra – pode-se pedir que se repita o que foi dito, há os gestos, etc. Já na linguagem escrita, a interação é mais complicada, o que torna necessário assegurar que o texto escrito dê conta da comunicação.


 EXERCÍCIO II

  1. Qual linguagem você mais utiliza para se comunicar no seu dia a dia? A sua comunicação é eficiente?
  2. Observe que na Figura os interlocutores não estão conseguindo estabelecer comunicação.

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Isso também pode acontecer com você! Frequentemente, nos deparamos com linguagens que não compreendemos: idiomas de outros países, termos técnicos, escultura, pintura, simbologia de cores e emoticons. Não poderíamos esquecer dos divertidos emoticons utilizados na linguagem virtual ou cibernética. Também representados por combinações de caracteres: 😮 assustado 🙂 feliz 😦 triste.

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  1. Relate uma situação que você já passou.
  1. Vamos refletir sobre a afirmativa:

“A comunicação por meio da linguagem falada é muito diferente da comunicação por meio da linguagem escrita.”

  1. Você concorda?
  2. Como você escreveria um relatório de visita técnica? Da mesma forma como você fala?

Capítulo 4 – Sinais de Pontuação

Sabemos que os sinais de pontuação são recursos gráficos da linguagem escrita que estruturam o texto estabelecendo pausas, inflexões de voz, separando palavras e orações. Vejamos agora, alguns dos principais sinais de pontuação:

Ponto (.)

Usado para:

– representar as abreviaturas: obs.(observação), bibl.(bibliografia);

– indicar o final de uma frase declarativa ou de um texto, chamado de ponto final. Exemplo: Falar e escrever bem são uma exigência para qualquer função.

 

Dois pontos (:)

Empregados com finalidade de introduzir palavras, expressões ou frases para esclarecer, desenvolver ou explicar melhor uma passagem anteriormente citada.

Veja os exemplos:

– demarcar uma sequência ou explicação: Os testes de português são eliminatórios e o índice de reprovação é alto: 62% dos candidatos de nível médio e 45% dos candidatos de nível superior.

– indicar uma citação: A professora Ana Paula Mira (2012) concorda com a observação da supervisora do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágio) ao creditar ao “internetês” a maior dificuldade dos jovens: “A falta de pontuação, uma consequência do “internetês”, é o pior dos problemas, sem dúvida”.

 

Ponto interrogação (?)

Utilizado no final das frases interrogativas diretas, indicando também surpresa e indignação por parte do emissor:

“Uma pessoa que não domina nem seu próprio idioma, como ela vai poder se destacar na empresa?

Como vai utilizar outro idioma na Copa e nas Olimpíadas?”

 

Ponto exclamação (!)

Usado nas seguintes circunstâncias:

– indicar admiração, espanto, surpresa, entre outros sentimentos:

Tenha confiança!

É preciso falar pausadamente e ter boa fluência!

– após interjeições e vocativos: Parabéns!

 

Ponto e vírgula (;)

Aprende-se na escola que o ponto e vírgula representa uma pausa, que não encerra o período. É utilizado para:

– separar as orações de um período muito extenso: Uma empresa de Salvador (BA) contrata, em média, até 30 pessoas por mês, e a língua portuguesa tem um peso muito grande no processo de seleção; já na primeira etapa, os candidatos fazem uma redação e um teste de interpretação de texto para todos os cargos.

– separar orações coordenadas que estabeleçam relação de sentido entre si: Os candidatos não têm o hábito de leitura; eles pecam pela falta de vocabulário.

– separar itens de uma enumeração: Fatores que reprovam na seleção para estágio: 40% erros em testes ortográficos; 21% baixo desempenho em raciocínio lógico; 12% mau desempenho na comunicação e no vocabulário durante as apresentações e atividades em grupo; 7% problema na apresentação pessoal.

 

Vírgula (,)

Aprende-se que a vírgula marca uma pausa no texto escrito e a separação de elementos de uma frase. Mas, é importante ressaltar que não se emprega a vírgula entre o sujeito e seu predicado, nem mesmo entre o verbo e seus complementos em orações de ordem direta.

Agora, vamos relembrar algumas orientações sobre o emprego da vírgula:

– destacar elementos intercalados, como: Os técnicos, com certeza, serão aprovados na entrevista.

(locução adverbial) O mercado de trabalho precisa de mão de obra qualificada, logo, temos que nos preparar.

(conjunção) Max Gehringer, consultor de carreira, dá outras dicas para conseguir um emprego.

(aposto) Atenção, estudantes, a seleção já começou!

– separar termos deslocados de sua posição normal na frase.

Por exemplo: O relatório da visita técnica, você preparou?

