5.4Choque Elétrico e suas Consequências

14Choque Elétrico

Quando o corpo humano interliga dois pontos com potenciais diferentes, por ele circulará uma corrente elétrica, o conhecido choque elétrico. A circulação dessa corrente provocará aquecimento e contração muscular.

Arco Elétrico

Além do choque elétrico, outro grande acidente na área de elétrica será o arco elétrico.

O arco elétrico será a passagem da corrente através do ar (meio isolante), o calor provocado pelo arco poderá ainda causar queimaduras em pessoas que estejam próximas da instalação elétrica afetada.

13

Sintomas do Choque Elétrico

As vítimas de choque elétrico poderão apresentar os seguintes sinais e sintomas:

Sinais de uma parada cardiorrespiratória: Apneia, Inconsciência, Ausência do pulso femoral ou carotídea, Pele fria etc..

Queimaduras

12As queimaduras podem ser classificadas em três níveis, de acordo com a gravidade, a saber: queimadura de primeiro, segundo e terceiro grau.

  • Primeiro grau (não possuem formação de bolhas);
  • Segundo grau (apresentam bolhas);

As características da queimadura de segundo grau são: dor local, formação de bolhas na camada superficial e posterior descamação da pele.

* Não se deve estourar a bolha, para evitar a presença de microrganismos que podem evoluir para infecções.

Terceiro Grau

A queimadura de terceiro grau é mais perigosa de todas, pois poderá envolver a pele cometida em todas as camadas, podendo atingir vasos, músculos, órgãos e até ossos.

É importante destacar que a pele fica de cor acinzentada (necrosada), ou seja, ocorreu a morte do tecido.

A mesma vítima poderá apresentar três tipos de queimadura no seu corpo, porem o que definirá se tais queimaduras poderão ou não levar perigo à vida da pessoa será a extensão das queimaduras.

Procedimento para aliviar o sofrimento da vitima

  • Identificar afastar e controlar a causa da queimadura;
  • Abafar com um cobertor as chamas decorrentes de fogo nas vestimentas;
  • Aplicar jatos de água ao mesmo tempo em que remove a roupa, nos casos de queimaduras por agentes químicos. A área afetada deve ser lavada com água corrente ou soro fisiológico;
  • Verificar respiração batimento cardíaco e nível de consciência, agindo conforme cada caso para manter os sinais vitais;
  • Não passar óleo, loção, clara de ovo ou qualquer outro produto.

11

Preferencialmente as vítimas não devem ser movimentadas, porem, poderá existir ocasiões em que a movimentação se torne necessário. O socorrista deve possuir bom senso para saber identificar certas situações e saber agir para não agravar a condição da vítima.

Quando a vítima precisar ser arrastada é importante que seja no sentido do comprimento do corpo esticado (nunca de lado ou torto), se a movimentação for feita com o auxilio de um cobertor ou lona melhor ainda.

A movimentação e o transporte de acidentados devem ser realizados somente em situações que precise afastar a vítima de perigo iminente, ou quando seu estado de saúde estiver se agravando muito rapidamente.

Durante a movimentação, os procedimentos a serem adotados serão:

  • Não interromper a verificação dos sinais vitais;
  • Manter a vítima na posição mais adequada e confortável possível;
  • Evitar movimentos bruscos;
  • Usar uma maca, pois é excelente meio de transporte, portanto deve ser sempre adotada, mesmo que improvisada.

Um meio bastante utilizado para retirada da vítima caso não haja suspeita de fraturas, é utilizar o método em bloco, onde três ou quatro pessoas erguem uma parte do corpo da vitima ao mesmo tempo, tendo o cuidado para não permitir movimentos da cabeça e do corpo.

01

5.3Parada Cardiorrespiratória

Procedimentos para atendimento à parada cardiopulmonar

Observe os procedimentos padrões para o atendimento à parada cardiopulmonar:

  1. Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida
  2. Ajoelhar-se ao seu lado na altura dos ombros
  3. O local exato para pressionar fica dois dedos acima da ponta do osso esterno (o osso do centro do peito).
  4. Utilizar o peso do corpo para fazer 30 compressões curtas e fortes, comprimindo e aliviando regularmente. Essas compressões devem abaixar o tórax cerca de três a cinco centímetros, tendo como função comprimir o músculo cardíaco dentro do tórax, reanimando os batimentos naturalmente
  5. O socorrista deve realizar a respiração boca a boca com duração de aproximadamente de 2 minutos.
  6. Verificar a presença de batimentos cardíacos e na ausência destes retornar o procedimento até a reanimação ou a chegada do socorro especializado.

O procedimento que proporciona a melhor oxigenação do cérebro consiste na melhor insuflação, realizado por duas vezes e compressão realizado por 30 vezes.

05

Essas duas operações devem ser efetuadas no tórax por cinco vezes, em aproximadamente 2 minutos. Concluído esse ciclo, segundo descrito anteriormente, o socorrista avalia o retorno da respiração e do batimento cardíaco.

Quando o socorrista estiver sozinho

  1. INICIAR com duas insuflações (boca a boca)
  2. Verificar o pulso e em seguida fazer 30 compressões cardíacas e duas insuflações, cinco vezes;
  3. Repetir a operação até que chegue o auxilio especializado ou até que o vítima reanime.

OBS. A principal função da equipe de RCP (reanimação cardio pulmonar) será a garantia da oxigenação dos órgãos.

10Desfibrilador Externo Automático (DEA)

O seu uso correto e imediato poderá aumentar significativamente a sobrevivência da vítima diante de uma parada cardiorrespiratória. O equipamento trabalhará da seguinte forma: Liberará um choque elétrico através dos eletrodos, caso a vítima seja acometida da fibrilação cardíaca, provocando uma descarga elétrica na vítima, na tentativa de restabelecer o ritmo cardíaco.

A Fibrilação Ventricular

Acontece quando o coração perde a frequência e os ritmos dos batimentos normais, resultando na parada cardíaca.

Havendo disponibilidade do (DEA) para o atendimento da vítima de parada cardiopulmonar o socorrista deve proceder da seguinte forma:

  • Enquanto um socorrista realiza cinco ciclos de manobras (duas insuflações e 30 compressões durante dois minutos), outro socorrista deve posicionar os eletrodos do DEA no tórax da vitima;
  • Seguir as instruções conforme a merca e modelo do DEA;
  • Disparar o choque quando indicado pelo DEA;
  • Reiniciar os cinco ciclos de manobras seguidos da utilização do DEA até a vítima voltar a respirar.

5.2 Protegendo a Vítima

Protegendo a Vítima

O socorrista deverá verificar se há outras lesões ou fraturas na vitima, como; deslocamentos, cortes ou fraturas e evitar a movimentação do corpo.

Parada Cardiorrespiratória

A maior e mais perigosa emergência com a qual podemos nos deparar durante a avaliação da vítima, poderá ser a constatação de  que a vítima apresenta ausência de movimentos respiratórios e de batimentos cardíacos.

Um fator importante da parada cardiorrespiratória é que ela vem sempre acompanhada de outra parada que é a parada respiratória, exigindo um procedimento conjunto para manter os dois sinais vitais. A respiração e os batimentos cardíacos.

05

Os danos causados pela falta de oxigenação, proveniente da parada cardiorrespiratória, poderá levar a morte em poucos minutos, ou serem irreversíveis devido ao tempo em que o cérebro ficar sem oxigênio.

0-4 minutos: os danos ao cérebro são menos prováveis;

4-6 minutos, os danos ao cérebro são possíveis.

6-10 minutos, os danos ao cérebro são prováveis.

Mais de 10 minutos, danos graves ou morte cerebral.

02A parada cardiorrespiratória poderá ocorrer por diversos motivos, dentre os quais é possível destacar;

  • Choque elétrico;
  • Inalação de gás venenoso;
  • Afogamento ou asfixia;
  • Traumatismo físico;
  • Reação a medicamentos ou infarto entre outros.

Identificando a ocorrência de uma parada respiratória

  • Ausência de movimentos típicos de respiração (tórax e abdome);
  • Palidez excessiva;
  • Ausência de pulsação e batimentos cardíacos;
  • Pupilas dilatadas;
  • Pele ou lábios roxos.

Procedimentos para atendimento a parada respiratória

  1. Deitar a vítima de costas em uma superfície lisa e firme, retirar da boca da vitima qualquer coisa que possa estar obstruindo as vias aéreas;
  2. Elevar suavemente o queixo da vitima estabilizando a coluna cervical;
  3. Tampar as narinas com o polegar e o indicador e abrir a boca da vitima completamente;
  4. O socorrista deve respirar, colocando a boca sobre a boca da vitima sem deixar nenhuma abertura e soprar duas vezes, observando a elevação do tórax;
  5. Afastar-se respirar fundo e repetir a operação de 12 a 18 vezes por minuto, uniformemente e sem interrupção;
  6. Se não houver pulsação (não responsiva) proceder ao mesmo tempo à compressão torácica ou reanimação cardíaca.

06

5.1Precauções do Socorrista Imediato

Precauções do Socorrista Imediato

Para evitar o contagio, o socorrista imediato deverá prevenir-se adotando as seguintes precauções:

  1. Usar luvas de procedimento; Item fundamental de segurança, podendo ser adquiridas em qualquer farmácia, mercado etc;
  2. Evitar ferir-se durante o atendimento;
  3. Não levar as mãos à boca e aos olhos, sem antes tê-las levado com sabão e água corrente abundante.

Atendimento as vítimas 

  1. Todo atendimento as vítimas deverá seguir uma ordem de cinco passos atividade priorizadas da seguinte forma:
  2. Desobstruir as vias aéreas e estabilizar a coluna cervical;
  3. Verificar a respiração
  4. Verificar a circulação
  5. Observar o estado de consciência
  6. Proteger a vítima.04

Desobstruir as Vias aéreas e Estabilizar a coluna vertical

01A possibilidade de morte será muito grande, caso a vitima esteja impossibilitada de respirar ou poderá ter danos irreversíveis ao cérebro. Quando for detectada qualquer obstrução na passagem do ar deve-se imediatamente:

  1. Posicionar corretamente a cabeça da vítima, com o queixo levemente erguido para facilitar a respiração;
  2. Abrir a boca da vitima com os dedos, remover dentaduras, próteses, restos de alimentos e outros objetos que possam estar obstruindo as vias aéreas;
  3. Lembrar-se de que, como em todo acidente, é preciso considerar a possibilidade de fraturas da coluna vertical (pescoço quebrado). Assim, todos os movimentos da cabeça e pescoço devem ser evitados, pois pode causar lesões na medula, com serias consequências para a vítima, como a tetraplegia.

Verificar a respiração

Para que a respiração seja respeitada, deve-se observar à seguinte sequência: Ver, ouvir e sentir. Aproximando-se da vitima, verificando os movimentos do tórax, ouvindo os sons respiratórios e sentindo se a vitima está respirando por meio de ar quente que sai de suas vias áreas.

Verificar a circulação

A avaliação do pulso da vítima fornece importantes informações sobre o estado da mesma.

A maneira correta de avaliar a pulsação é colocando três dedos na artéria radial (inicio do pulso), ou na artéria carótida, que se encontra na base do pescoço entre os músculos e a traqueia, onde a pulsação será identificada com maior intensidade.

Supondo algumas possibilidades:

  • Se o pulso estiver fraco com a pele pálida e com os lábios roxeados, é um sinal de estado de choque;
  • Identificado que não há mais batimentos cardíacos, deve ser imediatamente iniciado o processo de reanimação cardiopulmonar.

Observar o estado de consciência

O socorrista sempre deverá estar atento para a reação da vitima, de forma a verificar se a vítima consegue se comunicar, reagir a estímulo verbal ou caso a vítima esteja inconsciente, suspeitar de fraturas na coluna vertical.

  • O socorrista deverá perguntar o nome e como a vítima se sente. Questionar sobre a existência de dores no pescoço, na coluna e braços para confirmar ou não a existência de fraturas.
  • Caso a vítima não se comunique, o socorrista deverá verificar se ela reagirá a estímulos verbais pedindo para que faça um movimento.

06

Obs: caso a vítima esteja inconsciente deve-se suspeitar de fratura na coluna vertical e parada cardiorrespiratória.

4.7 Tipos de Extintores

Modelos mais comuns

06Extintor de água – Portátil, possuindo dez litros de água potável. Usados para incêndio da classe A, em seu método de extinção por resfriamento, é excelente em materiais sólidos.

Será proibida a utilização desse extintor nas classes b e c, pois poderá provocar outros acidentes. Por exemplo, a água na classe B, que inclui os materiais líquidos, pode produzir reações de explosão ou até propagação do fogo. Já na classe C, que é a dos materiais energizados, há perigo de choque elétrico, causando queimaduras ou até a morte.

Extintor de espuma mecânica – Esse extintor será utilizado em classe A e B, de maneira muito eficaz em produtos, líquidos inflamáveis, retirando o comburente (oxigênio) e apagando as chamas instantaneamente, trabalhando assim na forma de abafamento. No caso dos materiais de classe A será totalmente eficiente, visto que não possui água suficiente para encharcar o material combustível sólido.

Extintor de pó químico seco – A base desse extintor é de bicarbonato de sódio. Será utilizado em classe B e C e sua forma de atuação consiste no abafamento, (retirada do oxigênio). Na classe B será totalmente eficaz, porem na classe C danificará toda parte elétrica que entrar em contato, mas não será condutor de energia.

Tamanhos mais comuns: 4, 6, 8 e 12 kg.

Extintor de gás carbônico– Também chamado dióxido de carbono. Esse extintor será usado tanto em classe (B) quanto em classe (C). Sua eficácia na classe (C) é merecida por não ser condutor de energia, não deixar resíduo e não danificar o material combustível.

Extintor de fosfato monamônico – O agente fosfato de monamônico é um pó de atuação incrível. Isola os materiais combustíveis da classe (A). Ele derrete e adere à superfície do material em combustão, impedindo que o combustível sólido venha a ter outra ignição. Ele agirá por abafamento e não é condutor de energia. Logo, ele possui aplicação eficiente nas classes (A), (B) e (C).

Os Tamanhos mais comuns são: 4,6,8 e 12 kg.

Rótulos da classe de fogo

As classes de incêndio são divididas em cores e desenhos padronizados:

* A classe A tem cor verde

* A classe B tem a cor vermelha

* A classe C tem a cor azul

* A classe D tem a cor amarela.

11

Orientações e Obrigações

A NR-23 traz orientações e obrigações que devem ser seguidas pelo empregador e pelos colaboradores no ambiente de trabalho ou em qualquer outro estabelecimento, conforme a característica do combate a principio de incêndio.

Combate ao fogo

0923.7.12 Tão cedo o fogo se manifeste, cabe:

A) Acionar o sistema de alarme;

B) Chamar imediatamente o corpo de bombeiros;

C) Desligar máquina e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais;

D) Atacá-lo, o mais rápido possível, pelos meios adequados.

23.7.2 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo á chave de interrupção