Na educação básica, por onze anos, estudamos a língua portuguesa. E ainda temos muito a aprender!

– separar termos ou orações de mesma função sintática:

A funcionária representa a empresa, a marca, o produto, por isso a exigência é alta.

O hábito de leitura, o domínio da norma padrão e o raciocínio lógico contribuem para a uma boa colocação profissional.

Capítulo 5 – A importância da leitura

As tecnologia do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres. A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito, as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo.

Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos. Através da leitura rotineira, tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábitos de ler; e talvez nem as teríamos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado.

 

Estratégia de leitura

As estratégias de leitura dizem respeito às formas utilizadas pelo leitor para facilitar a compreensão dos dados informativos de um texto. Assim, os procedimentos adotados por cada um se diferenciam, uma vez que nem todos assimilam conhecimento da mesma forma. Algumas pessoas encontram dificuldades em ler, pois acham cansativo, monótono e difícil. Isso ocorre porque, na maioria das vezes, o indivíduo ainda não encontrou um meio estratégico para promover sua leitura de maneira prática. Então, vejamos algumas táticas de leitura que podem despertar interesse e ser um incentivo à leitura:

 

Leitura em voz alta – enquanto lê em voz alta, a concentração é facilitada, já que a leitura silenciosa pode sofrer interferências de pensamentos alheios ao assunto tratado no texto.

 

 

Exposição de pensamentos – é quando o leitor expõe, verbaliza o que está pensando a respeito do que lê. Esta prática desperta o interesse da pessoa por aquela leitura sem que perceba.

Identificação dos fatores chaves – o ledor identifica os elementos mais importante da narrativa: os verbos, as personagens, as características e qualidades principais. Qual o objetivo do texto? E para qual tipo de leitor? Qual o posicionamento do autor: a favor ou contra? Perguntas como estas são feitas e respondidas pelo próprio leitor depois de analisadas novamente no texto.

Representação visual dos acontecimentos – à medida que lê, o indivíduo faz reproduções mentais acerca dos fatos. Dessa forma, o conteúdo é internalizado através das imagens obtidas através da leitura.

Antecipação das informações – diz respeito ao conhecimento prévio que o leitor possui a respeito do que lê. Assim, enquanto faz leitura vai se lembrando do que sabe sobre o tema abordado e presumindo o que virá a seguir. Este método causa tranquilidade e conforto.

Questionário – fazer perguntas sobre o texto torna a leitura fácil para algumas pessoas. Trata-se de elaborar um questionário sobre a leitura, o qual é respondido pelo próprio leitor, claro. Porém, há a possibilidade do mesmo tecer uma pergunta ao lado de cada parágrafo que julgar mais importante. Assim, quando ler a pergunta que fez, saberá do que se trata o parágrafo em questão.

Resumo – fazer uma síntese do texto à medida que lê. A cada período mais importante, o leitor escreve uma oração que o resume em um papel ou então no próprio livro, ao lado do parágrafo (faça isso, caso o livro seja seu).

 

Essas práticas produzem gosto pela leitura e aprimoramento, tornando-a mais prazerosa e satisfatória. Agora é só escolher uma ou algumas e ler bastante!

 

 

 

Interpretação de textos

Interpretar um texto não é simplesmente saber o que se passa na cabeça do autor quando ele escreve seu texto. É, antes, inferir. Se eu disser: “Levei minha filha caçula ao parque.”, pode-se inferir que tenho mais de uma filha. Ou seja, inferir é retirar informações implícitas e explícitas do texto. E será com essas informações que o candidato irá resolver as questões de interpretação na prova. Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: informativa e de reconhecimento;

A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à ideia-central de cada parágrafo. A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras com NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE, etc, pois fazem diferença na escolha adequada.

Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor.

 

Dicas para interpretação de texto

Não só os alunos afirmam gratuitamente que a interpretação depende de cada um. Na realidade isto é para fugir a um problema que não é de difícil solução por meio de sofisma (=argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta). Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos, numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte:

  • Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
  • Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
  • Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes;
  • Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
  • Voltar ao texto tanta quantas vezes precisar;
  • Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;

 

  • Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
  • Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
  • Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de…), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou ou se pediu;
  • Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;
  • Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva;
  • Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
  • Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, as a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
  • Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;
  • Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
  • O autor defende ideias e você deve percebê-las;
  • Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome.
  • As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias estão coordenadas entre si;
  • Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado.

 

 

Organização do Texto e Ideia Central

Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto. Podemos desenvolver um parágrafo de várias formas:

  • Declaração inicial;
  • Definição;
  • Divisão;
  • Alusão histórica.

Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linhas e um espaçamento da margem esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto.